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Volkswagen Quantum GLSi 1995, uma perua familiar que combinava classe e elegância, com pitadas de esportividade

A segunda geração do Quantum unia as boas características de conforto e praticidade, aliadas à potência do motor AP de 2 litros; era um convite para longas viagens

Anderson Nunes
05 de agosto de 2025

Lançado em agosto de 1985, o Volkswagen Quantum impôs ao mercado brasileiro uma nova tendência entre as peruas derivadas de automóveis, sendo comercializado exclusivamente com quatro portas — algo que, até então, só era visto no utilitário Chevrolet Veraneio e não era adotado em uma perua nacional desde o Simca Jangada, nos anos 1960.

O nome “Quantum” vem do latim, significando “quantidade” ou “volume”, e curiosamente era o mesmo utilizado para o sedã vendido nos Estados Unidos. No Brasil, a perua da Volkswagen trouxe inovações interessantes ao segmento, como a cobertura sanfonada do porta-malas — que podia ser recolhida, em vez de retirada —, o bagageiro de teto com barras transversais removíveis (até então, eram fixas) e o revestimento interno do teto pré-moldado.

Outro destaque era o amplo porta-malas com 507 litros de capacidade, expansível com o rebatimento do banco traseiro bipartido em 60:40. Inicialmente, o modelo era oferecido nas versões CS e CG, ambas equipadas com o motor AP-800 — uma evolução do 1.8 original, com bielas mais longas e pistões mais leves. Essa motorização entregava 90 cv com gasolina e 96 cv com álcool. Internamente, o Quantum oferecia excelente espaço interno, bom acabamento e conforto. Todas as versões vinham com conta-giros e, como novidade, leds de longa durabilidade no lugar das tradicionais lâmpadas-piloto.

Melhorias contínuas e evolução técnica

Mesmo com apenas dois anos de mercado, em 1987 o Quantum acompanhou a primeira reestilização do sedã Santana (lançado em 1984). Os novos para-choques envolventes de plástico modernizaram o visual. Na versão GLS, os faróis de neblina passaram a integrar a grade dianteira, como no modelo alemão. As versões foram renomeadas: C (Comfort), CL (Comfort Luxe), GL (Gran Luxe) e GLS (Gran Luxe Super).

A maior novidade chegaria na linha 1988, com o aguardado motor 2.0 de quatro cilindros. Na versão a álcool, a potência subia para 112 cv, com 17,3 m.kgf de torque — um ganho de 18 cv e 1,9 m.kgf em relação ao motor anterior. A velocidade máxima atingia 182 km/h e a aceleração de 0 a 100 km/h era feita em 10,5 segundos. As retomadas também melhoraram, graças a relações de marcha mais curtas, embora o diferencial permanecesse o mesmo.

Já a versão a gasolina entregava apenas 99 cv e 16,2 m.kgf, devido à alíquota mais alta do IPI para motores com 100 cv ou mais. Para contornar o imposto, a Volkswagen declarava 99 cv, mas na prática o motor entregava algo em torno de 105 cv.

Nova geração com projeto nacional

Com sete anos de mercado e um público fiel, o Quantum ainda atraía consumidores graças à sua combinação de espaço, conforto e desempenho. No entanto, o visual começava a envelhecer. Assim como o Santana, o Quantum passou por uma ampla reformulação visual e estrutural, apresentada em março de 1992.

Embora mantivesse a plataforma, mecânica e portas da geração anterior, o restante da carroceria foi totalmente novo: teto, para-brisa, vidros laterais e traseiros, dianteira e traseira redesenhadas. As antigas calhas do teto foram eliminadas, e o novo projeto — desenvolvido em computador e testado no túnel de vento em Wolfsburg — resultou em melhor aerodinâmica, com o coeficiente de arrasto reduzido de 0,40 para 0,37. No entanto, os ultrapassados quebra-ventos ainda permaneciam.

Por dentro, o painel passou a ter linhas arredondadas, com três módulos de instrumentos bem iluminados em tom alaranjado. O velocímetro agora era eletrônico. As versões oferecidas eram: CL (motor 1.8 com carburador), GL (motor 2.0 com carburador) e GLS (2.0, com opção de injeção eletrônica Bosch LE-Jetronic). Todas vinham com rodas aro 14 e freios a disco ventilados na dianteira. A GLS trazia rodas de alumínio raiadas com pneus 195/60, faróis de neblina no para-choque dianteiro e opcionais como câmbio automático de três marchas e sistema ABS. Já CL e GL usavam pneus 185/65.

Aperfeiçoamentos para a linha 1993 e além

Na linha 1993, o Quantum recebeu para-choques e retrovisores parcialmente pintados na cor da carroceria, além de piscas com lentes brancas. O interior ganhou carpete mais espesso, vidros elétricos com função um-toque e antiesmagamento, fechamento automático, ar-condicionado aprimorado e alarme volumétrico com sensor ultrassônico.

A versão 2.0 a gasolina recebeu um carburador eletrônico com controle de marcha lenta, enquanto o modelo a álcool manteve o carburador convencional. No fim de 1993, discretamente, a versão CL passou a contar com injeção eletrônica monoponto digital FIC (Ford), elevando a potência do motor 1.8 para 99 cv. A GL passou a adotar injeção multiponto Bosch.

Com a chegada da Chevrolet Suprema e das peruas importadas, a Volkswagen reforçou o conteúdo do Quantum em 1994. A linha passou a oferecer indicador de portas abertas, temporizador dos faróis, terceira luz de freio e sistema de verificação. O teto solar elétrico tornou-se opcional para GL e GLS. A versão topo de linha ganhou volante com ajuste de altura, rodas de alumínio redesenhadas e ajustes lombares nos bancos. Os opcionais incluíam bancos Recaro ou em couro, e toca-CD com subwoofers no porta-malas.

Modernizações e fim de linha

Em 1994, o sistema de injeção multiponto digital FIC substituiu a Bosch LE-Jetronic. Em 1996, o motor passou a usar correia tipo poli-V, que integrava o acionamento dos periféricos. Visualmente, a grade frontal foi inspirada no Passat alemão. Os cintos dianteiros passaram a ter ajuste de altura.

As versões foram rebatizadas: 1.8 Mi, 2000 Mi (básicas), Evidence (intermediária esportiva, com volante do Gol GTI) e Exclusiv (topo de linha). Os motores receberam nova calibração por conta das normas de emissões, entregando 99 cv/15,5 m.kgf (1.8) e 114 cv/17,5 m.kgf (2.0).

Em 1997, foi lançada a edição especial Quantum Family, com novas rodas, adesivos nas laterais traseiras e tampa do porta-malas. Na linha 1999, os para-choques foram atualizados, com o dianteiro passando a ser uma peça única com a grade integrada. Os quebra-ventos foram finalmente eliminados, e as rodas ganharam novo desenho. O motor passou a contar com imobilizador eletrônico e capa plástica no cofre. Internamente, o painel ganhou grafismos novos, luz verde e volante de quatro raios.

Na linha 2001, as versões passaram a ser chamadas de Básico 1.8 ou 2.0, com pacotes de opcionais: Comfortline 1.8/2.0 e Sportline 2.0. Já sem condições de competir com modelos mais modernos — como o Fiat Marea SW e os importados Ford Mondeo e Volkswagen Passat — o Quantum teve sua produção encerrada em 2002, após quase duas décadas de trajetória.




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