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Opel Kadett C, terceira geração de um modelo que foi bestseller ao redor do mundo

A Opel comemora o aniversário de uma das séries mais populares da sua linha

Anderson Nunes
08 de janeiro de 2024

Os leitores da seção do Do Fundo do Baú já tiveram a oportunidade de ler diversas reportagens sobre o Chevrolet Chevette, entre elas as versões de acabamento, um derivado, a Marajó SE e mais recentemente o curioso modelo equatoriano, o San Remo, o último modelo do Projeto “T-Car” produzido no mundo, pela GM do Equador, com peças oriundas da GM do Brasil.

O nome Kadett surgiu em 1936 e desde então deu origem a uma série de modelos apreciados por diversos clientes ao redor do globo. Agora a Opel comemora o aniversário de uma das séries mais populares da sua linha: há 50 anos, era apresentada a terceira geração do compacto da marca do Blitz (relâmpago em alemão), o Opel Kadett C – que tinha como primazia gama diversificada de carrocerias, além de ser um projeto global, sendo produzido em diversos países.

O KADETT GANHA O MUNDO 

Durante a década de 1970 as grandes corporações automotivas começaram os estudos para a produção de um veículo destinado a atender mercados ao redor do globo e que pudessem ser fabricados com pequenas variações de estilo, mecânica e acabamento. A General Motors, então a maior corporação automobilística do mundo, colocou em prática esse projeto e para tanto escolheu sua então subsidiária alemã, a Opel, para cuidar do desenvolvimento desse ambicioso projeto, batizado de “T-Car”, ou carro T. 

Além da planta alemã de Bochum, o carro T também seria produzido pela Chevrolet norte-americana, a inglesa Vauxhall (nestes mercados também chamado de Chevette), japonesa Isuzu (batizado de Gemini), na Argentina o modelo recebia o símbolo da Opel (chamado de K-180) e, claro, no Brasil, em que recebeu a alcunha de Chevrolet Chevette. Vale ressaltar que a geração C do Kadett também foi oferecida em outros mercados, quer fosse produzida por outras marcas do grupo, ou pela produção e vendas de empresas que obtiveram licença da General Motors. 

Nos Estados Unidos, além de ser vendido como Chevrolet, o modelo foi comercializado como Pontiac T1000. Para o mercado canadense foi oferecido como Pontiac Acadian. Na Austrália, foi produzido pela Holden e também recebeu o nome Gemini e era vendido nas carrocerias sedã, cupê e perua. Já na Coréia do Sul, a Daewoo ofereceu a versão sedã de quatro portas batizado de Maepsy, e coube a ela a primazia de oferecer a primeira picape derivada do projeto “T-Car”, a Daewoo Max, lançada em agosto de 1979, uma percursora da nossa Chevy 500. 

UM AUTOMÓVEL, VÁRIAS FACETAS

A gama Kadett C fez sua estreia no mercado alemão no final do verão de 1973. No catálogo a Opel ofereceu desde o início as carrocerias sedã de duas ou quatro portas, perua de três portas e cupê. Visualmente chamava a atenção o desenho de perfil baixo, o que criava uma percepção de ser mais longo, mas longe disso, o modelo media 4,12 metros de comprimento, 1,57 m de largura, 1,37 m de altura e 2,39 m de entre-eixos.  

Os recursos visuais característicos incluíam a grade do radiador plana, o capô do motor com o vinco pronunciado e os para-choques de lâmina única, cromados, nas versões básica e de luxo, preto fosco na carroceria cupê GT/E. “O Kadett não só conduz excepcionalmente bem, como também é bem construído e acabado. Requer pouca manutenção, é fácil de reparar e econômico no dia a dia”, escreveram os jornalistas alemães da publicação “Auto Motor und Sport”. 

Na Alemanha, o Kadett C foi inicialmente oferecido com o motor de 1,2 litro, com 52 cv e 8 m.kgf de torque. Posteriormente foi adicionada a versão 1.2S de alta taxa de compressão 9,2:1, que aumentava a potência para 60 cv e o torque para 9 m.kgf. A partir de março de 1974, a Opel acrescentou à linha a versão de 1,0 litro. O motor de 993 cm³, tinha potência máxima de 40 cv e 7m.kgf de torque. Esse trem de força, que visava atender países de impostos punitivos baseados na cilindrada, começou a ser disponibilizado para os compradores da Alemanha Ocidental, após a primeira crise do petróleo em 1973. 

