Direction Conecta
Logo Subs Conecta
Conecta 2025: o grande evento de inovação e tecnologia para reparadores é aqui.
Explosão Conecta
Jornal Oficina Brasil
Início
Notícias
Fórum
Treinamentos
Para indústrias
Vídeos
Conecta 2025
Jornal Oficina Brasil
EntrarEntrarCadastre-se
Jornal Oficina Brasil
EntrarEntrarCadastre-se

Notícias

Página Inicial
Categorias

Vídeos

Página Inicial
Categorias

Fórum

Página InicialTópicos Encerrados

Assine

Assine nosso jornalParticipe do fórum
Comunidades Oficiais
WhatsApp
Jornal Oficina Brasil

Jornal Oficina Brasil é reconhecido como o maior veículo de comunicação com conteúdos técnicos, dicas e fórum de discussão para oficina mecânica.

E-mail de contato: [email protected]

Atalhos

NotíciasComunidade

Outros Assuntos

RotaMarcas na OficinaImagem das Montadoras

Fórum Oficina Brasil

Conheça o FórumAssine o Fórum Oficina Brasil

Jornal Oficina Brasil

Conheça o JornalReceba o Jornal na sua Oficina
Oficina Brasil 2025. Todos Direitos ReservadosPolítica de Privacidade
  1. Home
  2. /
  3. Reparador Diesel
  4. /
  5. O impacto que a utilização de combustível adulterado causa no sistema common-rail

O impacto que a utilização de combustível adulterado causa no sistema common-rail


Motores de última geração, como é o caso do Fiat Ducato 2.3, sofrem mais com baixa qualidade de diesel, principalmente no sistema de alimentação. Acompanhe na matéria a seguir:

Da Redação
09 de maio de 2014

Para elaboração desta matéria, contamos com a ajuda da equipe da oficina SP-Diesel, localizada no bairro de São João Clímaco, na capital paulista.

Estiveram ao nosso lado o reparador e proprietário Sérgio Pereira de Oliveira, que possui mais de vinte anos dedicados à profissão, e também do reparador Vladimir Leme Moraes, que começou sua vida profissional na reparação automotiva na própria SP-Diesel, há cinco anos.

Para entender os defeitos causados pelo diesel adulterado, acompanhamos o caso de uma Fiat Ducato 2.8 TD do ano 2010 (FOTO 1) que estava com 95.650km rodados. Esta van da montadora italiana foi levada à oficina com problemas na partida, pois demorava muito a funcionar. Quando ela ligava, não conseguia desenvolver torque, ficando assim praticamente “sem força”.

Sérgio nos contou que: “Este é um defeito típico nos sistemas de alimentação common rail. Temos que começar a análise deste caso verificando possíveis danos aos filtros de combustível e entupimentos nas linhas de alta e baixa pressão”.

Quando expostas a um combustível de baixa qualidade, contaminado por resíduos ou solventes, os componentes internos das bombas e a linha de combustível costumam apresentar desgaste prematuro, acarretando sintomas como a dificuldade de partida e a perda de potência.

Dessa forma, Sérgio explicou: “Iniciamos a busca pelo defeito colocando um manômetro na linha de combustível de baixa pressão. Dessa forma, encontramos o primeiro sinal de falha, pois a linha estava atingindo picos de 6bar, enquanto o correto seria entre 2,5 a 3,5bar”.

“Algo estava restringindo a passagem do diesel entre a bomba de baixa e a de alta pressão. A bomba de alta não conseguia atingir a pressão ideal de funcionamento e, desta maneira, não atendia a demanda de combustível exigida pelo motor”, acrescentou Vladimir.

Para entender o que acontecia com a bomba de alta pressão (FOTO 2 e 2A), os reparadores efetuaram a remoção e desmontagem do componente.

