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O gerente da Tecnomotor, Eduardo Temporini Jr., recomenda recalibração do analisador a cada seis meses
Com a inspeção veicular ambiental em vigor na cidade de São Paulo, o analisador de gases virou equipamento obrigatório para as oficinas, tanto quanto o scanner, o multímetro ou até mesmo o vacuômetro.
Ao longo dos últimos dois anos, o jornal Oficina Brasil tem publicado constantemente reportagens sobre este equipamento. Desta vez, daremos dicas de boas práticas de uso do analisador de gases, de forma tal a evitar manutenções emergenciais. Para tanto contamos com a ajuda do gerente administrativo da Tecnomotor, Eduardo Temporini Jr.
De acordo com Temporini, um dos principais vilões do analisador de gases é a umidade. Assim, ele recomenda que o reparador posicione o aparelho em um local alto, para evitar que a água eminente do escapamento seja sugada pela bomba.
“Ao guardar o equipamento, é importante também desconectar a mangueira da sonda e a enrolar do aparelho para a ponta e nunca ao contrário, pois assim evita-se que a umidade acumulada na extensão da mangueira entre no equipamento”, afirma.
Uma vez úmido, o analisado de gases demora mais tempo para descontaminar, podendo até mesmo levar um dia inteiro neste processo. “Normalmente, quando o equipamento fica muito tempo desligado, é comum isso acontecer”, afirma Temporini.
Assim, uma dica é ligar o analisador de gases pelo menos uma vez por dia, por durante meia hora, mesmo que não for utilizá-lo.
Contaminação
Outra dica é evitar conectar a sonda em veículos que apresentem excesso de fumaça, para não contaminar o equipamento. Além disso, é importante trocar os filtros sempre que houver necessidade. “Algumas marcas possuem filtro comum, como o de combustível de um carro”, afirma Temporini.
O gerente da Tecnomotor comenta ainda que a manutenção do equipamento dever ser realizada periodicamente, da mesma forma que um carro. “Quanto mais intenso é a utilização do veículo, mais rápido deve ser feita a manutenção. Com o analisador de gases ocorre o mesmo”, explica.
Segundo Temporini, é recomendável realizar uma verificação a cada seis meses, com recalibração do equipamento, com gás padrão. Essa é a exigência da norma, e as empresas que atuam com inspeção oficial (no caso a Controlar, em São Paulo, e as empresas de inspeção técnica veicular) devem inclusive renovar o selo do Inmetro.
O selo do Inmetro é uma segurança a mais para o reparador, pois uma vez o aparelhe aferido e lacrado, significa que ele e o cliente dele podem confiar 100% no resultado da medição realizada.
Com a ampla utilização deste equipamento, particularmente na cidade de São Paulo, é comum, cada vez mais, o analisador de gases apresentar resultados divergentes aos da empresa contratada pela Prefeitura para realizar a inspeção.
Assim, estes cuidados se fazem necessários para evitar o risco de o carro do cliente ser reprovado na inspeção veicular ambiental.
Sensor de oxigênio
Todos os analisadores de gases possuem um sensor de oxigênio que, segundo Temporini tem um tempo de vida útil, como uma pilha. O gerente da Tecnomotor explica ainda que o princípio de funcionamento é químico e dura entre um a dois anos, de acordo com as características de uso.
A dica para saber a hora exata de trocar o sensor é simples: ao ligar o equipamento, basta verificar se a medição do nível de oxigênio é de 20% a 21%. Se a leitura estiver diferente disso é porque o sensor parou de funcionar direito. Isso ocorre porque esta é a quantidade de O2 presente no ar que respiramos.