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A montadora sul-coreana Kia Motors vem com tudo em 2010. O primeiro de uma série de 10 lançamentos para este ano, aqui no Brasil, foi o Sorento, SUV de 2.500 kg para competir com Hyundai Santa Fé, Chevrolet Captiva Sport, entre outros tantos representantes deste segmento. O preço começa em R$ 96.900, na configuração 5 lugares, com motor quatro-cilindros, 2.4l, 16v, de 174 cv de potência a 6.000 rpm, e torque máximo de 23 kgmf a 3.750 rpm.
Ao todo, serão oferecidas duas opções de motor, duas de tração e uma de transmissão, automática de seis velocidades, com trocas manuais seqüenciais, que traz como novidade o sistema batizado de Neutral Control, que muda automaticamente a posição de Drive para Neutro, sempre que o veículo fica parado por alguns segundos. Isso gera economia de combustível em situações de trânsito intenso, pois reduz a carga do motor.
Além do propulsor quatro-cilindros, haverá um V6 de 3.5l, que rende 278 cv de potência a 6.300 rpm e torque máximo de 34,2 kgmf a 5.000 rpm. Em ambos propulsores, haverá versões com tração 4x2 e 4x4, esta última progressiva e automática. De acordo com a necessidade, o sistema transfere até 50% da tração para as rodas traseiras. O sistema permite ainda travar o diferencial eletronicamente, por meio de um botão no painel.
Em resumo, a Kia terá um Sorento para cada gosto e bolso. O mais em conta diferencia-se por um número menor de bancos (cinco lugares) e de equipamentos. Apesar disso, pode ser chamado de completo, pois já vem com tudo que o consumidor gosta: ar-condicionado dual zone, direção hidráulica, freios ABS e air bags duplos.
Já as topo de linha podem ser encontradas em quatro versões, configuradas com motor quatro-cilindros ou V6, com tração 4x2 ou 4x4. Todas apresentam um número muito grande mimos, como faróis de xenon, teto solar panorâmico, 10 airbags, câmera externa para marcha à ré, com retrovisor interno com tela LCD de 3,5”, lanternas traseiras com leds, chave ‘smart key’ com botão ‘start’, abertura de portas e acionamento do alarme por presença, e Indicador de nível de água do limpador do para-brisa no painel.
Os modelos com motor V6 contam ainda com sistema de estabilidade eletrônica (ESP), infelizmente indisponível nos quatro-cilindros.
Undercar
Por baixo, o Sorento deixou de lado a inspiração jipe para se tornar mais carro de passeio. O antigo chassi deu lugar a uma carroceria monobloco, com suspensão dianteira tipo MacPherson, individual, montada sobre subchassi, muito mais simples do que o sistema Double Wishbone aplicado anteriormente.
A suspensão traseira também mudou para melhor, com a dispensa do semi-independente em favor de uma suspensão independente tipo multi-link.
Os freios são a disco nas quatro rodas, sendo na dianteira ventilados, de 321 mm, e na traseira sólidos, de 302 mm. Todas as versões contam com sistema ABS e EBD (distribuição eletrônica de frenagem). As rodas são de 18 polegadas, revestidas por pneus 235/60.
Primeiras impressões
No test drive de apresentação do novo Sorento testamos as versões 2.4 l com tração 4x4, que tem preço sugerido de R$ 120.900 e V6 4x2, encontrado a partir de R$ 119.900. A primeira impressão é de que o propulsor quatro-cilindros não daria conta do recado, afinal, mesmo com 215 kg a menos do que o antecessor, trata-se de um carro de duas toneladas e meia.
Mas o pequeno motor surpreendeu. Bem oxigenado, graças ao sistema de comando de válvulas continuamente variável, o quatro-cilindros é ideal para quem tem como princípio a economia de combustível. Segundo a montadora, faz até 9 km/l de gasolina em circuito misto, enquanto a média do V6 fica em torno de 6,5 km/l.
Com tração integral e progressiva nas quatro rodas, o quatro-cilindros não sente falta do ESP. Aderem bem em curvas e fica fácil manter o carro na trajetória, mesmo abusando um pouco da velocidade. Porém, no 4x2 é preciso atenção. Neste ponto a Kia poderia ao menos oferecer o ESP como opcional.
A posição de dirigir é boa para um SUV. Confortável, faltou apenas a regulagem de profundidade do volante, item presente apenas nas versões com motor V6. Outro detalhe que chamou atenção durante o test drive foi a ausência do sistema de quick down quando o câmbio está na posição manual, o que obriga o motorista a reduzir as marchas pela alavanca sequencial.
Há quem defenda que se a opção é trocar as marchas manualmente, o quick down via pedal de acelerador é dispensável, porém, em uma situação de emergência, que exige agilidade da redução da marcha para ganho de torque e potência, o sistema é mais que bem vindo, em nome da segurança.
Com relação ao desempenho do motor V6, não há como comparar. É, sem dúvidas, superior ao quatro-cilindros. Traz, porém, a desvantagem do maior consumo e custo de manutenção mais elevado, mas a versão 4x2 do V6 é R$ 1.000 mais em conta do que a 2.4 l 4x4.
Com esta política de preço, a Kia proporciona uma boa dúvida na hora da escolha por qual guardar na garagem. Economia ou desempenho?