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O sistema antitravamento (do inglês Anti-lock Braking System) garante o controle do veículo durante frenagens de emergência, ou caso uma das rodas escorregue ao passar por uma superfície de baixo atrito, como ruas de paralelepípedo
Nos mercados mais avançados o ABS já é item obrigatório nos caminhões há cerca de 20 anos, mas no Brasil ainda existem alguns mitos em torno do sistema, por falta de conhecimento. |
Entre eles estão a falsa ideia de que o ABS tem uma eletrônica complexa, exige manutenção frequente ou pode comprometer a eficiência do freio caso haja alguma falha.
“A grande vantagem do ABS é permitir que o motorista freie e desvie o veículo ao mesmo tempo. É um recurso importante, que pode reduzir a quantidade de acidentes e aumentar significativamente a segurança dos ocupantes, ainda mais num país como o Brasil, com regiões de grande volume de chuvas”, explica Silvia Lombriller, supervisora de Freios da Ford e coordenadora do Comitê de Freios da ABNT, que está revisando a norma para caminhões, carros, ônibus e carretas.
“Na verdade, o ABS tem um funcionamento relativamente simples, não requer manutenção preventiva e é muito seguro. O investimento feito no equipamento é plenamente justificado, principalmente tratando-se de veículos pesados, em que os acidentes envolvem um potencial grande de danos. Sem dúvida, é um grande avanço para o nosso mercado.”
Testes
A Ford desenvolveu e testou o sistema de freio ABS para toda a linha Cargo, que é composta dos modelos leves, médios e pesados e com tração 4x2, 6x2 e 6x4.
O processo envolveu simulações virtuais, testes de bancada e testes de rodagem simulando as diferentes aplicações dos veículos, no Campo de Provas de Tatuí, em São Paulo, o único do gênero na América do Sul com estrutura para o desenvolvimento de caminhões. Houve também testes realizados na Europa.
O sistema ABS é formado basicamente por uma central eletrônica, sensores de roda e válvulas moduladoras.
Os sensores fazem a leitura individual da velocidade de cada roda e, usando como parâmetro uma roda dentada, informam à central eletrônica se uma das rodas travar. O sistema então aciona as válvulas moduladoras, que controlam a pressão das câmaras de freio para evitar o travamento, de forma pulsante.
O sistema não requer manutenção preventiva e, caso haja qualquer falha, uma luz se acende no painel alertando o motorista para que seja feita a correção.
No entanto, isso não traz nenhuma interferência no funcionamento do sistema convencional de freios de serviço.
OPINIÃO DO REPARADOR
O reparador Mario Vicente de Paula, da Super Diesel do bairro da Freguesia do Ó em São Paulo-SP, vê a ação de forma positiva. “Faltava o investimento da marca nessa área de segurança veicular para disponibilizar ao mercado, pois, outras montadoras como a Scania e a Volvo, já possuíam este sistema há muito tempo”, comentou.
Mário também informou que no quesito reparação, não há grandes segredos. “Apesar do tamanho dos componentes serem maiores, a forma de diagnóstico é bem semelhante àqueles feitos em veículo de menor porte, só não podemos esquecer que o sistema destes é pneumático, enquanto nos carros, este é hidráulico”, finalizou o profissional.