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A bomba de alta pressão com seus elementos (três pistões) recebe o combustível do circuito de baixa pressão que são acionados por um eixo excêntrico, ligado ao motor através de engrenagens.
O combustível entra na câmara do pistão através de uma válvula e ao movimento de deslocamento do pistão este combustível é pressionado. Assim, ocorre o fechamento da válvula de entrada que impede o retorno do combustível para o circuito de baixa, ao mesmo tempo que se abre a válvula de saída que dá acesso do combustível ao tubo distribuidor.
Este processo ocorre em cada elemento fornecendo fluxo de combustível suficiente para geração de pressão em qualquer regime de trabalho do motor. Apesar de neste circuito a vazão depender da rotação do motor, a pressão é independente da mesma e esta pressão de combustível no tubo distribuidor depende do regime de trabalho do motor.
Sendo assim, é necessário o controle desta pressão que varia na faixa de 300 a 1600 bar, que é feito pela unidade de comando atuando na válvula reguladora de pressão, que pode variar a pressão através do retorno do circuito de alta pressão, ou seja, liberar mais ou menos o fluxo deste retorno interferindo na pressão no tubo distribuidor.
A unidade de comando determina a alteração da pressão através desta válvula reguladora, mas para que isto ocorra é necessário um sinal elétrico que indique qual é a pressão de trabalho que está no tubo distribuidor de combustível. Esta informação é dada pelo sensor de pressão do rail que gera uma tensão elétrica diferente a cada pressão nele exercido, assim, a unidade de comando pode determinar para todos os regimes a pressão exata que o sistema necessita.
Os componentes elétricos são monitorados pela unidade de comando também ao que se refere em termos de avarias. Dessa forma, caso haja problemas com estes, é possível se monitorar com um equipamento de diagnóstico adequado, analisando seus sinais ou suas operações.
O que podemos observar neste circuito de alta pressão são suas tubulações quanto a vazamentos. Não deve haver nenhum. Um teste bastante simples que pode ajudar é o teste de vazão de retorno do injetor. Em algumas aplicações isto é possível, ou seja, naquelas que se tem acesso a este retorno. Basta desligar as tubulações de retorno de cada um dos injetores e no lugar conectar mangueiras transparentes, que possibilitem a visualização do volume do combustível. Deve-se dar partida e acompanhar o volume até que seja suficiente para uma boa comparação entre os mesmos.
Em seguida, desligar e avaliar se os níveis estão próximos e caso haja uma defasagem grande isso indica problemas, e que estes injetores merecem uma avaliação mais profunda em equipamentos apropriados. O veículo pode funcionar com dificuldade ou não, se houver um problema no retorno do injetor. Como assim?
Na matéria em que falamos sobre o injetor, vimos como ele internamente funciona e observamos que o injetor quando acionado eletricamente abre a passagem de retorno do combustível; e que neste momento nas câmaras superior e inferior da agulha ocorre um desequilíbrio de pressão ajudado por um pequeno canal de estrangulação na câmara superior.
Isso faz com que a pressão na ponta da agulha a empurre para cima dando passagem de fluxo de combustível para o motor. Quando o retorno se fecha as pressões nestas câmaras voltam a se igualar, assim, a mola de retorno da agulha a desloca de volta à sede cessando passagem de combustível para o motor.
Caso uma ou mais válvulas de retorno por algum motivo não vedar e ocorrer retorno, dependendo do quanto isto é, pode interferir na geração de pressão a ponto de não ser suficiente para o motor funcionar. Com as mangueiras transparentes instaladas nestes retornos fica fácil de detectar tal problema, pois durante a partida o volume de retorno é baixo. Caso um ou mais preencher rapidamente a mangueira, siga o mesmo procedimento de modo a avaliar os injetores em equipamento de teste apropriado.
Tal como no mês passado, seguir os procedimentos recomendados pelos fabricantes é prudente, pois qualquer operação inadequada pode colocar em risco a integridade do sistema, do motor e de segurança dos usuários.
Espero que a matéria ajude ao colega no seu dia a dia da oficina para avaliar o sistema Commom Rail. Até uma próxima oportunidade.