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Neste mês, daremos continuidade a sequencia de matérias que irão ajudar os reparadores a conhecer melhor os procedimentos de manutenção de um carburador e dicas de ajustes para facilitar a aprovação na inspeção veicular.
Cut-off
Esse sistema visa economizar combustível e reduzir a emissão de gases poluentes durante trocas de marchas.
Possui uma central eletrônica que funciona da seguinte forma: quado se tirar o pé do acelerador durante as trocas de marcha, a borboleta de aceleração se fecha, acionando o interruptor que fica no batente de sua alavanca.
Esse interruptor envia um sinal para central eletrônica, que retransmite o impulso para o solenóide (também chamado de interruptor de mistura), cortando a passagem do canal de marcha lenta e evitando o arrasto de combustível nos outros regimes de funcionamento do carburador.
Quando o motor atingir 1200 rpm, a central libera novamente o funcionamento do solenóide.
Abaixo, veja a terceira parte do vídeo apresentado por Amauri Gimenes sobre carburadores e a inspeção veicular
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Cut-off pelo freio motor
Nesse procedimento, o controle é efetuado por um relé, que monitora o sinal de pulsos provenientes do negativo da bobina, e o sinal negativo vindo do parafuso de batente da regulagem de rotação da alavanca da borboleta de aceleração do 1º corpo.
O relé cortará a corrente de alimentação do interruptor de marcha lenta toda vez que o motor estiver acima de uma rotação específica (1600 rpm no GM Chevette e 1400 rpm no GM Opala) e com a borboleta em repouso.
O objetivo desse sistema era proteger o catalisador das altas temperaturas resultantes da reação do conversor com o combustível vindo das desacelerações, que poderia diminuir a sua vida útil ou até mesmo provocar o derretimento de seu núcleo de cerâmica.
Nos carburadores dessas versões haverá as seguintes modificações:
- Interruptor de marcha lenta com carcaça niquelada e ponta de vedação em “viton” (borracha sintética);
- Parafuso de regulagem de abertura da borboleta isolado do corpo do carburador através de bucha plástica e com um terminal macho próximo à cabeça do parafuso.
Sistema de progressão
A progressão, que são furos ou fendas localizadas no canal de marcha lenta acima da borboleta de aceleração, tem como função suavizar a passagem das rotações de marcha lenta para rotações mais altas.
Em marcha lenta, conforme a borboleta de aceleração vai se abrindo, ela descobre os furos ou fendas de progressão e, desta forma, o motor passa a receber mais combustível para sua alimentação.
O sistema de progressão é semelhante no 2º estágio de carburadores de dois estágios, onde os furos de progressão são alimentados pelo giclê de marcha lenta do 2º estágio.
Sistema de aceleração rápida ou sistema de injeção
Os carburadores fabricados no Brasil possuem dois sistemas de aceleração rápida: com diafragma (ou membrana) ou com pistão injetor.
A função deste sistema é aumentar a potência do motor, por meio da injeção extra de combustível diretamente no fluxo principal.
Os carburadores de corpo simples possuem um bico injetor (gargulante de aceleração), ao passo que os de corpo duplo progressivos possuem um injetor apenas no 1º corpo ou 1º estágio.
Os duplos simultâneos possuem um injetor em cada corpo e que são acionados em conjunto.
Sistema de aceleração rápida por diafragma
Esse sistema é acionado por uma haste ligada à borboleta de aceleração. Quando pressionado o acelerador, a haste empurra o diafragma, forçando o combustível da câmara do diafragma a passar pelo injetor que, por sua vez direciona o jato para o Venturi.
Quando se tira o pé do acelerador, a mola empurra o diafragma de volta à posição inicial, enchendo a câmara de combustível para que a próxima injeção seja efetuada, quando necessário.
Sistema de aceleração rápida por pistão
Este sistema foi usado nos carburadores mais antigos, onde a haste do pistão também é ligada à borboleta de aceleração por intermédio de uma haste.
Quando pressionado o acelerador, a alavanca empurra a haste do pistão, que por sua vez comprime o combustível, forçando-o a passar pelo injetor, que irá direcioná-lo para o Venturi.
Ao retirar o pé do acelerador, o pistão sobe e puxa o combustível para a câmara de injeção, carregando-a para a próxima aceleração.
Alvo do jato
Nos carburadores Brosol/ Solex o alvo do jato de combustível injetado é tabelado, pois se torna um importante fator para a criação na mistura homogênea de ar e combustíbel. Se por ventura for regulado de maneira incorreta, pode gerar “buracos” em acelerações rápidas, justamente por mistura incorreta.
Sistema principal ou marcha normal
É o sistema responsável pela alimentação do motor em todos os regimes de aceleração e é formado por giclê principal, tubo misturador, respiro principal e difusor.
O sistema funciona da seguinte maneira: ao acelerar acima do regime de marcha-lenta, a borboleta de aceleração passa pelos furos de progressão, e recebe uma quantidade extra de mistura.
O motor sobe a rotação, provocando um arrasto de combustível proveniente da cuba e que passa pelo sistema principal.
Essa mistura recebe ar do respiro principal e combustível da cuba pelo giclê principal e, assim, são misturados no tubo misturador. Por fim, esta mistura é pulverizada no venturi, chamado também de câmara de mistura, pelo difusor.