Notícias
Vídeos
Fórum
Assine
Algumas montadoras, como Audi, Honda e Porsche, têm apostado alto no desenvolvimento deste tipo de Produto na esperança de “salvar” os motores a combustão dá completa extinção no futuro.
Oque é um combustível
sintético?
Mas, afinal, o que são
combustíveis sintéticos? Em poucas palavras, o combustível sintético é aquele
que é produzido a partir da combinação de gás de hidrogênio (H2) e
dióxido de carbono (CO2) por meio de processos sem a utilização do
petróleo.
Este tipo de processo, também chamado de antropogênico, produz um combustível mais puro, capaz de realizar uma combustão mais limpa, eficaz e, claro, com menor emissão de poluentes do que os combustíveis fósseis.
Como é feito o combustível
sintético?
Fruto da tecnologia que combina CO2
e oxigênio para formar uma fonte alternativa limpa, o combustível sintético
pode ser produzido a partir de carvão mineral, biomassa, água e dióxido de
carbono presentes na atmosfera.
Há diversas maneiras de se
produzir combustível sintético. O passo inicial é a eletrólise, que separa a
água em hidrogênio e oxigênio para, posteriormente, misturar o hidrogênio com
dióxido de carbono e, assim, dar forma líquida ao combustível.
Há ainda outros processos que
podem ser envolvidos na produção de combustíveis sintéticos.
Hidrólise: quebra de uma molécula
maior em moléculas menores com a presença de água;
• Gaseificação: conversão termoquímica da
biomassa em atmosfera de vapor ou ar para produzir um gás de médio poder
calorífico;
• Pirólise: decomposição de uma matéria pelo calor ou pela energia térmica, a fim de aproveitar todo tipo de resíduo para gerar energia.
Independentemente da maneira com
que é feito o combustível sintético, o importante é que sejam usadas
exclusivamente energias renováveis. Essa é a única forma de ele ser totalmente
neutro em emissão de carbono.
Saiba mais: 10 Motivos para você, mecânico, não ficar de fora do conecta 2025!
Combustíveis sintéticos e
fósseis: diferenças
Os combustíveis sintéticos são produzidos utilizando energia elétrica renovável para criar hidrocarbonetos a partir de hidrogénio e carbono capturado, tendo numa pegada de carbono mais baixa. Em contraste, os combustíveis fósseis, como o petróleo, provêm de recursos limitados e emitem um excesso de gases com efeito de estufa.
Vantagens dos combustíveis
sintéticos
Os combustíveis sintéticos
apresentam diversas vantagens em comparação com os combustíveis fósseis. Entre
elas, destaca-se a pegada de carbono reduzida, isto contribui para a mitigação
das alterações climáticas.
Além disso, a produção de e-fuels
permite o aproveitamento da infraestrutura de abastecimento de combustível e
dos veículos já existente, evitando que os investimentos feitos sejam
descartados imediatamente. Adicionalmente, o elevado grau de pureza destes
combustíveis leva a uma produção de fuligem reduzida, um ponto vantajoso no que
respeita a eficiência do filtro de partículas.
Outro ponto a favor é a boa densidade energética dos combustíveis sintéticos, que os torna eficientes para o transporte da energia, sendo particularmente adequados para setores mais exigentes, como a aviação e o transporte marítimo.
Desvantagens dos combustíveis
sintéticos
Entretanto, uma das principais desvantagens dos combustíveis sintéticos é a sua eficiência energética inferior quando comparada a outras fontes de energia, como a eletricidade. O processo de conversão de energia elétrica renovável em combustíveis sintéticos envolve perdas significativas de energia, resultando numa maior procura por energia renovável para a sua produção. A sua produção pode ser menos eficiente do que o uso direto de eletricidade.
Quais veículos podem usar
combustíveis sintéticos?
Todos os veículos que atualmente
utilizam gasolina ou gasóleo são compatíveis com combustíveis sintéticos em
proporções variáveis. De facto, quimicamente, os combustíveis sintéticos são
similares aos combustíveis fósseis atualmente utilizados. Assim, a transição
para combustíveis sintéticos é possível sem haver a necessidade de alterações
significativas nos motores e nos sistemas de alimentação dos veículos, por
exemplo, dos filtros de combustível.
Os combustíveis sintéticos,
incluindo gasolina sintética e gasóleo sintético, representam uma alternativa
promissora na busca por soluções mais sustentáveis para o setor de transportes
atual. Apesar das suas vantagens, como um balanço de emissão de carbono mais
baixo e a compatibilidade com veículos existentes, existem desvantagens que
devem ser superadas para poderem ser adotados em larga escala.
A discussão política sobre o futuro dos combustíveis sintéticos continua a ser uma questão relevante, especialmente com iniciativas de empresas como a Porsche, que está a investir no desenvolvimento de combustíveis sintéticos no Chile.
Saiba mais: Conecta 2025 traz conteúdo técnico de excelência nas trilhas de conhecimento
Biocombustíveis avançados
• O que são biocombustíveis?
