Direction Conecta
Logo Subs Conecta
Conecta 2025: o grande evento de inovação e tecnologia para reparadores é aqui.
Explosão Conecta
WhatsApp
Jornal Oficina Brasil
Jornal Oficina Brasil é reconhecido como o maior veiculo de comunicação com conteúdos técnicos, dicas e fórum de discussão para oficina mecânica.
E-mail de contato: [email protected]
InstagramFacebookTikTok
Atalhos
NoticiasComunidade
Outros Assuntos
RotaMarcas na OficinaImagem das Montadora
Fórum Oficina Brasil
Conheça o FórumAssine o Fórum Oficina Brasil
Jornal Oficina Brasil
Conheça o JornalReceba o Jornal na sua Oficina
Oficina Brasil 2025. Todos Direitos Reservados
Política de Privacidade
Jornal Oficina Brasil
Início
Notícias
Fórum
Treinamentos
Para indústrias
Vídeos
Conecta 2025
Jornal Oficina Brasil
EntrarEntrarCadastre-se
Jornal Oficina Brasil
EntrarEntrarCadastre-se

Notícias

Página Inicial
Categorias

Vídeos

Página Inicial
Categorias

Fórum

Página InicialTópicos Encerrados

Assine

Assine nosso jornalParticipe do fórum
Comunidades Oficiais
  1. Home
  2. /
  3. Consultor OB
  4. /
  5. Detalhes técnicos do motor FPT 2.0 turbodiesel 16V Multijet II que equipam os modelos Renegade e Toro

Detalhes técnicos do motor FPT 2.0 turbodiesel 16V Multijet II que equipam os modelos Renegade e Toro


Uma das boas novidades introduzidas pela FCA (Fiat Chrysler Automóveis Brasil) foi a nova geração do motor diesel desenvolvido pela FPT (Fiat Powertrain Technologies)

Claudemir Diaz
03 de abril de 2025

Essa motorização equipa modelos como Fiat Toro Diesel e Jeep Renegade, e traz consigo uma série de avanços tecnológicos voltados à eficiência, conforto e redução de emissões.

Neste conteúdo, você confere os principais detalhes de construção, funcionamento e manutenção do motor 2.0 Multijet II, incluindo componentes como coletor de admissão, válvula EGR, injeção direta e muito mais.



Bloco do motor e virabrequim



O bloco do motor é produzido em ferro fundido com cilindros integrados, e não possui sub-bloco. O virabrequim é apoiado por cinco mancais fixos e possui 8 contrapesos.

Na parte traseira do virabrequim, encontra-se a roda fônica do sensor de rotação, e dois eixos contra rotantes (BSU) equilibram as forças rotativas do motor. Os contrarrotantes possuem duas massas excêntricas engrenadas entre si e com o virabrequim. Na parte traseira do eixo está localizada a roda fônica para o sensor de rotação.

A folga axial é controlada por dois semi-anéis no mancal central.



Para retirada do BSU, deve-se travar o conjunto com ferramentas específicas e o motor na posição de sincronismo.

Cabeçote e válvulas

O cabeçote do motor é dividido em superior e inferior. A parte superior abriga os comandos de válvula de admissão e escape, enquanto a inferior abriga balancins, válvulas, galerias de água, óleo e gases.

Os eixos de comando são sincronizados por um par de engrenagens traseiras (foto abaixo à esquerda). A válvula do comando exerce papel essencial para a eficiência de abertura e fechamento das válvulas, contribuindo para melhor desempenho do motor.



A junta de união do cabeçote (foto acima à direita) é feita de material multicamadas, disponível em três espessuras, e deve ser escolhida conforme a projeção dos pistões.



Sistema de lubrificação

O sistema de lubrificação do motor Diesel é composto por cárter de alumínio, bomba volumétrica acionada pelo virabrequim, radiador de óleo e filtro do tipo green filter.

Dois interruptores de óleo e uma eletroválvula fazem o controle da pressão, garantindo o funcionamento adequado do sistema mesmo em diferentes faixas de rotação.

