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Sistemas de segurança da Amarok


A picape Amarok foi lançada em 2010 como um produto de plataforma global. Teve muito sucesso em vendas, especialmente no mercado brasileiro, no qual mais de 50% das unidades produzidas foram comercializadas

Por: Da Redação - 24 de julho de 2024

Capítulo 1 - Sistemas de segurança da Amarok


A picape Amarok foi lançada em 2010 como um produto de plataforma global. Teve muito sucesso em vendas, especialmente no mercado brasileiro, no qual mais de 50% das unidades produzidas foram comercializadas. A Amarok foi impactante para o mercado das picapes por trazer itens que, até então, não eram oferecidos em veículos dessa categoria. Trata-se de um veículo preparado para o transporte de cargas que apresenta, também, todo o conforto de um veículo de passeio. Conta com controle eletrônico de estabilidade, luz de curva estática, volante multifuncional etc.


Motorização
Os motores que equipam a Amarok são da família EA189, com versões quatro cilindros 2.0 TDI (turbo diesel injeção direta) monoturbo e biturbo, ambos com quatro válvulas por cilindro (16 válvulas).


Transmissão
A Amarok pode ser equipada com transmissão manual longitudinal 0C6 (ZF) de seis velocidades ou com transmissão automática 0CM de oito velocidades.


Sistemas de Tração
Quando equipada com transmissão automática, a Amarok possui tração integral, com diferencial central autoblocante totalmente mecânico. O percentual de força é distribuído entre os eixos: 60% para o eixo traseiro e 40% para o eixo dianteiro. Se, por acaso, houver perda de aderência em uma roda de um dos eixos, esse percentual se altera automaticamente em 20%, podendo-se adotar 60% para as rodas dianteiras e 40% para as traseiras, ou 80% para as rodas traseiras e 20% para as da dianteira. 
No caso da transmissão manual, temos duas versões distintas:
- versão simples 4X2, com tração no eixo traseiro;
- versão 4X4 engatável, equipada com um diferencial central Part Time, o qual permite utilizar o veículo no modo 4X2 (tração somente no eixo traseiro) ou tração 4X4 (situação na qual 50% da força da tração é distribuída para cada eixo do veículo) e ainda pode ser ajustado em High (modo normal) e Low (modo de redução).
Para fazer a seleção do modo de tração a ser utilizado, basta acionar as teclas representadas pela nomenclatura E631:
- E631 up – utilizada para ajustar o sistema de tração para 4X2, deixando a força motriz somente para as rodas traseiras;
- E631 down – utilizada para fazer o acionamento de 4X4 High ou 4X4 Low (o segundo é reduzido).
Se ainda houver a necessidade de mais tração, acionando a tecla E121 em velocidades abaixo de 40 km/h é possível ativar o bloqueio do diferencial traseiro. Porém, com o bloqueio de diferencial ativado convém não conduzir o veículo em condições de pista pavimentada e evitar curvas acentuadas.
No mesmo conjunto, temos as luzes indicadoras que informam ao condutor qualmodo de tração encontra-se ativado. São elas:
K181 – indicadora de tração em 4X2;
K183 – Tração em 4X4 High;
K182 – Tração em 4X4 Low (reduzida acionada).


Sistemas de Segurança Ativa
Todo sistema que tenha sido criado para evitar um acidente é chamado de Segurança Ativa. Por mais que esse nome não seja tão popular, os sistemas classificados como tal são muito comuns. São alguns exemplos: buzina, limpador de para-brisa, luzes de posição, freios, faróis e sistema de suspensão.


