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DSG – Direct Shift Gearbox – transmissão de engates diretos
Dando sequência ao nosso estudo da transmissão automatizada VW 02E aplicada aos veículos VW e AUDI, a partir de 2005, neste número vamos considerar os princípios básicos de funcionamento dela, para melhor entendimento da matéria.
DSG – Direct Shift Gearbox – transmissão de engates diretos
Dando sequência ao nosso estudo da transmissão automatizada VW 02E aplicada aos veículos VW e AUDI, a partir de 2005, neste número vamos considerar os princípios básicos de funcionamento dela, para melhor entendimento da matéria.
PRINCÍPIO BÁSICO DE FUNCIONAMENTO
A transmissão DSG (de engates diretos) é composta essencialmente de duas transmissões que são independentes uma da outra.
Cada unidade de transmissão é construída da mesma maneira que uma transmissão manual. Para acionamento de cada transmissão, existe um conjunto de embreagem multi-discos exclusivo. Ambos os conjuntos de embreagens multi-discos são do tipo de discos úmidos e trabalham no fluido da transmissão DSG. Elas são operadas, reguladas, aplicadas e desaplicadas pelo conjunto mecatrônico, dependendo da marcha a ser selecionada.
As marchas 1, 3, 5 e Ré são selecionadas através da embreagem multi-discos número 1.
As marchas 2, 4 e 6 são selecionadas através da embreagem multi-discos número 2.
Uma transmissão está sempre aplicada e a outra tem a próxima marcha selecionada em preparação, mas com a embreagem multi-discos correspondente ainda na posição desaplicada. Cada marcha, portanto, possui um elemento sincronizador manual para sua aplicação.
ENTRADA DE TORQUE
O torque de entrada é transmitido do virabrequim ao volante de dupla massa.
As estrias do volante de dupla massa, no cubo de entrada da dupla embreagem transmitem o torque à placa de arrasto da embreagem multi-discos. Por sua vez, a placa de arrasto transmite o torque de entrada à placa externa da embreagem K1 com o cubo principal da embreagem multi-discos. A placa externa da embreagem K2 também está ligada mecanicamente ao cubo principal.
EMBREAGENS MULTI-DISCOS
O torque é transmitido à embreagem correspondente através da placa do carregador externo. Quando a embreagem é aplicada, o torque é transmitido adicionalmente à placa do carregador interno e então ao eixo de entrada correspondente. Uma embreagem multi-discos está então sempre aplicada.
A embreagem K1 é do tipo multi-discos. É a embreagem externa e transmite torque ao eixo de entrada número 1 para aplicar as marchas 1,3,5 e Ré. Para aplicar a embreagem, o fluido é forçado na câmara de pressão da embreagem K1. Desta maneira, o pistão 1 é empurrado junto com seu eixo e as placas da embreagem K1 são comprimidas juntas. Assim, o torque é transmitido através das placas do carregador interno ao eixo de entrada número 1. Quando a embreagem é desaplicada, uma mola diafragma pressiona o pistão 1 de volta à sua posição de descanso.
A embreagem multi-discos K2 também é do tipo multi-discos. É a embreagem interna e transmite torque ao eixo de entrada número 2 para aplicação das marchas 2, 4 e 6. Para aplicar esta embreagem, o fluido é forçado na câmara de pressão da embreagem K2. O pistão K2 então aplica o torque de entrada ao eixo de entrada número 2 através das placas de pressão. As molas de retorno pressionam o pistão de volta à sua posição de descanso quando a embreagem é desaplicada.
EIXOS DE ENTRADA
O torque do motor é transmitido aos eixos de entrada desde as embreagens multi-discos K1 e K2.
EIXOS DE ENTRADA 2
O eixo de entrada 2 é mostrado em relação à posição de instalação do eixo de entrada 1.
O eixo de entrada possui construção vazada e é ligado através de estrias à embreagem multi-discos K2. As engrenagens helicoidais para a 6ª, 4ª e 2ª marchas fazem parte do eixo de entrada numero 2. Para a 6ª e 4ª marchas, uma engrenagem comum é utilizada. Para medir a rotação deste eixo de entrada, existe uma roda impulsora G502 para o eixo 2
Eixo de entrada número 1
O eixo de entrada número 1 gira dentro do eixo de entrada número 2, que é vazado. É ligado à embreagem multi-discos número 1 através da estrias. Localizadas no eixo de entrada número 1, estão as engrenagens para a 5ª marcha, a engrenagem comum para a 1ª marcha e a engrenagem para a 3ª marcha.
Para medir a rotação deste eixo de entrada (número 1), existe uma roda fônica (roda impulsora) G501 entre as engrenagens para as marchas Ré a 1ª e a 3ª marchas.
Atenção! – Ímãs muito fortes podem danificar as rodas impulsoras.
Também localizadas no eixo de entrada número 1 estão os anéis sincronizadores e as engrenagens para a 1ª, 2ª e 3ª marchas, o anel sincronizador simples para a 4ª marcha e a engrenagem do eixo de saída para acoplamento com o diferencial.
O eixo de saída acopla na engrenagem final do diferencial
Na edição do próximo mês, o artigo seguirá estudando a construção interna da transmissão DSG para os veículos VW e AUDI ano 2005 em diante.