Oficina Brasil
Início
Notícias
Fórum
Vídeos
Treinamentos
Jornal
Para indústrias
Quem Somos
EntrarEntrarCadastre-se
Oficina Brasil
EntrarEntrarCadastre-se

Notícias

Página Inicial
Categorias

Vídeos

Página Inicial
Categorias

Fórum

Página InicialTópicos Encerrados

Assine

Assine nosso jornalParticipe do fórum
Banner WhatsApp
Comunidades Oficiais
WhatsApp
Oficina Brasil

A plataforma indispensável para uma comunidade forte de reparadores.

Atalhos

NotíciasComunidade

Oficina Brasil Educa

Cursos e Palestras

Outros Assuntos

Oficina Brasil EducaMarcas na OficinaImagem das Montadoras

Fórum Oficina Brasil

Conheça o FórumAssine o Fórum

Oficina Brasil

Conheça o JornalReceba o Jornal na sua Oficina
Oficina Brasil 2025. Todos Direitos ReservadosPolítica de Privacidade
  1. Home
  2. /
  3. Do Fundo do Baú
  4. /
  5. Volkswagen Passat Surf é a versão mais descontraída de um dos maiores sucessos dos anos 70 e 80

Volkswagen Passat Surf é a versão mais descontraída de um dos maiores sucessos dos anos 70 e 80

Voltado ao público jovem, o Passat Surf chegou em 1978 com visual despojado, acabamento simples e motor 1.5 que equilibrava economia e desempenho

Leonardo David
03 de novembro de 2025
Imagem sem descrição

O Passat marcou uma nova era para a Volkswagen no Brasil, ao ser o primeiro modelo nacional com motor refrigerado a água, um salto em relação aos tradicionais motores a ar. Apresentado ao mundo em 1973, na Alemanha, ele rapidamente chamou atenção pelo design moderno, comportamento dinâmico e conforto para a época. No Brasil, estreou em 1974 e se tornou um sucesso nas ruas, especialmente na configuração hatchback fastback, permanecendo em produção até 1989 e conquistando diferentes públicos ao longo dos anos. Após um período fora do mercado, voltou em 1994, importado da Alemanha, assumindo o papel de sedã médio-grande com foco em sofisticação e tecnologia, até encerrar sua trajetória por aqui em 2021.

Sua origem remonta à Alemanha de 1973, quando foi lançado com design e engenharia inspirados diretamente no Audi 80, fruto da recente aquisição da Auto Union (Audi) pela Volkswagen, comprada da Daimler-Benz em 1964. Essa parceria permitiu à VW adotar uma plataforma moderna, tração dianteira e motores mais avançados. O próprio nome ‘Passat’ é uma referência aos ventos alísios (Passatwind, em alemão), mantendo a tradição da marca de batizar seus carros com nomes ligados a correntes de ar e vento.

Das versões clássicas ao autêntico Passat Surf

Entre 1975 e 1977, a linha Passat no Brasil era composta pelas versões LM e LS, ambas equipadas com o motor BR 1.5 L e pela esportiva TS (Touring Sport), que trazia o motor BS 1.6 L de maior desempenho. Logo depois, a gama foi ampliada com a LSE, versão mais luxuosa, que inclusive chegou a ser exportada para o mercado iraquiano. Em junho de 1978, chega ao mercado a versão Surf, voltada ao público jovem, despojada e cheia de personalidade, com acabamento simplificado e preço ligeiramente acima do Passat mais básico, cerca de Cr$ 96.300. 


Imagem sem descrição

Baseado na versão L, a configuração de entrada da época, o Surf caiu rapidamente no gosto do público. O segredo estava na proposta visual despojada: ausência total de cromados externos, para-choques, frisos, maçanetas e retrovisor pintados em preto fosco, para-brisa verde com faixa degradê, revestimento interno em tecido xadrez nas portas e bancos, assentos dianteiros reclináveis com encosto alto, rodas de aço aro 13 pintadas em cinza grafite calçadas com pneus radiais e logotipos aplicados na grade, tampa do porta-malas e painel. Uma receita simples, mas que entregava identidade própria e conquistava quem buscava um carro com personalidade. 

O interior do Passat Surf era bastante simples, e o painel de instrumentos trazia apenas o essencial: velocímetro, indicadores de combustível e temperatura do líquido de arrefecimento, além de algumas luzes-espia. O console central permanecia, acomodando a alavanca do câmbio.