A eletroválvula é alimentada pela central do motor e atua conforme a demanda, abrindo ou fechando o circuito de lubrificação.

Pontos importantes:

-       O interruptor de baixa pressão controla o acendimento da luz do quadro de instrumentos, o seu acionamento varia entre 0,2 a 0,5 bar;

-       O sinal do interruptor de alta pressão é utilizado pela central do motor para controle da eletroválvula.

-       O interruptor de alta pressão monitora valores de pressão de 1,95 a 2,4 bar;

-       -A eletroválvula é normalmente fechada e está alimentada com baixa rotação, mantendo a válvula aberta em altas rotações;

-       A eletroválvula é alimentada com negativo pela central do motor e positivo pelo +30 da bateria.



Coletor de admissão com controle eletrônico



O coletor de admissão (foto acima) conta com um sistema de variação eletrônica que regula o fluxo de ar e aumenta a turbulência na câmara de combustão. Cada cilindro recebe dois dutos, sendo um deles com portinhola controlada por atuador.

Através da regulação das portinholas é possível adaptar a turbulência do ar fresco no interior da câmera de combustão às respectivas condições de carga do motor.

Esse controle permite que o motor se adapte melhor às condições de carga e rotação, otimizando a mistura ar-combustível, essencial para a injeção direta de combustível.

Em baixas rotações, nas quais a entrada de ar é menor no motor, as portinholas do atuador encontram-se fechadas promovendo maior turbulência. Com aumento de rotação, ocorre a abertura das portinholas, facilitando a entrada de ar.

Turbocompressor de geometria variável

O motor diesel 2.0 é equipado com turbo de Geometria Variável, VGT (foto abaixo), que oferece excelente desempenho em diferentes faixas de rotação. 



O turbo VGT (geometria variável) é composto pelo compressor ligado à entrada de ar fresco, a turbina que recebe a força dos gases de escapamento, e um módulo eletrônico de controle do VGT e uma haste de controle.

O seu funcionamento leva em conta as condições de trabalho do motor como rotação, massa de ar, pressão de sobrealimentação etc., que são monitoradas pelos diversos sensores do sistema de gerenciamento eletrônico e avaliadas pela central de injeção.

Quando a rotação da turbina chega a valores críticos, as aletas adotam uma posição aberta, aumentando a seção entre elas e reduzindo, consecutivamente, a velocidade com que os gases passam pela turbina. Este efeito é semelhante ao que ocorria com a conhecida válvula Waste Gate, ausente na turbina VGT.




Sistema de escapamento e catalisador



O sistema de escapamento do motor diesel 2.0 possui componentes modificados para atender às mais modernas normas de controle de emissões de poluentes.

Incluem-se nestes componentes o catalisador automotivo integrado ao filtro DPF e a válvula EGR.

O Nsc requer temperaturas devidamente controladas para seu correto funcionamento, para isto, existem dois sensores de temperatura um antes e o outro abaixo do sistema do NSC.

A temperatura verificada por estes dois sensores é enviada à central de controle do motor para gerenciar pós-injeções e consequentemente a temperatura de trabalho do catalisador para sua maior eficiência.

Filtro DPF e regeneração

O DPF (foto abaixo) é um filtro mecânico destinado a reter partículas de fuligem integrado ao catalisador.



Ele atua como um componente mecânico que retém partículas de fuligem. Ele é monitorado por um sensor de pressão diferencial que detecta obstruções.

A saturação do DPF é monitorada por um sensor de variação de pressão (foto abaixo) com ligações antes e depois do filtro.



Uma vez observada uma obstrução no DPF caracterizada por elevada perda de carga dos gases de escape, a central do motor inicia o processo de regeneração na tentativa de desobstruir.

Para isto são realizadas injeções suplementares de combustível para elevação de temperatura dos gases, a tensão de alimentação é de 5V e a resistência 150 a 1000 Ohm.

