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  5. Procedimento de sincronismo do motor EA189 2.0 TDI da picape Amarok

Procedimento de sincronismo do motor EA189 2.0 TDI da picape Amarok


Lançada em 2010, a Amarok é uma plataforma global de sucesso em vendas. Especialmente em território brasileiro, onde foram comercializadas mais de 50% das unidades produzidas

Da Redação
01 de abril de 2025

A Amarok foi impactante para o mercado das picapes, pois trouxe itens que jamais haviam equipado veículos desse tipo. Sistema de freios com ESC (Controle eletrônico de estabilidade), Faróis bi xênon com luz de curva estática, Volante multifuncional, Retrovisor eletrocrômico, entre outros itens que até então só eram vistos em veículos topo de linha. Além disso, a picape Amarok veio com um motor a diesel bastante moderno, que segue o conceito Downsizing: motores menores, mas com considerável capacidade de entrega de torque e potência. 



Seja monoturbo, bi-turbo ou outra configuração de torque e potência, fisicamente este motor é da família EA189, bastante comercializado em todo o mundo. Trata-se de um 2,0 litro, de 4 cilindros e TDI (turbocompressor e injeção direta), movido a diesel. Seu sincronismo funciona por meio de correia dentada, que periodicamente deve ser substituída em manutenções preventivas. Em vista dessa necessidade é importante conhecer os principais pontos do procedimento de atribuição do sincronismo do motor. 

Definição da junta do cabeçote 

Quando há uma remoção do cabeçote, a junta também deve ser substituída, sendo necessário definir por qual será reposta. Estarão disponíveis três opções dessa peça, diferenciadas pela espessura e pela codificação de furos em uma das laterais da junta. Isso significa que, para decidir se será aplicada a junta de 1, 2  ou 3 furos, você terá de fazer a medição da sobressaída dos pistões.  

Sobressaída dos pistões – Trata-se da posição das cabeças dos pistões do motor EA189 quando estão em PMS (Ponto Morto Superior), em que ultrapassam a face do bloco do motor.  

Definição da junta do cabeçote – Para o procedimento de medição da sobressaída dos pistões, que será fundamental para definir a junta do cabeçote a ser instalada, serão necessárias as ferramentas: Relógio comparador centesimal, base VW 382/7 e disco imantado VW835/17. 

Monte o relógio comparador na base VW382/7. Em seguida, coloque o disco imantado sobre a face do bloco do motor. Faça isso de modo que a base apoiada sobre o disco e a ponta do relógio comparador possa tocar a própria face do bloco do motor, onde o relógio será zerado (com uma pré-carga de 2 mm) e depois introduzido no furo do cilindro do motor.  

Posicione a ponta do relógio encostando na cabeça do pistão, mas num ponto em que o pistão não se desloque para os lados, o que falsearia a medição. Comece a girar a árvore de manivelas do motor para que o pistão cuja sobressaída estiver sendo medida se desloque até o PMS. Dessa forma, a ponta do relógio comparador será tocada e empurrada pela cabeça do pistão e, com isso, será possível medir o quanto o pistão se deslocou além da superfície do bloco do motor. O valor medido pelo relógio comparador poderá ultrapassar 1,00 mm e deverá ser anotado para comparar com o valor de sobressaída dos demais pistões. O manual de reparação possui uma tabela com o range dos valores e a opção de junta correspondente, sendo: 

De 0,91 mm até 1,00 mm à Junta de 1 furo; 

De 1,01 mm até 1,10 mm à Junta de 2 furos; 

De 1,11mm até 1,20 mm à Junta de 3 furos. 



Montagem do cabeçote  

Após definir e instalar a nova junta, é a vez do cabeçote ser instalado no bloco do motor ainda desmontado. Já os comandos de válvulas serão travados na gaiola de mancais superiores do cabeçote, posicionados para 1º cilindro em PMS. Para isso, serão necessárias as ferramentas: T40094 (Base de posicionamento dos comandos), T40094 (Trava dos comandos) e T40096 (Dispositivo de alinhamento dos dentes da engrenagem bipartida T40096). Após a fixação dos comandos de válvulas no cabeçote, o restante da montagem segue conforme o conhecido para outros motores. 



Atribuição do motor após o cabeçote ter sido instalado 

Com o cabeçote no lugar, torqueado e com os comandos de válvulas devidamente posicionados no 1º cilindro em PMS, é hora de preparar o motor para receber a correia dentada. Nesse momento, a árvore de manivelas deverá ser travada e posicionada para que o 1º cilindro esteja em PMS. Para isso será necessário o uso da trava T10050. Ela irá imobilizar a árvore de manivelas e ainda permitirá verificar se foi corretamente posicionada, por meio do alinhamento entre as “setas” existentes na T10050 e na engrenagem da árvore de manivelas.  