Foto 1 e Foto 2

 ANÁLISE DA FALHA NA BOMBA DE ALTA

“Confirmamos o diagnóstico quando iniciamos a desmontagem do componente para identificar o que estava causando a restrição do combustível. Ao verificar a válvula de admissão de combustível nesta peça, constatamos que dentro do tubo condutor (FOTOS 3 e 3A) havia um elemento filtrante, uma espécie de “peneira” (FOTO 3B) que estava obstruída devido a resíduos do próprio combustível”, contou Vladimir.

Foto 2A e Foto 3

Foto 3A e Foto 3B

“Este “filtro” é um componente de segurança para a própria bomba, pois em situações em que há passagem de partículas ou até mesmo resíduos do sistema de alimentação, ela “teoricamente” teria que impedir a passagem deles para o interior da câmara de compressão da bomba, mantendo assim a integridade dos componentes internos da peça, como eixo de cames (FOTO 4) e os próprios pistões bombeadores”, acrescentou Sérgio.

Vladimir ainda explicou a extensão do dano causado pela utilização do combustível de baixa qualidade: “Infelizmente, o sistema estava tão comprometido devido à alta quantidade de resíduos no combustível que este filtro “de segurança” não conseguiu retê-los. O eixo de cames estava com diversos pontos “arranhados”, estas fendas no conjunto de cames acabaram prejudicando o funcionamento da bomba, pois quando o pistão agia sobre o came acaba havendo “fuga de pressão”. Isso é um dos motivos dos defeitos que havia no veículo, como a marcha lenta irregular e baixa eficiência na geração de torque”.

Sérgio nos contou ainda que o conjunto de bombeamento desta bomba possui duas válvulas, uma de sucção de combustível outra de pressurização (FOTO 5). Nesta última, há uma esfera pré-tensionada por uma mola (FOTO 5A) que impede que o combustível retorne, porém, devido à ação da contaminação do combustível, ela perdeu sua capacidade de vedação, sendo necessária a troca da peça.

Foto 4 e Foto 5A

“Devemos nos atentar às características dos componentes que retiramos, pois eles apontam a extensão dos danos do interior da bomba. Se houverem resíduos ou indício deste, significa que os filtros de combustível (FOTOS 6 e 6A) não estão funcionando corretamente. A utilização de filtros fora do especificado (peças paralelas de má qualidade), também podem ser um causador das falhas”, disse Sérgio.

Foto 6 e foto 6A

Vladimir nos orientou que sempre devemos realizar a manutenção preventiva deste componente, pois esta peça é uma das que mais “sofre” desgaste prematuro devido à utilização de combustível adulterado, pois este filtro está na “linha de frente” do sistema e a utilização do diesel contaminado é altamente prejudicial à integridade da peça.

COMO PROTEGER O SISTEMA

A maioria dos proprietários que possue este tipo de veículo realiza diversas viagens a serviço por dia, quem dirá em uma semana, mês ou ano. Assim, sem muitas alternativas de escolha, dificilmente podem fidelizar-se a um único posto de combustível. É aí que os problemas podem surgir.

“Devemos orientar os clientes a realizar sempre as manutenções preventivas do veículo, como neste caso, a troca dos filtros e a constante verificação da vazão das bombas de alta e baixa pressão. Estes componentes são primordiais para garantir o funcionamento do sistema, além de certificar de abastecer o veículo sempre em postos de bandeiras conhecidas e evitar aqueles mais suspeitos”.

Vladimir concluiu comentando: “A maior causa de danos da bomba de alta pressão (FOTO 7), além do já citado combustível, é a falta de manutenção preventiva. Assim, recomendo que sejam efetuadas estas verificações nas bombas a cada 40.000km e a troca dos filtros a cada 10.000km”.

Foto 7

NOTÍCIAS RELACIONADAS
Reparador Diesel
Reparador Diesel
Diagnóstico de falhas no sistema de Alimentação de combustível Fiat Ducato, Citroen Jumper e Peugeot Boxer motor FPT 2.3 16V Proconve L6 (Euro 5).
Reparador Diesel
Reparador Diesel
Análise de falhas em válvulas EGR Motores Diesel
Reparador Diesel
Reparador Diesel
Adição de biodiesel no diesel tem cronograma que prevê elevação do percentual neste ano