Engenharia debaixo do capô do Surf


Imagem sem descrição

O Passat Surf era impulsionado pelo motor 1.5 L, código BR, um quatro cilindros em linha refrigerado a água, capaz de entregar 78 cv a 6.100 rpm e 11,5 kgfm de torque a 3.600 rpm. Alimentado por um carburador Solex H35 PDSI de corpo simples, o motor contava com comando de válvulas único localizado no cabeçote, acionado por correia dentada, tecnologia avançada para a época, que proporcionava operação eficiente e manutenção simplificada. 

A disposição longitudinal e a instalação dianteira do motor, combinadas com o câmbio manual de quatro marchas, proporcionavam ao Passat equilíbrio em curvas e estabilidade nas retas. Integrada ao conjunto, a transmissão permitia ao modelo atingir uma velocidade máxima de cerca de 150 km/h e acelerar de 0 a 100 km/h em 17,8 segundos, entregando desempenho adequado para sua proposta jovem sem comprometer o controle e a dirigibilidade.

Em termos de consumo, o modelo entregava médias de 9 km/l na cidade e 12 km/l na estrada, proporcionando autonomia de até 405 km em áreas urbanas e 540 km em rodovias.

Acabamentos e detalhes internos

Em 1979, o Passat recebia seu primeiro facelift, adotando uma dianteira inspirada no Audi 80 comercializado no exterior entre 1976 e 1978, e a partir daí suas vendas começaram a crescer. As versões L e LM foram descontinuadas, passando o modelo de entrada da linha para a Surf. A versão passou a ser oferecida nas cores branco, vermelho, azul, bege, verde e amarelo, e ganhou acabamento interno mais discreto, substituindo o tecido xadrez por revestimento totalmente preto, enquanto o volante passou a ter diâmetro menor e revestimento em espuma. O objetivo era conquistar um público maior, principalmente adultos e consumidores mais conservadores, já que o Surf deixava de ser uma versão especial para se tornar a versão básica da gama Passat.


Imagem sem descrição

Entre as novidades do Surf, destacavam-se as manivelas de abertura dos vidros em plástico, o tapete de borracha do porta-malas, e os cintos dianteiros de três pontos, seguindo o padrão das demais versões. Ainda assim, o modelo apresentava algumas limitações em relação à geração anterior, como a ausência da função dia/noite no retrovisor interno, a falta de ventilação com ar quente (nem mesmo como opcional) e o retorno do acionamento manual do lavador do para-brisas, substituindo o sistema elétrico. Fora isso, o Surf mantinha as qualidades já conhecidas do Passat, como segurança, desempenho e comportamento dinâmico equilibrado.

Fim de Linha para o Passat Surf e a Era do Álcool Começa

Em 1980, o Surf recebeu uma versão movida a etanol, mantendo o motor BR 1.5. Com 65 cv a 5.600 rpm e 10,3 kgfm de torque a 3.000 rpm, o desempenho era ligeiramente inferior ao da versão a gasolina. A velocidade máxima era de 148,6 km/h, e a aceleração de 0 a 100 km/h ocorria em 18,22 segundos. O consumo médio era reduzido, refletindo a menor eficiência energética do etanol na época.

A produção do Passat Surf continuou até agosto de 1981, quando a Volkswagen reposicionou seus modelos para a linha 1982. Após essa mudança, a versão LS 2 portas assumiu o papel de modelo de entrada da linha Passat no Brasil. Embora o Surf tenha sido produzido em quantidade considerável, muitos exemplares não sobreviveram ao tempo devido ao uso, atualmente, existem cerca de 7.920 unidades do Surf registradas no Brasil.

NOTÍCIAS RELACIONADAS
Do Fundo do Baú
Do Fundo do Baú
Volkswagen Passat Surf é a versão mais descontraída de um dos maiores sucessos dos anos 70 e 80
Do Fundo do Baú
Do Fundo do Baú
Santa Matilde SM 4.1: O esportivo nacional que nasceu de um Porsche e desafiou até a Puma
Do Fundo do Baú
Do Fundo do Baú
100 anos de Chevrolet no Brasil: A trajetória do Opala, símbolo de inovação, luxo e paixão nacional