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Na edição anterior iniciamos uma série de matérias sobre as principais análises do corpo do acelerador da Yamaha XT 660 e demais componentes do conjunto. Neste mês vamos dar continuidade ao assunto, onde abordamos diagnósticos do sensor de posição da borboleta do acelerador.
HISTÓRICO
O TPS (Throttle Position Sensor) como é conhecido é utilizado amplamente nas motocicletas injetadas e também em algumas carburadas, em nosso estudo vamos abordar apenas a aplicação da peça no sistema de injeção eletrônica. O componente faz parte do grupo de sensores de posição, é previamente alimentado pela ECU em uma tensão aproximada de 5V, esta localizado na lateral direita do corpo de aceleração, seu acionamento é mecânico e se dá quando o eixo da borboleta é movimentado.
Desta maneira a ECU determina o ponto exato de abertura da borboleta de aceleração.
Internamente o sensor é um potenciômetro constituído por uma resistência variável onde um cursor é movimentado quando o acelerador da motocicleta é aberto, a medição de abertura do ângulo da borboleta é dada quando a central eletrônica recebe um sinal em forma de tensão elétrica. O dado proveniente do cursor muda de valor em função de sua posição, em outras palavras, para cada posição do acelerador é gerada uma voltagem que retorna ao módulo eletrônico.
O TPS por ser um resistor de três terminais possui alguns detalhes que devemos saber na hora do diagnóstico: o valor de resistência nas extremidades do sensor não é variável, já o valor na saída que corresponde ao cursor é flutuante, muda de acordo com a posição do acelerador.
AUTO DIAGNÓSTICOS
Panes no TPS ou no circuito do sensor são interpretadas pelo sistema de injeção eletrônica e convertidos em códigos de falhas e são visualizados no display de cristal liquido do painel da moto, simultaneamente a luz de injeção fica acesa indicando, os códigos de falhas são: “15” e “16” que podem indicar respectivamente as seguintes causas:
• Circuito aberto na fiação entre o sensor e a ECU;
• Curto-circuito na fiação entre o sensor e a ECU;
• Defeito na ECU;
• Falha na instalação do TPS;
• Defeito no sensor.
DIAGNÓSTICOS INICIAIS
Sempre que ocorrerem os sintomas relacionados ao sensor ou os códigos de defeitos forem exibido no painel da motocicleta analise os itens abaixo:
• Tensão da bateria 12,8V mínimo;
• Tensão de alimentação do sensor;
• Tensão variável que retorna para a ECU;
• Resistência do sensor nas posições borboleta aberta e fechada;
• Falha de contato do conector do sensor e pino “21” correspondente ao conector da ECU;
• Falha no contato do pino “6” que é o fornecimento do positivo do sensores ou pane em sensores que compartilham a mesma linha;
• Falha no contato do pino “7” que corresponde ao fornecimento do negativo da ECU;
• Falha no contato do pino “20” fornecimento do negativo dos Sensores ou pane em sensores que compartilham a mesma linha;
• Problemas mecânicos no TPS;
• Defeitos no corpo do acelerador;
• Eixo da borboleta engripando ou danificado.
MONTAGEM E DIAGNÓSTICO DO TPS COM O AUXÍLIO DE UM MULTÍMETRO - TENSÃO (V)
Instale o sensor e os parafusos no corpo de borboleta, cuidado com o encaixe do eixo, não finalize o aperto dos parafusos ainda.
Com o sensor conectado na fiação e a chave de ignição ligada faça a seguinte conexão:
Com um multímetro na escala de tensão (DCV)
ponta vermelha (+) do multímetro no terminal do fio amarelo
ponta preta (-) do multímetro no terminal do fio preto/azul
Com o objetivo de ajustar o ângulo reposicione o sensor até atingir a faixa de tensão de 0,63 (V) a 0,73V aperte os parafusos e verifique se o TPS não saiu da posição. Sé possível, antes de ajustar o TPS é necessário que a marcha lenta da motocicleta esteja adequada.