PRIMEIRO KADETT COM CINTO DE TRÊS PONTOS

Quando a “geração C” começou a sair da linha de produção em 1973, foi o primeiro Kadett a oferecer os cintos de segurança de três pontos nos bancos dianteiros, fixados no pilar B na parte superior e inferior, bem como no fecho do cinto. Um recurso de segurança que salva vidas e que, graças à sua operação simples com uma mão, aumentou a aceitação entre muitas pessoas que não gostavam de cintos de segurança. Também não era um dado adquirido na época: todos os botões e interruptores eram fáceis de alcançar, mesmo com o cinto de segurança colocado, e os instrumentos eram fáceis de ler em todos os momentos.

Outra inovação técnica do Kadett C foi a suspensão dianteira de duplo triângulo com molas helicoidais. Uma barra estabilizadora era padrão em todas as versões. A bitola era 20 mm mais larga que a do antecessor e colaborava para um melhor manuseio. Em caso de colisão, características como a direção de segurança com absorção de impacto, as zonas de deformação à frente e atrás e o habitáculo como célula de segurança minimizavam o risco de ferimentos.

Portanto, não foi nenhuma surpresa que o Kadett C tenha sido utilizado como veículo para teste de segurança, batizado de “OSV 40”, apresentado em 1974. Vigas longitudinais e transversais estáveis, além de portas e soleiras reforçadas, protegiam os passageiros em caso de colisão ou capotamento. O modelo foi projetado para resistir a um impacto frontal com um obstáculo rígido a uma velocidade de 65 km/h, equivalente a uma colisão a 40 milhas por hora – daí o número “40” no nome. 

O catálogo de versões era ampliado em 1975 com a introdução uma variante voltada ao uso mais urbano. O modelo City passava a ser versão de entrada da linha C, vinha na carroceria de dois volumes e três portas, era a primeira vez que a Opel oferecia a carroceria hatchback na história do modelo. O Kadett City mantinha a mesma distância entre-eixos dos outros Kadett da família C, porém a traseira era encurtada em 23 centímetros, o que reduzia a capacidade do porta-malas, porém podia ser ampliado rebatendo o banco traseiro.  

KADETT GT/E COMEMORA O SUCESSO NAS RUAS E NAS PISTAS 

A Opel demonstrou que a terceira geração do Kadett não era apenas segura, mas também esportiva, quando o Kadett GT/E celebrou a sua estreia no Salão do Automóvel de Frankfurt de 1975. Seu motor de 1,9 litro dotado de injeção de combustível Bosch L-Jetronic entregava 105 cv e 15,2 m.kgf de torque. Com um peso de apenas 900 kg, podia atingir uma velocidade máxima de 184 km/h. O seu visual polarizou – e encantou particularmente os fãs do automobilismo: acima da linha de cintura, o GT/E era amarelo brilhante, abaixo era preto. A versão esportiva também participou de diversas competições a partir de 1976, nas quais obteve sucesso com uma variante modificada GT/E de 225 cv e que se destacou no Rally de Monte Carlo e no Rally de Portugal.

Exibida no Salão do Automóvel de Genebra em março de 1976, a Opel apresentava a versão Aero, um Kadett com teto do tipo targa. O trabalho de transformação ficou a cargo da Carroceria Baur, localizada na cidade de Stuttgart. O processo de modificação tomava como base a versão sedã de duas portas, que tinha colunas traseiras movidas para frente, o passo seguinte era recortar o teto sobre os bancos dianteiros para aplicar uma seção removível (que podia ser acondicionada no porta-malas) e por fim era adicionada uma capota rebatível na parte traseira sobre os passageiros. O Kadett Aero permaneceu em linha até o início de 1978, quando 1.242 unidades já haviam sido produzidas.

Em maio de 1977, a Opel adotou uma leve revisão de estilo na linha Kadett. O destaque eram os faróis maiores com as luzes de seta posicionadas nas laterais, conferindo mais segurança. O logotipo “Blitz” da Opel também era maior e passou da borda frontal do capô para a grade. A novidade era a chegada da versão SR dotada de motor de 1,6 litro, de 75 cv e 11,5 m.kgf de torque, no interior trazia o volante de quatro raios, conta-giros e pneus mais largos. Outra novidade era opção do câmbio automático de três marchas Turbo-Hydramatic 180 que podia ser atrelado aos motores 1,2 S e 1,6 litro. 

A produção do Kadett C cessou em julho de 1979 e seu sucessor foi o Kadett D. A geração D (baseado na nova plataforma GM T80) tinha como novidade a tração dianteira, visava competir com o Volkswagen Golf. Embora a produção tenha sido finalizada pela Opel, a geração C continuou a ser comercializada na Alemanha entre 1980 a 1982, via importação da Inglaterra e foi batizado de Chevette. Era uma forma de oferecer uma alternativa para aqueles clientes que resistiram à tração dianteira e ainda preferiam a tradicional carroceria sedã. O Chevette fez a vez do modelo de entrada da linha Opel até a chegada da Corsa em 1982. 

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