Direction Conecta
Logo Subs Conecta
Conecta 2025: o grande evento de inovação e tecnologia para reparadores é aqui.
Explosão Conecta
WhatsApp
Jornal Oficina Brasil

Jornal Oficina Brasil é reconhecido como o maior veículo de comunicação com conteúdos técnicos, dicas e fórum de discussão para oficina mecânica.

E-mail de contato: [email protected]

Atalhos

NotíciasComunidade

Outros Assuntos

RotaMarcas na OficinaImagem das Montadoras

Fórum Oficina Brasil

Conheça o FórumAssine o Fórum Oficina Brasil

Jornal Oficina Brasil

Conheça o JornalReceba o Jornal na sua Oficina
Oficina Brasil 2025. Todos Direitos ReservadosPolítica de Privacidade
Jornal Oficina Brasil
Início
Notícias
Fórum
Treinamentos
Para indústrias
Vídeos
Conecta 2025
Jornal Oficina Brasil
EntrarEntrarCadastre-se
Jornal Oficina Brasil
EntrarEntrarCadastre-se

Notícias

Página Inicial
Categorias

Vídeos

Página Inicial
Categorias

Fórum

Página InicialTópicos Encerrados

Assine

Assine nosso jornalParticipe do fórum
Comunidades Oficiais
  1. Home
  2. /
  3. Técnicas
  4. /
  5. Força de frenagem aplicada ao controle de tração: confira sua função em condições críticas

Força de frenagem aplicada ao controle de tração: confira sua função em condições críticas


Nesta análise, apresentamos sua função em frenagem intensa ou na aceleração em superfícies escorregadias com ABS ativo, ou seja, independente da ação do condutor

Humberto Manavella
16 de fevereiro de 2015

Vamos, nesta edição, apresentar a função de controle de tração implementada com base no sistema ABS ativo, ou seja, com a possibilidade de aplicar força de frenagem independentemente da ação do condutor.

Introdução
As condições críticas de condução acontecem durante as fases de:

1. Frenagem intensa, para a qual a solução é o sistema antitravagem, ou ABS;

2. Aceleração intensa, ou mesmo normal, em superfícies escorregadias como neve, gelo ou pista molhada, seja em reta ou curva – em toda situação em que as rodas motrizes tendem a patinar. Nesses casos, a solução é dada pelo sistema antipatinagem ou de controle de tração, identificado com as siglas TC (do inglês Traction Control, ou controle de tração); ASR (de Anti Skid Regulation, ou regulação antipatinagem); e EDS (de Electronic Differential System, ou sistema de diferencial eletrônico). Desta forma, surge a funcionalidade ABS/TC ou ABS/ASR, que nada mais é que um sistema ABS ativo.

O efeito de patinagem aparece quando o torque produzido pelo motor supera o torque passível de ser transferido à pista pelas rodas de tração, e é transformado em aceleração. O deslizamento depende, principalmente, das condições de aderência que a pista apresente com relação aos pneus das rodas de tração.

Portanto, a função do controle de tração é assegurar a estabilidade do veículo durante as acelerações ou em situações em que as rodas de tração estão em contato com piso com diferente grau de aderência.

Assim, a sua função é similar à realizada pelo diferencial autoblocante, que é a de bloquear a transmissão de torque a uma roda motriz que esteja patinando, para transferi-lo à outra roda motriz.

Nos sistemas atuais, o controle de tração faz parte de uma estratégia mais ampla, que abrange a estabilidade do veículo como um todo.

Figura 1

Em particular, o controle de tração tem como base a informação de velocidade recebida dos sensores de rotação e é realizado por um conjunto de ações, que incluem:

1. Controle do torque produzido pelo motor de forma a adequá-lo àquele passível de ser transferido ao piso, naquele momento.
- Controle da injeção: desativando, convenientemente, os injetores. Ciclo Otto e Diesel ;
- Controle do avanço da ignição. Ciclo Otto;
- Controle eletrônico de torque; borboleta motorizada. Ciclo Otto.

2. Frenagem da(s) roda(s) de tração com tendência à patinação.

3. Adequando a relação de transmissão quando o veículo possui transmissão automática eletrônica.

A estratégia utilizada varia com o fabricante, mas pode se resumida em:
a) Ação sobre o freio: se uma roda motriz patina, freia essa roda;
b) Ação no motor sem borboleta motorizada: atrasa o ponto e suprime pulsos de injeção;
c) Ação no motor com borboleta motorizada (controle eletrônico de torque): fecha a borboleta e atrasa o ponto; em casos extremos, pode suprimir ciclos de injeção;
d) Ação na transmissão automática: seleciona uma relação de transmissão mais baixa para diminuir o torque fornecido às rodas.

A ação sobre o motor complementa a ação sobre os freios, com o fim de evitar esforços térmicos desnecessários nestes.

