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Na edição de abril (nº 266), a primeira parte desta matéria falou sobre a importância da utilização de um recolhedor/reciclador de fluidos refrigerantes e a diferença entre eles. Já nesta última parte, mais informações com dados relevantes sobre o assunto
Fluido refrigerante R134a: Este fluido refrigerante R134a não é fabricado no Brasil. No passado já enfrentamos falta deste produto, o que fez os preços dispararem. Se isto ocorrer novamente, com a utilização deste processo de reciclagem, o consumo do fluido para compra é reduzido.
Além do mais a saúde dos funcionários também é respeitada, pois se não há descarte de gases, o ambiente de trabalho fica menos insalubre. Leia a respeito na ficha de informação de segurança de produtos químicos – FISPQ do R134a, nos sites de busca.
Mercado: O preço das estações recicladoras teve uma queda nos últimos anos, pois aumentou a oferta destes modelos, fabricantes e distribuidores no mercado.
Para adquirir uma estação recicladora, sugerimos que o comprador avalie muito bem alguns detalhes além do preço, como:
Onde será utilizado o equipamento? Dentro de uma oficina ou no campo? Qual o regime de utilização? Qual a tradição e a avaliação do representante, vendedor ou fabricante em seu estado ou cidade? Quais os termos de garantia? Qual a disponibilidade de peças de reposição, qual o custo das principais peças? Qual o intervalo de troca do filtro secador, quanto custa e onde pode ser encontrado?
Como é o acesso á purga de gases não condensáveis? Este acesso deve ser fácil, pois recolher fluido refrigerante com gases não condensáveis no procedimento é bastante comum.
Qual a velocidade do ciclo? Tem manômetros para facilitar a leitura clara das pressões e temperaturas do fluido refrigerante? Qual a linguagem do manual e, se for o caso, do display do equipamento?
Qual a tensão de trabalho? Qual a capacidade de armazenamento (tamanho do botijão) autonomia? Qual a capacidade dos reservatórios de óleo novo, usado e contraste UV?
A máquina recolhe fluido no estado líquido? Como é feita a trava da balança?
Qual a região? Em regiões mais frias do sul do Brasil, cintas térmicas para pré aquecer o fluido refrigerante podem fazer uma boa diferença na hora de transferir o fluido refrigerante para o equipamento.
O fornecedor oferece treinamento de manuseio do equipamento? Atenção: treinamento de funcionamento deste equipamento não é necessariamente um curso de manutenção de ar condicionado, sendo que muitos técnicos que fazem uma entrega técnica do equipamento não sabem nem como funciona um sistema de ar condicionado.
Na aquisição do equipamento haverá entrega técnica de fato? Em caso de pane no equipamento, qual a estimativa de tempo para resolver o problema? Para manutenção do equipamento, ele deverá ir para outra cidade, estado? Quantos equipamentos de recolhimento ou reciclagem deste determinado modelo existem na região, no estado e no país?
Existem ótimas máquinas no mercado, mas que não têm pós venda, não há peças disponíveis e pessoal capacitado para reparar os danos nessas máquinas, algumas em caso de danos acabam virando sucata.
O equipamento em questão possui atualizações de bancos de dados?
Todas aquelas funções oferecidas, realmente são necessárias? (ex.: wire less, memory card, impressora, ciclo automático, etc.).
Aspecto visual, a aparência, fragilidade e robustez do equipamento.
Dê muita importância a uma boa entrega técnica, pois é muito comum uma estação recicladora ou uma recolhedora apresentar problemas por mau uso, interrupção continuada de ciclos, não purgar de gases não condensáveis, não trocar filtros, não drenar óleo usado, não trocar óleo da bomba de vácuo, etc.
Qual a qualidade do fluido refrigerante que você utiliza, pois já houve casos de fluidos refrigerantes de baixa qualidade afetaram os elastômeros dos equipamentos, causando grandes estragos.
Peso e mobilidade: Se for uma estação recicladora em uma oficina com piso muito irregular, rodas pneumáticas são uma boa opção.
Enfim, é um equipamento importante, imprescindível, que se paga, mas que requer conhecimento de utilização, como qualquer outra ferramenta.
O que lavar em consideração na hora de escolher entre uma recolhedora ou uma estação recicladora:
Se o trabalho for em campo, a estação recicladora já não é a melhor opção, pois ela se torna mais frágil, não sendo projetada para deslocamentos continuados. O ideal é utilizar uma recolhedora e as demais ferramentas separadas.
Se o equipamento for utilizado em uma oficina, pode ser tanto uma recolhedora quanto uma recicladora, uma estação recicladora é mais compacta e é mais ágil para se operar, ganhando em produtividade, mas é mais cara.
Observe também as capacidades de potência do motor e a vazão da bomba de vácuo, inclusive existem estações recicladoras no mercado que não têm bomba de vácuo, elas utilizam o próprio compressor que recolhe o fluido refrigerante para pressurizar o sistema com ar comprimido e ainda “faz vácuo” com este mesmo compressor. Claro que isso não é fazer vácuo, pois neste procedimento com “motor de geladeira” não se atinge a escala de vácuo, apenas se obtém uma depressão, que não retira a umidade do sistema, está errado!
Outra grande vantagem em ter equipamento para recolher o fluido refrigerante é que se um veículo chegar á oficina com pouco fluido refrigerante, oriundo de um micro ou pequeno vazamento, é possível adicionar algumas gramas de fluido refrigerante ao sistema e fazer um TESTE DINÂMICO.
O teste dinâmico pode mostrar se outros componentes estão funcionando corretamente, se o compressor está com rúídos e etc.. Após o TESTE DINÂMICO é possível recolher o fluido adicionado e começar os procedimentos de detecção de vazamentos, tornando a diagnose e o orçamento muito mais precisos.
Se ao término da leitura desta matéria você ainda estiver com dúvidas, lembre-se que os equipamentos e procedimentos do século passado já não condizem com a modernidade das máquinas atuais e suas tecnologias de ponta (caminhões, máquinas agrícolas, aviões, carros, embarcações náuticas, trens, etc). Esta pode ser uma das diferenças entre ficar parado no tempo ou acompanhar o mercado; estagnar ou lucrar financeiramente.
Procure informações, o “barato” pode sair “caro”.