Atribuição do motor após o cabeçote ter sido instalado 

Com o cabeçote no lugar, torqueado e com os comandos de válvulas devidamente posicionados para o 1º cilindro em PMS, instale o cubo de fixação roda geradora de sinal do sensor de fase G40 e da polia do comando de válvulas, aplicando um torque de 100 Nm em seu parafuso. A polia da correia dentada é fixada por três parafusos sextavados de 8 mm que deverão estar frouxos até o momento de tensionar a correia dentada. Dessa forma, a polia pode se deslocar para os dois lados, a fim de permitir o movimento da correia dentada sem que o comando saia de posição. Ainda assim, esse cubo deverá será travado com o pino-trava 3359. 



Imobilização da bomba de alta pressão 

A bomba de alta pressão do sistema de alimentação de combustível deve sempre trabalhar sincronizada com o motor, para impelir a pressão no diesel no exato momento em que a fase de compressão de um cilindro finaliza para iniciar a fase de combustão. Essa estratégia promove um funcionamento eficiente do sistema de injeção de combustível, portanto para assegurar que a bomba de alta não fique fora do sincronismo, o cubo de fixação da sua engrenagem da correia dentada também deverá ser imobilizado com um pino-trava 3359. Já os parafusos de fixação da sua engrenagem para a correia dentada deverão permanecer frouxos até o tensionamento da correia, igualmente para permitir que ela se desloque sem movimentar o eixo da bomba de alta pressão. 



Instalando a correia dentada 

Com todos os eixos dos componentes sincronizados com o motor e devidamente imobilizados, é o momento de instalar a correia dentada. Antes, no entanto, é importante fazer uma inspeção visual, para verificar a integridade de todos seus dentes e se seu dorso não apresenta nenhuma deformação, o que poderia ocasionar ruído excessivo ou um desgaste prematuro.  

Inicie a colocação da correia pela engrenagem da árvore de manivelas, seguindo no sentido anti-horário: passando pela bomba d’agua, pela polia de reenvio, em seguida pela polia da bomba de alta, pela polia dos comandos de válvulas e, finalmente, pelo tensionador da correia.  

Posicionamento das polias dos comandos de válvulas e da bomba de alta pressão 

Como dito anteriormente a respeito das polias, ambas deverão permanecer com os parafusos de fixação frouxos para que elas possam se movimentar para os lados. É por esse motivo que os furos das polias, por onde passam os parafusos, são oblongos. Quando a correia dentada for colocada nas polias, certifique-se de posicioná-las de modo que os três parafusos de cada uma delas fiquem centralizados nos furos oblongos. De forma alguma você poderá deixar as polias totalmente deslocadas para um dos lados, pois assim que o tensionador começar a esticar a correia dentada ele irá puxá-la – inicialmente para o lado esquerdo (olhando o motor de frente), mas com a possibilidade de se deslocar para o lado contrário até que o parafuso do tensionador seja apertado. 



Tensionando a correia dentada 

Com a correia dentada no lugar, utilize a ferramenta T10264, juntamente com a trava T10265 e uma chave estrela 13 mm. Introduza a trava T10265 no orifício do tensionador, com o intuito de impedir que a sua base se movimente. O procedimento deverá ocorrer em dois passos: 

Passo 1 à Gire no sentido anti-horário com a T10264 até que a trava T10265 imobilize a base do tensionador; 

Passo 2 à Gire no sentido horário para tensionar a correia dentada na medida adequada. Para o assentamento do conjunto, movimente a ferramenta T10264 até que o ponteiro de indicação do tensionador ultrapasse o seu ponto de posicionamento por cerca de 10 milímetros. Em seguida, diminua a força aplicada na ferramenta até que o ponteiro do tensionador atinja o seu ponto de posicionamento.  Por fim, aperte o parafuso (1) do tensionador, mas confira se o sincronismo está correto antes de aplicar o torque final. 



Fixação das polias   

Aperte os três parafusos da polia do comando de válvulas, imobilizando-a com a ferramenta de alavanca T10172. Em seguida, aperte os parafusos da polia da bomba de alta utilizando uma chave de fenda para imobilizar o eixo da bomba, sempre fazendo uma alavanca contra dois parafusos para parafusar o terceiro.  