Tempo de Reação
Um fator importante no controle de tração é o tempo de reação do sistema, ou seja, o intervalo de tempo entre a detecção da tendência à patinagem e a diminuição do torque.

Nesse sentido, o melhor resultado é obtido atuando simultaneamente sobre o controle do motor e o sistema de freio. Nos sistemas com controle de torque eletrônico (borboleta motorizada), em princípio, não seria necessário intervir na ignição ou injeção. No entanto, o ajuste do avanço e a supressão de ciclos de injeção contribuem na redução do tempo de reação.

Controle do Torque Reverso
Como resultado de uma mudança a uma marcha inferior, ou ao soltar o acelerador em pista escorregadia, a ação de freio-motor, provocada pelo torque reverso do motor, pode tornar excessivo o deslizamento das rodas motrizes. Nesta situação, abrindo-se a borboleta, aumenta-se levemente o torque gerado pelo motor, reduzindo, assim, o efeito de frenagem sobre as rodas motrizes a um nível adequado à estabilidade do veículo. 

Operação do Controle de Tração
No que segue, será analisado o funcionamento do sistema de controle de tração somente no relacionado ao sistema de freios e sem abordar as ações do referido sistema, relacionadas ao controle de torque.

O controle de tração (regulação antipatinagem), no referente ao sistema de freios, utiliza a funcionalidade do ABS ativo, no qual a força de frenagem pode ser aumentada ou diminuída, independentemente da ação do motorista.

Sistema Teves MK 60
Para a descrição do funcionamento, será utilizado como exemplo o sistema ITT-Teves Mark 60. É um sistema antitravamento/antipatinação que, além da funcionalidade ABS/TC, implementa as funções próprias do sistema de estabilidade. É um exemplo, dentre muitos, de configuração atual amplamente difundida. Os avanços tecnológicos posteriores em sistemas ABS/TC praticamente não modificaram a configuração apresentada a seguir. Tais avanços foram direcionados no sentido de aperfeiçoar a funcionalidade dos programas de controle.

A figura 1 apresenta o circuito hidráulico com os principais componentes. Nele, as válvulas solenoides estão na condição de desativadas. A figura inclui, ainda, o estado em que se encontram as válvulas (NF: normalmente fechada ou NA: normalmente aberta). Esta configuração assegura uma frenagem normal (sem ABS) na eventualidade de defeito na unidade de comando ABS.

Componentes
[1] 4 x Válvula de entrada ou isolamento (NA).
[2] 4 x Válvula de alívio ou saída (NF).
[3] 2 x Válvula de alta pressão (NF).
[4] 2 x Válvula de comutação (NA).
[5] Bomba de dupla ação.
[6] Acumulador de baixa pressão.
[7] 2x Sensor de pressão.
[8] Válvula de retenção.

Funcionamento
Figura 2a. Apresenta a configuração do circuito hidráulico das rodas traseiras na condição de pedal acionado e sem regulagem ABS. Caso seja necessária a assistência, a unidade ABS modulará a pressão passando sucessivamente pelas fases de: 1) manutenção da pressão (fechando a(s) válvula(s) de isolamento da(s) roda(s) com tendência ao bloqueio), 2) redução da pressão (abrindo a(s) válvula(s) de alívio da(s) roda(s) com tendência ao bloqueio) e 3) aumento da pressão, repetindo o ciclo caso seja necessário.

Figura 2a

A figura 2b mostra a configuração do circuito hidráulico na condição em que a roda T.E . apresenta tendência a patinar. A unidade ABS intervém gerando pressão de frenagem na roda TE. Para isso, fecha a válvula de isolamento TD, abre a válvula de alta pressão, fecha a válvula comutadora e aciona a bomba para gerar a pressão de frenagem.

Figura 2b 

A figura 2c mostra a configuração do circuito hidráulico na fase de manutenção de pressão devido à diminuição de velocidade da roda. Para isto, a unidade ABS aciona a válvula de isolamento (fechando-a) da roda TE e desativa a bomba.

Figura 2c 

A figura 2d mostra a configuração do circuito hidráulico na fase de diminuição de pressão para possibilitar um novo aumento da velocidade da roda. Para isto, a unidade ABS abre a válvula de alívio da roda TE, fecha a válvula de alta pressão, abre a válvula comutadora e ativa a bomba que, nesta fase, tem por função retornar o fluido ao reservatório.

Figura 2d

NOTÍCIAS RELACIONADAS
Técnicas
Técnicas
Descubra como o calor perdido pode se transformar em potência extra nos motores a combustão
Técnicas
Técnicas
Diferenças e a importância das baterias no sistema start/stop
Técnicas
Técnicas
Quando fazer a limpeza do bico injetor do seu carro?