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Na matéria anterior, conhecemos um pouco sobre a origem da carbonização no sistema de alimentação e da contaminação do óleo lubrificante, problemas que estão diretamente ligados um ao outro, mas necessitam de diferentes soluções para a eliminação.
Sabemos que a desmontagem parcial ou completa de um motor na maioria das vezes não é muito apreciada pelo proprietário do veículo, e em tempos de oficinas lotadas, que necessitam finalizar o quanto antes suas demais tarefas, isto pode ser um transtorno também para o reparador.
Pensando nisso, muitas empresas atualmente produzem produtos que ajudam a eliminar estes problemas, com fórmulas capazes não só de remover os depósitos de carbonização no sistema de alimentação ou borra quando o óleo está contaminado, mas também de prevenir a longo prazo estas formações.
Aprendemos que toda queima gera resíduos e estes são os grandes vilões dos motores modernos. Para a devida eliminação, o produto aplicado deverá dissolver estes resíduos de modo que componentes, como a sonda lambda, as juntas de vedação, catalisador e válvula EGR, não sejam negativamente afetados.
É melhor prevenir do que remediar
Para que o reparador tenha menos trabalho para desmontar o motor, é recomendada a utilização de produtos do tipo “preventivo”, ou seja, aditivos que são adicionados ao tanque de combustível para que haja uma constante manutenção da limpeza interna dos motores.
Há alguns anos, este tipo de produto não recebia a devida atenção, mas atualmente, com as condições de funcionamento dos motores cada vez mais severas em função do downsize (tendência de diminuição do tamanho do motor e exploração máxima de sua eficiência) e do trânsito cada vez mais intenso, é recomendada a aplicação desta linha de produto.
Questionado se o método preventivo de limpeza compete com o método tradicional de limpeza de bicos injetores em máquinas de ultrassom, Rodrigo Bonadia, Diretor Comercial da STP, comenta: “Na verdade, a limpeza de bico via ultrassom não pode ser considerado um processo corretivo nem preventivo à carbonização do sistema de injeção, pois este método limpa somente a válvula injetora, não agindo na câmara de combustão onde a carbonização é encontrada e que afeta o funcionamento dos motores. Os produtos da STP não competem com as máquinas de limpeza de bicos, pois a proposta é fornecer produtos que limpem não só os bicos injetores, como também as válvulas e câmara de combustão, realizando a limpeza em toda linha de alimentação”.
Em testes práticos com o auxílio do analisador de gases, o Conselho Técnico do Jornal tem se beneficiado da utilização de produtos que combatem a carbonização, principalmente quando o assunto é a inspeção ambiental veicular, presente em algumas capitais do país, como São Paulo e Rio de Janeiro.
A grande maioria dos proprietários de veículos não está habituada a adquirir este tipo de produto e aplicá-lo no tanque do veículo, como um sistema de “faça você mesmo”. Está aí um grande nicho de mercado para que nós reparadores possamos aproveitar dentro das oficinas.
Segundo o técnico da Isotech Helber Pasinato, com a chegada da tecnologia Flex, os proprietários primam sempre pela economia e se esquecem de realizar a ciclagem do combustível. “Como o etanol ultimamente tem sido mais atraente devido ao preço, é comum encontrar veículos que rodam há anos somente com o combustível vegetal. Como consequência, os resíduos da queima do etanol se depositam nas partes internas formando uma espécie de verniz, conhecido popularmente como caramelo. Por isso é recomendada a aplicação de produtos compatíveis com ambos os combustíveis”.
Posição das montadoras
A grande maioria das montadoras recomenda a utilização de produtos que promovem a limpeza dos sistemas de alimentação dos seus veículos. Marcas como General Motors, Mitsubishi, Hyundai e Nissan utilizam há anos dentro de suas oficinas.
A recomendação de maneira geral é a aplicação de 1 frasco de 200ml para tratar 50 litros de combustível a cada 10 mil km rodados.
Desta maneira, dificilmente os motores terão problemas de perda de rendimento e aumento da quantidade de gases nocivos emitidos na atmosfera.