Conferindo o sincronismo  

Com a correia tensionada e os parafusos das polias apertados, inicie o procedimento de conferência do sincronismo do motor. Para isso siga os passos: 

  1. Retire as travas T10050 da árvore de manivelas e os pinos-trava 3359 das polias do comando de válvulas e bomba de alta pressão; 
  1. Com uma chave soquete 22 mm no parafuso da árvore de manivelas, faça um giro completo do motor, ou seja, dê duas voltas na árvore de manivelas.  
  1. Assim que finalizar a segunda volta, instale a ferramenta T10050 para imobilizar novamente a árvore de manivelas; 
  1. Teste a reinstalação dos pinos-trava 3359 nas polias do comando de válvulas e da bomba de alta pressão. Os pinos-trava deverão entrar suavemente nos alojamentos de trava de cada uma das polias. Caso isso aconteça, fica confirmado que o procedimento de sincronismo do motor foi efetuado com sucesso.  

Ajuste fino no sincronismo 

Caso não seja possível recolocar um dos pinos-trava para imobilizar seu respectivo eixo e garantir que o sincronismo está correto, execute um dos seguintes procedimentos: 

  • Solte a ferramenta T10050 da árvore de manivelas para deixá-la livre. Vagarosamente gire o motor no sentido de funcionamento (horário) até que o pino-trava que apresenta dificuldade encaixe no seu alojamento. Em seguida, solte os parafusos da polia (somente a que estiver desalinhada, ou seja, da bomba de alta ou do comando de válvulas) e gire o motor no sentido anti-horário (ou horário, caso o desalinhamento seja no sentido contrário), até que seja possível inserir a trava da árvore de manivelas T10050. Por fim, reaperte os três parafusos da polia que foram soltos para esse ajuste fino, retire as ferramentas de travas e, novamente, dê duas voltas no motor para uma nova conferência do sincronismo. 

Assim que for confirmado o sucesso do procedimento de sincronismo, efetue o torque nominal de cada um dos parafusos que ainda necessitam ser torqueados: tensionador da correia dentada (20 Nm, mais 45° de torque angular), polia do comando de válvulas (10 Nm) e parafusos da polia da bomba de alta (23 Nm).  

Verificando o sincronismo do motor com o uso do osciloscópio 

A roda geradora de pulso para o sensor de rotação do motor – G28, localizado no flange traseiro do motor, está instalada entre a árvore de manivelas e o flange. Sua localização é muito similar à dos motores de ciclo Otto da Volkswagen, porém sua construção apresenta uma diferença relevante. Não apenas uma, mas essa roda geradora de pulsos do motor EA189 possui duas falhas, defasadas a 180° uma da outra. O intuito é permitir que a unidade de controle do motor consiga identificar o PMS dos cilindros gêmeos 1 e 4 após a primeira falha e o PMS dos gêmeos 2 e 3 após a segunda falha.    

Contagem de dente após as falhas - Outra grande diferença está na contagem de dentes, pela visualização do sinal do G28 por meio de um osciloscópio. Para afirmar que o 1º cilindro está em PMS, é necessário que você capture o sinal do injetor do 1º cilindro em um canal e o sinal do G28 em outro. Assim que você congelar a imagem, já com os sinais capturados, poderá fazer a contagem de dentes identificados e irá perceber que o primeiro sinal de injeção acontecerá muito próximo ao 22º dente após a falha. Isso significa que, quando os cilindros 1º e 4º estão em PMS, o sensor estará alinhado com o 22º dente da roda geradora de pulso. 




Luzes espia para o sistema de injeção direta de combustível 

O sistema de gerenciamento do motor utiliza duas luzes indicadoras de falhas no painel:  

- K83 – Lâmpada MIL (Luz Indicadora de Mal Funcionamento) à Trata-se da luz de controle de emissão de poluentes, que poderá se acender caso haja falha de sincronismo do motor – o que pode comprometer a formação adequada da mistura e elevar os valores de poluentes emitidos nos gases do escapamento.  


- K29 – Luz do sistema de pré-incandescência à Essa luz no painel executa duas importantes funções para o motor. A primeira é monitorar e avisar o condutor sempre que o sistema de pré-incandescência estiver ativado. Por regra, o sistema pode estar em funcionamento, mas a luz, apagada. Ela só estará acesa para informar o condutor quando o motor não estiver em condições de uso, ocasionado por baixa temperatura, o que leva à ativação do sistema de pré-incandescência.  

Outra função da luz K29 é informar o condutor quando existe uma falha estática no motor comprometendo seu funcionamento. Nessas condições, a luz se mantém piscando no painel e, na maioria dos casos, o motor passa a funcionar no modo “emergência”, no qual a rotação do motor fica limitada a 2.500 rpm (rotações por minuto). 


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