Luz de curva estática
Em velocidades abaixo de 30 km/h, se você esterçar a direção ou simplesmente acionar o indicador de direção para um dos dois lados, o farol de neblina do respectivo lado será ativado com o intuito de aumentar a área de visibilidade do condutor para efetuar manobras. Como esse sistema de luz de curva estática aciona individualmente o farol de neblina do lado em que se realiza a manobra, algumas pessoas se confundem e interpretam que essa é uma falha de funcionamento dos faróis de neblina. Por isso, se uma Amarok chegar a sua oficina com o relato de que o farol de neblina de um lado não se acende, siga os seguintes passos para a verificação:
1 – faça funcionar o veículo;
2 – acenda os faróis principais;
3 – execute movimentos no volante para ambos os lados;
4 – faça os testes ativando os indicadores de direção para a esquerda e para a direita;
5 – verifique se os faróis de neblina se acendem e se apagam individualmente ao se esterçar o volante e/ou ao se ativarem os indicadores de direção.
Se, com esses testes, os faróis de neblina alternam o seu funcionamento, o sistema está em ordem. 


Outras características de funcionamento dos faróis de neblina 

A principal utilidade dos faróis de neblina é permitir a visibilidade da pista em situações de condução sob neblina. Isso porque os faróis principais refletem a névoa da neblina, ao passo que os faróis de neblina iluminam a pista por baixo dessa névoa, contribuindo para a visibilidade do condutor.
Quando se engata a marcha à ré da Amarok com os faróis ligados, automaticamente os faróis de neblina são ativados. O objetivo é melhorar a visão do condutor durante as manobras.


Sensor de luz e chuva
No retrovisor interno, a Amarok pode vir equipada com sensor crepuscular de luz e chuva. Trata-se de fotossensores que captam a variação da intensidade da luz na região do para-brisa. Seus sinais são processados por uma eletrônica integrada ao sensor e enviados via comunicação LIN Bus (Rede de Interconexão Local). Com essas informações, a unidade de comando de rede de bordo J519 é capaz de interpretar condições de chuva (mesmo no início), ativando automaticamente o limpador de para-brisa e, também, acendendo automaticamente os faróis baixos. Por conta da diminuição da luminosidade externa, os faróis também podem se acender quando se atravessa um túnel, por exemplo.

Luz de freio
Em razão de sua importância para que acidentes sejam evitados, as luzes de freio da Amarok incluem uma luz adicional localizada na traseira da cabine, acima do vigia traseiro, juntamente com a luz de iluminação da caçamba. O funcionamento da luz de freio é convencional, ou seja, ativa-se sempre que a ignição estiver ligada e for acionado o pedal do freio. O detalhe peculiar fica por conta do sensor do pedal do freio F, que trabalha com elemento Hall na sua eletrônica e, por isso, não sofre nenhum desgaste durante o seu funcionamento. Ou seja, segue o princípio dos sensores Contactless, os quais são capazes de produzir sinais simplesmente pela incidência de campo magnético, sem contato físico.


Posições de ligação do sensor do pedal F
Esse componente possui quatro pinos:
1 - Ligado ao pino 24 da unidade de comando do motor J623, para informação de freio acionado;
2 - Terminal massa;
3 - Ligado às unidades de comando do ABS J104 (no pino 38) e da rede de bordo J519 (no pino 43). Ambos sinalizam o pedal do freio acionado;
4 - Alimentação positiva (pós-chave) com proteção pelo fusível SC42.
Nos casos de falta de alimentação positiva ou negativa ou de sensor avariado, a J519 irá manter as luzes de freio acesas constantemente (modo emergência) sempre que a ignição estiver ligada. Essa unidade de comando ainda registra uma avaria, relacionada à luz de freio, na sua memória de eventos.


Sistema ESS (Sinal de Frenagem de Emergência)
Por meio da troca de informação entre as redes CAN (Rede Controladora de Área) as luzes de freio podem entrar em funcionamento para sinalizar uma frenagem de emergência. O sistema funciona em velocidades acima de 60 km/h quando o condutor aciona os freios bruscamente. Nessa situação, a unidade de comando do ABS J104 envia dados para a unidade de comando de bordo J519, que por sua vez aciona as luzes de freio de forma intermitente até que a velocidade do veículo chegue a 10 km/h (ou abaixo disso até a parada total). Com o veículo parado, o pisca-alerta é acionado e as luzes de freio permanecem acesas estaticamente até que o veículo volte a ser acelerado.