Caso haja obstrução do DPF uma luz acende no quadro de instrumentos para o condutor dirigir em determinadas condições de aceleração e distância para tentar fazer a regeneração.

A regeneração dura cerca de 15 minutos, o processo é atingido mantendo o veículo em marcha a 60 km /h com regime superior a 2.000 rpm.

Através do scanner automotivo é possível monitorar a quantidade de partículas retiradas no DPF e a resistência ao fluxo do ar.

Sistema EGR

A válvula EGR reduz as emissões de NOx à recircular parte dos gases de escape de volta à admissão, reduzindo a temperatura da câmara de combustão. Para isso, ela conta com um trocador de calor que resfria os gases antes da recirculação.

Uma válvula eletropneumática controlada pela ECU permite ou bloqueia a passagem dos gases, atuando conforme as exigências do motor em cada momento. Quando acionada, permite que uma depressão chegue ao atuador pneumático que mecanicamente direcionará o gás para o trocador de calor.

Sistema de alimentação de combustível

O sistema de alimentação de combustível (foto abaixo) é dividido entre baixa e alta pressão. 



O sistema de baixa pressão é responsável por captar o diesel do tanque e enviar ao sistema de pressão alta que inicia na bomba de alta. O sistema de alta é responsável por fornecer o combustível sob alta pressão para alimentar o motor

A bomba de alta pressão (foto abaixo), acionada pela correia dentada, eleva a pressão do combustível até 334 bar em marcha lenta, essencial para a precisão da injeção direta.



A válvula reguladora de pressão mantém os 5 bar na linha de baixa, enquanto a válvula Mprop — um solenóide acionado por pulsos PWM — ajusta a pressão no rail conforme a carga do motor, alcançando 334 bar em marcha lenta. 

Já os eletroinjetores, de segunda geração, usam obturadores hidraulicamente equilibrados, dispensando o uso de molas e garantindo resposta rápida sob alta pressão.

Atenção: em necessidade de substituir os injetores é importante observar a classificação de acordo com o código numérico gravado no topo dos injetores.

Filtro de combustível



O filtro de combustível (foto acima) conta com um sensor integrado que detecta a presença de água no diesel e mede sua temperatura. Também atua como pré-aquecedor do combustível, essencial para partidas a frio em regiões frias.

Velas de pré-aquecimento



O sistema de pré-aquecimento (foto acima) inclui velas em cada cilindro para facilitar a partida e reduzir as emissões de HC. O módulo de controle também monitora falhas nas velas e se comunica com a ECU para gerar códigos de erro.



O acionamento das velas é controlado por um módulo específico (foto acima), que também protege o sistema e detecta qualquer anomalia, e quando isso ocorre, ele se comunica com a ECU registrando o código de falha.

Em hipótese algum teste as velas diretamente com tensão da bateria — isso pode causar sérios danos.

Desempenho, eficiência e confiabilidade

O motor FPT 2.0 turbodiesel 16V Multijet II combina robustez, inteligência eletrônica e sistemas de controle refinados para entregar desempenho com eficiência e respeito ao meio ambiente.

Desde o controle do coletor de admissão até a atuação da válvula EGR e a precisão da injeção direta, cada componente trabalha em conjunto para garantir menor consumo, torque otimizado e emissões mais baixas.

Conhecer essas tecnologias ajuda você a entender melhor os novos desafios da reparação automotiva — e valoriza ainda mais a importância de diagnósticos precisos, ferramentas atualizadas e atenção aos detalhes técnicos de cada sistema.

NOTÍCIAS RELACIONADAS
Consultor OB
Consultor OB
Detalhes técnicos do motor FPT 2.0 turbodiesel 16V Multijet II que equipam os modelos Renegade e Toro
Consultor OB
Consultor OB
Competência e equipamentos são aliados necessários para executar um serviço eficaz
Consultor OB
Consultor OB
Motores aspirados, turbo e híbridos: Um guia técnico para mecânicos