Biocombustíveis são combustíveis
produzidos a partir da biomassa, que é a matéria-prima usada na produção. Para
quem ainda tem dúvidas: a biomassa é toda matéria orgânica, animal ou vegetal,
derivada de produtos agrícolas. Um exemplo é o bagaço de cana-de-açúcar.
Diferentemente dos combustíveis
fósseis e tradicionais, o biocombustível neutraliza a pegada de carbono e reduz
a emissão de gases do efeito estufa na atmosfera. Além disso, os
biocombustíveis são renováveis, uma vez que são criados usando recursos que podem
ser reaproveitados ou repostos.
De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 18% do combustível usado no Brasil é biocombustível (etanol e biogás).
Como os biocombustíveis
surgiram?
Tudo começou na década de 1970,
época da crise do petróleo. A partir de então, o interesse por insumos
renováveis começou, e com ele a preocupação com os gases poluentes e a
qualidade do ar nas grandes cidades.
A partir de 1980, o investimento
em combustíveis fósseis começou a cair bruscamente, favorecendo ainda mais o
cenário de substitutos – no caso, alternativas sustentáveis.
Em seguida, em meados de 1990, a
injeção eletrônica e o catalisador de três vias em veículos automotivos
passaram a ser um ponto de atenção. Isso porque foi percebido que seus efeitos
colaterais eram danosos ao meio ambiente, o que acabou impulsionando a busca
pelo etanol como combustível.
Nessa mesma época, a pauta do
aquecimento global tomou grandes proporções, levando à assinatura do Protocolo
de Quioto, criado em 1997. Esse tratado surgiu como forma de lidar com as
mudanças climáticas, reforçando essa questão como um problema global, consequência
da liberação excessiva de gases na atmosfera.
O protocolo, então, entrou em
vigor em 2005, quando foi ratificado por mais de 50% dos países envolvidos na
proposta original. Como forma de lidar de maneira coletiva com as questões
climáticas, ele definiu metas quantitativas para a redução de GEE, os chamados
gases do efeito estufa, em países desenvolvidos.
Inicialmente, essa jornada durou
até 2012. Com a busca da indústria mundial por fontes alternativas (e menos
nocivas) de energia e a alta nos preços do petróleo, os biocombustíveis
ganharam espaço no mercado.
Sendo um recurso renovável e
limpo, os biocombustíveis se apresentaram como uma forma de reduzir
consideravelmente os GEE, auxiliando a saúde ambiental.
Podemos dizer então que,
basicamente, dois foram os principais fatores responsáveis pela demanda mundial
e tomada de espaço no mercado pelo biocombustível:
• A necessidade de diminuir a dependência de
recursos não renováveis, como o petróleo (por questões ambientais e
financeiras)
• A redução de impactos ambientais, que, além de
afetarem o meio ambiente, interferem na qualidade de vida da sociedade
Hoje, os biocombustíveis mais usados pelo mundo são o etanol (50 bilhões de litros por ano) e o biodiesel (5 bilhões de litros por ano).
Como acontece a produção de
biocombustíveis?
A produção de biocombustíveis acontece pela decomposição da matéria orgânica, por isso dizemos que sua origem é não fóssil.
Exemplo e gerações de
biocombustíveis?
O termo biocombustível é
guarda-chuva para diversos tipos de combustíveis renováveis, obtidos a partir
de diferentes fontes e com propósitos variados. Ao especificarmos mais sobre o
tema, podemos entender melhor sobre cada tipo de biocombustível:
• Bioetanol: é um álcool produzido a partir
da biomassa ou de uma parcela biodegradável de seus resíduos.
• Biodiesel: é um éster, utilizado para
motores a diesel. Pode ser produzido a partir de óleos vegetais ou animais.
• Biogás: é o gás produzido a partir da
biomassa ou da parte biodegradável de seus resíduos.
• Bio-óleo: é um combustível obtido por
substâncias de origem vegetal ou animal (biomassa), através da quebra de
moléculas pelo fogo.
• Óleo vegetal: óleo puro que provém de
vegetais oleaginosos (processo realizado por pressão ou extração). É compatível
com apenas alguns tipos de motores.
• Biometanol: tipo de álcool produzido a
partir de biomassa usado como combustível.
• Bioéter dietílico: produzido a partir de
biomassa, usado como combustível.
• Bio-hidrogênio: produzido a partir de biomassa ou de alguma parte biodegradável; também é usado como combustível.
Como os biocombustíveis podem
ser utilizados?
Os biocombustíveis podem ser
usados tanto para a geração de energia (como o biogás) quanto para a locomoção
de veículos (como o etanol e o biodiesel).
Esse tipo de combustível substitui total ou parcialmente os recursos fósseis não renováveis.
Quais são os principais
biocombustíveis utilizados no Brasil hoje?
Entre os biocombustíveis mais
utilizados no Brasil, podemos destacar o etanol (proveniente da cana-de-açúcar)
e o biodiesel (produzido a partir de óleos vegetais ou gorduras animais).