Sistema de freio antiblocante ABS - modelo GM Vectra - ano 1996 - Aula 49

Apresentamos as características do sistema de freio antiblocante da primeira versão do Chevrolet Vectra que chegou ao Brasil. Acompanhe os detalhes dos componentes e a tabela com os códigos de falha

Em mais um encontro mensal, veremos o sistema antibloqueio de freio do veículo da linha GM, o Vectra modelo A, a primeira versão deste veículo no Brasil que tinha nas suas versões top de linha o sistema ABS de série. Nas versões básicas, o sistema vinha como um item opcional.

Nós, reparadores brasileiros devemos estar atentos e aprender cada vez mais sobre o sistema de freio antiblocante. Afinal, a partir de 2014, todos os veículos serão equipados de fábrica com o controle de frenagem ABS.

Vamos aos detalhes:

COMPONENTES

Unidade Eletrônica - ECU: conjugada com a unidade hidráulica, esta unidade está posicionada junto da longarina dianteira esquerda, e por ser ainda das primeiras gerações, é grande, pesada e ainda com uma placa eletrônica bem grande, com os relés soldados na mesma. É um sistema fabricado pela BOSCH denominado de 2E.

Possui um conector de 15 pinos distribuídos em duas fileiras, do 1 ao 8, e do 9 ao 15. Os pinos de alimentação estão ligados diretamente aos pinos da unidade hidráulica, e assim são distribuídos para a unidade eletrônica.

Está aterrado diretamente via pino 3, com a alimentação direta da bateria via pino 2, e pós-chave de ignição via pino 2.

A ligação com o interruptor de pedal de freio é feito pelo pino 9 com o fusível 7.

A lâmpada de anomalias é comandada via pino 1 da ECU eletrônica.

ALIMENTAÇÃO ELÉTRICA DA ECU ELETRÔNICA

PINOS / SISTEMA VECTRA 2E

ATERRAMENTO 03

POSITIVO 01 – 02

Unidade Hidráulica - Faz parte do conjunto entre unidades hidráulica e eletrônica neste modelo. É do tipo 4S4K, com quatro sinais de rotação das rodas e quatro canais de controle e modulação da pressão hidráulica, através da bomba de recalque incorporada à unidade hidráulica, assim com quatro canais, dois dianteiros e dois na traseira, se mantém a configuração original do freio hidráulico. Com os quatro sinais de rotação que a unidade hidráulica envia, o comando da unidade eletrônica comanda corretamente cada circuito hidráulico.

Com dois solenoides por circuito, a unidade hidráulica recebe os comandos de abertura e de fechamento e as válvulas de isolação ou redução. Temos ainda o controle da bomba de recalque.

Sensores - Como temos quatro sinais recebidos pela ECU, há um sensor em cada roda dianteira e traseira, que são conectados pelos pinos:

Sensor dianteiro direito – pinos 5 e 10;

Sensor dianteiro esquerdo – pinos 7 e 13;

Sensor traseiro direito – pinos 6 e 14;

Sensor traseiro esquerdo – pinos 2 e 4.

São sensores do tipo indutivo, que dependem do movimento da roda dentada para gerar um sinal elétrico. Sua resistência elétrica é próxima de 1000 Ohms.

COMENTÁRIOS DO SCOPINO

Por ser um sistema mais antigo, a maior dificuldade está em encontrar peças para substituição. Em um aspecto geral, as maiores falhas ocorrem nos sensores de rodas dianteiras, que estão mais sujeitos a cortes, interrupções ou mau contato pelos terminais internos.

Há a aplicação do sistema 2E com apenas três canais de distribuição, que tem um pistão flutuante, e na unidade hidráulica são apenas três saídas, ou seja, é um sistema de freio ABS do tipo 4S3K, quatro sinais de velocidade / rotação das rodas e três canais de controle hidráulico, sendo dois canais para o eixo dianteiro e um para o eixo traseiro.

Para esta compensação interna da pressão entre rodas opostas e diagonais (dianteira direita com traseira esquerda / dianteira esquerda com traseira direita), há um pistão flutuante que desliza não permitindo a passagem do fluido à linha, com mais tendência ao travamento.

O sistema 2E pode ser feito via scanner (são poucos os scanners que possuem programa para este sistema) ou através do código de piscadas.

Deve ser dada atenção especial ao processo de sangria do sistema, que neste caso exclusivo do ABS 2E deve ser em Z, iniciando-se pela roda mais próxima ao cilindro mestre (dianteira esquerda) e terminando na mais distante (traseira direita).

Para ativar o acesso do código de piscadas, faça um jump (ligação) entre a linha de comunicação e o aterramento do conector de diagnose.

Entre terminais A e K do conector de 10 pinos, mesmo conector de diagnose da injeção eletrônica (localizado próximo ao painel de fogo – torre do amortecedor dianteiro direito).

Após o JUMP, ligar a ignição e contar as piscadas em forma de dezena (primeiro digitar a dezena e em seguida a unidade).

Na próxima edição, veremos SISTEMA ABS C4 PALLAS. Obrigado a todos e até lá!