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O reparador, diante do relato do cliente, sabia que estava com um problema complexo em suas mãos e que sua solução dependia de uma análise detalhada dos possíveis componentes que poderiam ocasionar o superaquecimento, exigindo do profissional como pré-requisito um planejamento com o passo a passo dos testes que iria realizar, pois anteriormente ele já havia trabalhado neste veículo, devido a um superaquecimento após o rompimento de dois selos d’água no cabeçote, na ocasião, tinha substituído a junta do cabeçote, válvula termostática, além de limpar o radiador e solicitar a uma retífica que plainasse o cabeçote e verificasse empenamento no bloco, após esses reparos o veículo funcionou normalmente, mas agora retornava de novo na oficina com mau funcionamento no arrefecimento.
O profissional consultou seu plano de ação.
O primeiro item consistia no teste de rodagem com o scanner conectado a fim de monitorar a temperatura do líquido de arrefecimento em tempo real para identificar o momento do aparecimento da anomalia.Ao realizar o teste verificou que em baixa aceleração o scanner marcava temperatura em torno de 98°c, com a ventoinha acionando normalmente aos 94°c, porém em carga plena a temperatura subia aos 106°c e a ventoinha acionada em sua máxima velocidade, sem baixar a temperatura mesmo com o câmbio desengrenado e o veículo em movimento.
Como já havia revisado o sistema de arrefecimento anteriormente, o reparador acessou o Fórum Oficina Brasil para buscar ajuda dos colegas de profissão.
O primeiro colega a responder perguntou se o técnico havia verificado a estanqueidade do sistema, bem como a tampa e o reservatório. Já o segundo colega do fórum sugeriu que o reparador verificasse se ambas as mangueiras do ar quente na saída e entrada estavam com a mesma temperatura, destacando que esta condição é a correta.
O terceiro colega de profissão chamou a atenção para a confirmação do bom funcionamento do sensor de temperatura, destacando que a resistência elétrica tem que alterar conforme a temperatura, e sugeriu que o próximo teste seria na válvula termostática, pois de acordo com o relato estava parecendo que a água não estava circulando no bloco, indicou ainda que seria interessante fazer um teste com termômetro a laser, a fim de verificar se a temperatura na entrada e saída do radiador estariam próximas.
O quarto colega do fórum, por sua vez, deixou sua contribuição perguntando qual a marca da bomba d’água que foi instalada no veículo, e afirmou que existem algumas bombas que veem com o rotor diferente. E afirmou ainda que seria fundamental isolar o ar quente e verificar se o problema desaparecia, e verificar se a mangueira superior e inferior saíam do mesmo lado dentro do radiador, pois tem um separador.
Após ler atentamente as dicas e sugestões, o reparador retornou agradecendo a todos que contribuíram na resolução desse caso. E de forma detalhada informou que tudo havia sido feito e refeito seguindo e avaliando cada detalhe inclusive a remoção do cabeçote, verificado o serviço da retífica, e informou que todo o sistema de arrefecimento do veículo foi colapsado por falta de uso de aditivo.
E finalizou afirmando que quando substituiu o radiador e isolou o ar quente o problema foi resolvido.