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A primeira quinzena de maio foi o período mais fraco de 2009; índice caiu para 0,80 ponto
Para o setor da reparação automotiva, os quinze primeiros dias de maio foram os piores do ano. Segundo o Índice Gerador de Demanda (IGD) medido pela Cinau – Central de Inteligência Automotiva, o movimento nas oficinas foi quase 5% mais fraco (ou 0,04 ponto percentual menor) do que na segunda quinzena de abril, quando o IGD medido ficou em 0,84 ponto.
A queda interrompeu uma sequencia de duas quinzenas de alta, quando o IGD se recuperava do ‘tombo’ de 0,81 medido na segunda quinzena de março. Desta vez, porém, o baque foi maior.
O índice de produtividade (IP) também caiu 5,2% (ou 0,03 ponto percentual), em relação à segunda quinzena de abril. Foi de 0,58 para 0,55. No entanto, ainda está melhor do que na maioria das quinzenas medidas. Perde apenas para a segunda quinzena de abril (0,58).
Uma interpretação possível é de que os serviços contratados foram mais complexos do que na quinzena anterior e isso tem ocupado com mais intensidade a mão de obra contratada. Ao se comparar percentualmente a quantidade de passagem, orçamentos, serviços executados e atendimentos das duas últimas quinzenas, observamos que a diferença é mínima (veja tabela 1).
Na segunda quinzena de abril, a média de passagens nas oficinas foi de 134 veículos, sendo 43 orçamentos, 33 serviços executados e 57 atendimentos. Percentualmente, sobre a quantidade de passagens, isso representa 32,5% de orçamentos, 24,8% de serviços executados e 42,62% de atendimentos.
Na primeira quinzena de maio, temos 105 (100%) passagens, 34 (32,38%) orçamentos, 25 (23,81%) serviços executados e 46 (43,81%) atendimentos. Assim, concluímos que a quantidade de serviços executados e atendimentos foram de aproximadamente 1 ponto percentual menor neste último período, enquanto o número de orçamentos permaneceu estável, percentualmente.
Comparando o número de horas trabalhadas nas duas quinzenas, pode-se concluir que o reparador trabalhou mais horas (10h17min em média na 1ª quinzena de maio contra 9h37min na 2ª quinzena de abril). Com base nestes números, fica evidente que, apesar de o reparador ter tido percentualmente quantidades idênticas de movimento, os veículos reparados necessitaram de mais tempo para reparar, o que influencia negativamente no cálculo do IGD.
Peças
No quesito compra de autopeças, o canal varejo voltou a ganhar força. Após duas quinzenas estagnado em 82% da opção de compra do reparador, subiu para 85% na primeira quinzena de maio. Outro canal que apresentou crescimento foi o distribuidor, que subiu de 6% para 10%. Já a preferência de compra nas concessionárias caiu de 10% para 4%, e as recebidas também caiu, de 2% para 1%.
Uma interpretação possível para este quadro é de que as oficinas tem cada vez mais urgência de receber as peças para reparar os veículos. Essa agilidade é, normalmente, uma solicitação cada vez mais freqüente do dono do carro, que a cada dia depende do veículo.
Realização CINAU: CONRE 3ª/5616
Responsável técnico: Alexandre Carneiro – CONRE 3ª/6691-A/SP