Sistema de Trem de Rodagem
Os sistemas de suspensão têm a missão absorver os solavancos proporcionados pelas imperfeições do solo sem que estes sejam passados para a carroceria ou para os ocupantes. Além disso, garantem dirigibilidade. Com isso, podemos afirmar que as suspensões dianteira e traseira do veículo são dois dos principais Sistemas de Segurança Ativa.
A Amarok, desde o seu primeiro lançamento, utiliza na dianteira a suspensão do tipo Duplo Braço Oscilante. Esse tipo de suspensão é encontrado em veículos premium de diversas marcas, por conta da eficiência de funcionamento e do conforto oferecidos. Já a suspensão traseira é do tipo rígida, com feixe de molas, para proporcionar maior robustez.
A eletrônica está presente nos sistemas de freios. Além do sistema ABS (sistema antibloqueio das rodas em frenagens), a Amarok pode vir equipada com outros sistemas, tais como:


EDS (sistema de bloqueio eletrônico do diferencial) – impede que as rodas de tração comecem a patinar promovendo a perda de tração, principalmente em situações de baixa aderência ao solo.
EBD (distribuição da força de frenagem entre os eixos) – identifica de forma eletrônica a necessidade da alteração do percentual de força de frenagem entre os eixos, de acordo com a carga aplicada na caçamba.
TCS (sistema de controle de tração) – impede que as rodas de tração percam a aderência ao solo e comecem a patinar durante uma arrancada com o veículo.
HHC (assistente de subida em rampas) – mantém o veículo parado por cerca de dois segundos em um aclive (a partir de aproximadamente 5°) para impedir que o veículo desça em saídas.
HDC (assistente de descidas) – mesmo que a Amarok esteja carregada, ao se acionar a tecla Off-road no console a velocidade do veículo passa a ser controlada automaticamente em uma descida, sem a intervenção do condutor, até que seja identificado o final do declive.
RBS (sistema de limpeza dos discos de freio em situações de chuva) – com o limpador de para-brisa ativado e a velocidade do veículo acima de 70 km/h, a eletrônica passa a, periodicamente, aplicar uma pequena pressão hidráulica nos discos de freio, a qual irá fazer com que as pastilhas se aproximem dos discos, retirando o filme de água existente nos discos e mantendo-os predominantemente secos e em condições de frenagem mais eficientes.
ABS Off-Road (sistema de frenagem em pisos não pavimentados) – em situações “fora da estrada”, basta o condutor acionar a tecla Off-road que o sistema entenderá que se trata de uma condução na qual, em situações de frenagens, as rodas terão de promover pequenas travadas a fim de cavar o solo e construir cunhas à frente das rodas, contribuindo para a eficiência da frenagem.
ESC (controle eletrônico de estabilidade) – visa garantir que o veículo se mantenha na sua trajetória em situações de perda de controle de característica sobre-esterçante (saída de traseira) ou ubesterçante (saída de frente). Nessas situações, o sistema age freando individualmente as rodas e também pode atuar intervindo na gestão do motor.


RDK – Sistema de Monitoramento de Pressão dos Pneus
A Amarok 2015 possui um eficiente sistema de monitoramento de pressão dos pneus. Trata-se do sistema RDK, que utiliza um sensor de pressão em cada roda e uma unidade de comando de monitoramento da pressão dos pneus J502.


