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DKW Junior, o caçula da família DKW que primava pelo visual elaborado e amplo espaço interno


O diminuto Junior iniciou a carreira como um modelo acessível da gama DKW, evoluiu para a versão de luxo F12, mas sucumbiu com a compra da marca pela Volkswagen

Por: Anderson Nunes - 17 de outubro de 2024


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Em 1907, o dinamarquês JørgenSkafte Rasmussen abriu uma pequena empresa para fabricar inicialmente separadores de óleo e equipamentos para motores a vapor. Em 1916, Rasmussen começou a fazer experiências com carros movidos a vapor. O projeto não foi além da fase de protótipo. O que restou, porém, foi a marca derivada deste projeto: DKW, a abreviatura da palavra alemã para veículo movido a vapor (Dampfkraftwagen).   

Em 1919, Rasmussen construiu um pequeno motor de dois tempos, que comercializou sob o nome “Des Knaben Wünsch” (literalmente: “O Desejo do Menino”). Este motor foi ampliado e empregado como motor auxiliar de bicicleta e, posteriormente, em 1922, foi transformado em um motor de motocicleta genuíno conhecido como “Das Kleine Wunder” (“O Pequeno Milagre”). A DKW tornou-se o fabricante de motocicletas mais importante do planeta no decorrer da década de 1920 – em 1928, a fábrica de Zschopau era a maior fábrica de motocicletas do mundo.   

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Naquele mesmo ano, Rasmussen assumiu a fábrica de automóvel Audi em Zwickau e, dois anos depois, encomendou aos projetistas da Audi a produção de um pequeno carro com as seguintes características técnicas: motor de dois cilindros e dois tempos, eixos oscilantes dianteiros e traseiros e tração dianteira. Esse projeto resultou no lançamento em 1931 do DKW Front, conhecido como F1, equipado com um motor de dois cilindros em linha a dois tempos de 494 cm³ e 584 cm³, já montado em posição transversal, tornando-se um dos carros alemães mais vendidos do seu tempo.  


A Grande Depressão ocorrida em 1929, que começou nos Estados Unidos, assolou diversos países. Para contornar a crise econômica que afetou a Alemanha, em 29 de junho de 1932, a Auto Union AG foi fundada com sede em Chemnitz. Esta nova empresa foi formada pela fusão das quatro empresas anteriormente independentes DKW, Audi, Horch e o departamento automotivo da Wanderer. Os quatro anéis do emblema simbolizam as quatro marcas, que foram agrupadas sob a égide da Auto Union.   

  


PLÁSTICO EM ALTERNATIVA AO AÇO  

Após o fim da II Guerra Mundial, a Auto Union AG foi expropriada e suas instalações foram desmanteladas pelo exército de ocupação soviético. O recomeço da companhia se deu ao sul da Alemanha, mais precisamente na cidade de Ingolstadt, no estado da Baviera. A Auto Union GmbH foi fundada em 3 de setembro de 1949, e a nova empresa manteve a tradição dos quatro anéis entrelaçados como seu símbolo. A corporação inicialmente se concentrou na fabricação de veículos comerciais (F89L) e motocicletas (DKW RT 125).  


A partir dos anos de 1950 a economia alemã começa a se reerguer e a população volta-se a compra de automóveis. Ainda que os ganhos dos trabalhadores não fossem altos, a procura por veículos principalmente os modelos pequenos, simples e baratos, tiveram um aumento na procura. Empresas de automóveis e motocicletas como Messerschmitt, BMW e Zündapp lançaram seus minicarros no mercado, entretanto a Auto Union não tinha nenhum modelo em seu portfólio para disputar esse segmento.  

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Na verdade, embora a Auto Union fosse uma marca popular e vendesse muitos automóveis e motociclos, as tecnologias dos seus carros estavam ultrapassadas, datados de antes da guerra. Logo, os diretores da Auto Union convencidos de que precisam de um modelo para se manter competitivos, começaram em 1951 os estudos para a criação de um veículo com carroceria de plástico, feito de resina de poliéster reforçada com fibra de vidro. &nbs