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  5. Ar-condicionado com carga baixa de fluido refrigerante compromete o desempenho do sistema

Ar-condicionado com carga baixa de fluido refrigerante compromete o desempenho do sistema


Manutenção preventiva no sistema de climatização ainda é negligenciada, mas alguns sintomas deixam claro que o conforto térmico na cabine está comprometido

Antônio Gaspar
08 de agosto de 2025

O ar-condicionado automotivo pode até parecer estar funcionando normalmente — especialmente em dias amenos, com poucos ocupantes e temperatura externa na casa dos 20 °C. Mas essa impressão muda rapidamente quando o clima esquenta.

Imagine um dia com 35 °C, sol forte, cinco pessoas dentro do carro e a carroceria pintada em cor escura: essa combinação aumenta consideravelmente a carga térmica no interior do veículo. Se, além disso, o sistema estiver com a carga de fluido refrigerante abaixo do ideal, o resultado será imediato — o ar não vai conseguir resfriar a cabine com eficiência.




Esse já é um sinal claro de que o veículo precisa ser encaminhado a uma oficina especializada em climatização.

Sintoma não é falha total — mas indica perda de eficiência

Na maioria das vezes, o ar-condicionado continua operando, porém sem atingir o desempenho necessário para manter a cabine em temperatura confortável. A origem do problema pode estar justamente na quantidade incorreta de fluido refrigerante — que, além de comprometer a refrigeração, pode causar sobrecarga no compressor.

Entendendo o circuito do ar-condicionado

O sistema de ar-condicionado funciona em circuito fechado, no qual o fluido refrigerante muda de estado físico (líquido/gás) e percorre diferentes pressões e temperaturas.

O ciclo básico funciona assim:

  1. Compressor: aspira o gás de baixa pressão do evaporador, comprime e envia como gás de alta pressão (e alta temperatura).
    📍 Ponto de medição: alta pressão – logo após o compressor

  2. Condensador: troca calor com o ar externo e transforma o gás em líquido de alta pressão.

  3. Filtro secador/acumulador: remove impurezas e umidade do fluido.

  4. Válvula de expansão: reduz a pressão do líquido, transformando-o em baixa pressão, pronto para evaporar.

  5. Evaporador: o fluido em estado líquido evapora e absorve o calor da cabine, resfriando o ar.

Retorno ao compressor: o gás refrigerante volta ao início do ciclo.
📍 Ponto de medição: baixa pressão – logo após o evaporador





Como medir a carga correta do sistema

Durante o diagnóstico, é essencial identificar a quantidade exata de fluido refrigerante presente no sistema. Isso é feito com um equipamento de recolhimento, que permite pesar o fluido existente e comparar com a carga recomendada pelo fabricante — informação geralmente presente em etiquetas no compartimento do motor ou disponível no manual técnico do veículo.




Ao realizar o reabastecimento, não se esqueça do óleo lubrificante para o compressor. A proporção de óleo no sistema segue a seguinte distribuição:

  • Compressor: 50%

  • Evaporador: 20%

  • Condensador: 10%

  • Filtro secador/acumulador: 10%

  • Mangueiras e tubulações: 10%

Qual tomada usar para reabastecimento?

Depende da condição do sistema:

  • Sistema vazio: o fluido pode ser inserido por qualquer uma das tomadas (baixa ou alta).

  • Sistema com fluido parcial: o reabastecimento deve ser feito pela tomada de baixa pressão.

⚠️ Atenção: Tentar injetar fluido pela tomada de alta pressão com o sistema parcialmente carregado pode resultar em retorno de gás para o cilindro de carga, dificultando o procedimento.



Filtro de cabine: o vilão invisível

Mesmo em um serviço simples de verificação, o filtro de cabine não pode ser ignorado. Obstruído por poeira ou fungos, ele compromete a vazão de ar e a qualidade do ambiente interno.



lém de reduzir o conforto térmico, o filtro sujo afeta a saúde dos ocupantes, principalmente em casos de alergias respiratórias. A substituição do filtro é simples e tem impacto direto no desempenho do sistema.

Como medir a eficiência do sistema na prática?

A medição da temperatura deve ser feita em dois pontos:

  1. Saída de ar no painel

    • Sistema em modo recirculação

    • Janelas fechadas

    • Termômetro inserido na saída de ar

Valor ideal: temperatura em um dígito (entre 0°C e 9°C)



  1. 2. Ambiente da cabine (banco do motorista, altura do pescoço)

Valor ideal: entre 15°C e 22°C, dependendo da umidade e da temperatura externa




Conclusão: mais do que conforto, é saúde

Quando a manutenção do ar-condicionado é bem executada, não estamos apenas garantindo o funcionamento de um sistema mecânico, elétrico ou eletrônico. Estamos preservando o bem-estar e a saúde dos ocupantes.

Em tempos de calor extremo, poluição e ambientes urbanos cada vez mais agressivos, oferecer ao cliente um ar-condicionado eficiente e saudável é um diferencial — e uma responsabilidade técnica.

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