No caso do RDK com autolocalização, a antena de recepção está agrupada na unidade de controle. Entre o módulo eletrônico da roda e a unidade de controle é estabelecida uma comunicação unidirecional. O software permite associar advertências e valores de pressão concretos a cada posição das rodas. A autoadaptação de novos módulos eletrônicos das rodas é automática em velocidades de marcha superiores a 20 km/h


Capítulo 2 - Diagnóstico no ar-condicionado


Considerado um item de Segurança Ativa de grande importância, o sistema de ar condicionado veicular ajuda a evitar acidentes por oferecer uma série de vantagens em sua utilização:
- Em dias chuvosos: evita o embaçamento dos vidros, garantindo a visibilidade;
- Em dias quentes: permite o controle do ajuste da temperatura no habitáculo por parte do condutor, o que contribui para que os reflexos deste sejam garantidos.


Climatronic Dual Zone
A Amarok é equipada, na versão topo de linha, com sistema de ar condicionado eletrônico de duas zonas, cujo painel de comando é a própria unidade de comando J255. Nesse tipo de sistema
o habitáculo pode ser dividido em duas áreas distintas, separadas pela diferença do ajuste de temperatura. Ou seja, o condutor pode ajustar, por exemplo, um valor de temperatura mais baixo e o
passageiro pode optar por uma temperatura mais elevada. Nesse caso, a partir do difusor central, o sistema de ar condicionado fornece ventilação com ar de temperaturas diferentes. A diferença
máxima alcançável dos valores de temperatura entre as zonas é de 4°C.


Para a divisão do habitáculo em duas zonas e controle das temperaturas em ambas, o sistema conta com seis sensores:
• G150 – Sensor de temperatura da saída do ar no difusor de ar esquerdo;
• G151 – Sensor de temperatura da saída do ar no difusor de ar direito; 

• G261 – Sensor de temperatura da saída do ar na região dos pés, lado esquerdo;
• G262 – Sensor de temperatura da saída do ar na região dos pés, lado direito;
• G308 – Sensor de temperatura do evaporador;
• G107 – Fotossensor da irradiação solar, localizado na parte superior central do painel de instrumentos.


Controle do recírculo de ar
Além da possibilidade de obter dois controles distintos de temperatura para o habitáculo (ou seja, a cabine da Amarok), o Climatronic ainda conta com o controle da portinhola do recírculo de
ar para três situações distintas. Por meio da tecla de acionamento do recírculo de ar é possível saber em qual das posições o sistema está trabalhando no momento.


A tecla de acionamento do recírculo de ar possui dois LEDs e três posições distintas:
• dois LEDs apagados – a portinhola do recírculo de ar encontra-se aberta, permitindo a entrada do ar externo no habitáculo;
• LED da esquerda (sem identificação) aceso – a portinhola do recírculo de ar encontra-se fechada, impedindo a entrada do ar externo no habitáculo;
• LED da direita (identificado pela letra “A”) aceso – o Climatronic mantém a portinhola do recírculo de ar aberta, permitindo a entrada do ar externo no habitáculo, porém as condições do ar são avaliadas pelo sensor da qualidade do ar G238, localizado próximo ao painel corta-fogo, na abertura de passagem do ar externo para o habitáculo. 
Se a qualidade do ar externo for comprometida, por exemplo por fumaça vinda dos escapamentos de caminhões, a portinhola do recírculo de ar será automaticamente fechada, vindo a ser aberta
novamente somente após o ar externo voltar às condições mínimas. 


Acesso ao sistema de ar-condicionado por meio do equipamento de diagnóstico 

A unidade de comando do Climatronic J255 é passível de diagnóstico no sistema pelo endereço de diagnóstico “08”. Por meio das funções disponíveis é possível fazer a leitura da memória de avarias, a leitura dos valores dos sensores de temperatura existentes no habitáculo e do sensor de pressão do gás refrigerante G65, ou ainda identificar falhas de funcionamento de portinholas de controle de passagem de ar.


Ajuste básico das portinholas
As portinholas de controle de temperatura, de distribuição do ar no habitáculo e do recírculo de ar trabalham por meio de servomotores elétricos, os quais possuem integrados a eles potenciômetros de posição de abertura e fechamento. Por conta disso, sempre que for efetuado um reparo no sistema Climatronic será necessário efetuar o ajuste básico em todas as portinholas.