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O ar-condicionado automotivo pode até parecer estar funcionando normalmente — especialmente em dias amenos, com poucos ocupantes e temperatura externa na casa dos 20 °C. Mas essa impressão muda rapidamente quando o clima esquenta.
Esse já é um sinal claro de que o veículo precisa ser encaminhado a uma oficina especializada em climatização.
Na maioria das vezes, o ar-condicionado continua operando, porém sem atingir o desempenho necessário para manter a cabine em temperatura confortável. A origem do problema pode estar justamente na quantidade incorreta de fluido refrigerante — que, além de comprometer a refrigeração, pode causar sobrecarga no compressor.
O sistema de ar-condicionado funciona em circuito fechado, no qual o fluido refrigerante muda de estado físico (líquido/gás) e percorre diferentes pressões e temperaturas.
O ciclo básico funciona assim:
Compressor: aspira o gás de baixa pressão do evaporador, comprime e envia como gás de alta pressão (e alta temperatura).
📍 Ponto de medição: alta pressão – logo após o compressor
Condensador: troca calor com o ar externo e transforma o gás em líquido de alta pressão.
Filtro secador/acumulador: remove impurezas e umidade do fluido.
Válvula de expansão: reduz a pressão do líquido, transformando-o em baixa pressão, pronto para evaporar.
Evaporador: o fluido em estado líquido evapora e absorve o calor da cabine, resfriando o ar.
Retorno ao compressor: o gás refrigerante volta ao início do ciclo.
📍 Ponto de medição: baixa pressão – logo após o evaporador
Como medir a carga correta do sistema
Durante o diagnóstico, é essencial identificar a quantidade exata de fluido refrigerante presente no sistema. Isso é feito com um equipamento de recolhimento, que permite pesar o fluido existente e comparar com a carga recomendada pelo fabricante — informação geralmente presente em etiquetas no compartimento do motor ou disponível no manual técnico do veículo.
Ao realizar o reabastecimento, não se esqueça do óleo lubrificante para o compressor. A proporção de óleo no sistema segue a seguinte distribuição: Compressor: 50% Evaporador: 20% Condensador: 10% Filtro secador/acumulador: 10% Mangueiras e tubulações: 10% Depende da condição do sistema: Sistema vazio: o fluido pode ser inserido por qualquer uma das tomadas (baixa ou alta). Sistema com fluido parcial: o reabastecimento deve ser feito pela tomada de baixa pressão.Qual tomada usar para reabastecimento?
⚠️ Atenção: Tentar injetar fluido pela tomada de alta pressão com o sistema parcialmente carregado pode resultar em retorno de gás para o cilindro de carga, dificultando o procedimento.
Filtro de cabine: o vilão invisível
Mesmo em um serviço simples de verificação, o filtro de cabine não pode ser ignorado. Obstruído por poeira ou fungos, ele compromete a vazão de ar e a qualidade do ambiente interno.
lém de reduzir o conforto térmico, o filtro sujo afeta a saúde dos ocupantes, principalmente em casos de alergias respiratórias. A substituição do filtro é simples e tem impacto direto no desempenho do sistema. A medição da temperatura deve ser feita em dois pontos: Saída de ar no painel Sistema em modo recirculação Janelas fechadas Termômetro inserido na saída de arComo medir a eficiência do sistema na prática?
Valor ideal: temperatura em um dígito (entre 0°C e 9°C)
Quando a manutenção do ar-condicionado é bem executada, não estamos apenas garantindo o funcionamento de um sistema mecânico, elétrico ou eletrônico. Estamos preservando o bem-estar e a saúde dos ocupantes.Conclusão: mais do que conforto, é saúde