Notícias
Vídeos
Fórum
Assine
Na segunda quinzena de abril, o Índice Gerador de Demanda (IGD) subiu 2% (0,02 ponto percentual) em relação à primeira quinzena do mês e atingiu a marca de 0,84 ponto, igualando o resultado medido no início de março
O Índice Gerador de Demanda (IGD) da CINAU – Central de Inteligência Automotiva fechou a segunda quinzena de abril em 0,84 ponto, um crescimento de 2% ou 0,02 ponto percentual em relação à quinzena anterior, quando o valor medido foi de 0,82 ponto.
O aumento da demanda ocorre justamente em período de queda de vendas de veículos zero Km. Dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) divulgados indicam queda de 13,6% nas vendas de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, com 243.382 unidades em abril frente 271.393 em março. Apesar disso, 2009 continua sendo o melhor ano da indústria automotiva em vendas de automóveis e comerciais leve, com crescimento de 0,13% em relação a igual período de 2008 (janeiro a abril).
Este não é, no entanto, o valor mais alto medido do IGD, o recorde ainda é a primeira quinzena de janeiro deste ano (0,87 ponto), porém chama atenção o Índice de Produtividade (IP) de 0,58 ponto, o maior desde a criação do índice, em janeiro. Em relação às duas quinzenas anteriores, quando o IP medido foi de 0,53 em ambos os períodos, o índice cresceu 9,4% ou 0,05 ponto percentual.
Já em relação à primeira quinzena de março, quando o IGD também foi de 0,84 ponto, o IP cresceu 20,8% ou 0,10 ponto percentual. Uma leitura possível é o melhor aproveitamento do tempo pelas oficinas que, consequentemente, resulta em menor ociosidade.
Média baixa
Nas 50 oficinas pesquisadas, a quantidade mínima e máxima de orçamentos, serviços realizados, atendimentos e horas e dias trabalhados apresentam grande variação, mas chama atenção os valores médios, muito abaixo da média aritmética simples (valor maior somado ao valor menor, divido por dois).
Um exemplo é o número de atendimentos, que variou de quatro a 230. A média aritmética é 117, porém o resultado médio das amostras foi 57. “Isso diz que há uma concentração muito grande de oficinas perto do valor mínimo, abaixo de 117 atendimentos mensais do que acima”, explica o estatístico responsável pela pesquisa, Alexandre Carneiro.
Peças
Na quinzena, o reparador não apresentou grande variação de preferência do canal de compra de autopeças. A maior mudança no período foi o aumento do canal Concessionária como fornecedora de componentes. Pulou de 4% na primeira quinzena de abril para 10% nesta última. Em compensação, o canal Distribuidor caiu de 11% para 6%, no mesmo período. As lojas de varejo mantiveram o mesmo percentual (82% do total de peças consumidas pelas oficinas pesquisadas).
IGD
Medido pela CINAU – Central de Inteligência Automotiva, unidade de pesquisa do Grupo Germinal, o IGD é produto de cálculo estatístico extraído do número de ordem de serviços abertos, da quantidade de atendimentos efetuados pela oficina, da quantidade de horas trabalhadas por dia, do número de dias trabalhados, da variação dos preços das autopeças adquiridas no período e o total de orçamentos apresentados aos clientes.
Quanto mais elevado o IGD, melhor a demanda de serviços na oficina, sendo que 1 é o número ideal. Índice abaixo de 1, significa que há potencial de vendas de serviços a ser executado, e acima de 1 é uma condição excelente por excesso de demanda.
A pesquisa, inicialmente, contempla um universo de 50 pontos de serviços na macro região da Grande São Paulo. A coleta é feita quinzenalmente. Com a evolução do índice, o universo de oficinas será ampliado para outras regiões e Estados. Segundo dados do Sindipeças, a frota dessa região amostral equivale a 18,63% da frota circulante nacional e a 52,5% da frota do Estado de São Paulo.
Realização CINAU: CONRE 3ª/5616
Responsável técnico: Alexandre Carneiro – CONRE 3ª/6691-A/SP
Matéria da edição Nº219 - Maio de 2009