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Foi em meados de 2014 que chegou ao Brasil o Golf GTI 7ª geração, trazendo muita tecnologia, dentre as quais destacamos: para a proteção dos ocupantes, o emprego de sete airbags, sendo dois frontais, dois laterais de tórax, dois de cortina (também chamados de airbags de cabeça) e um de joelhos para o condutor; em segurança ativa, o ACC (Controle de Cruzeiro Adaptativo) com Stop & Go, capaz de identificar que o veículo logo à frente parou e determinar a parada total de forma automática; isso sem falar no sistema de proteção proativa, que trabalha em conjunto com o ESC (Controle Eletrônico de Estabilidade), determinando que, em uma perda de trajetória do veículo em que o ESC foi ativado, os vidros das portas e o teto solar sejam fechados e os cintos de segurança dianteiros acionem os seus dispositivos reversores elétricos, com o intuito de apertar os ocupantes contra os bancos e, assim, reduzir a folga desses cintos, de maneira a preparar os ocupantes para um impacto. Caso não haja a colisão, os reversores elétricos dos cintos afrouxam as fitas, voltando a folga desses cintos de segurança. Já nos sistemas de suspensão dianteira e traseira, o Golf GTI é equipado com o DCC (Amortecedores Eletrônicos), que altera o comportamento das suspensões de acordo com a seleção do perfil de condução, que pode ser configurado em Normal, Eco, Comfort, Sport e Individual. Vale lembrar que essa seleção de perfil de condução permite alterar, além das suspensões, o comportamento da direção assistida, do ar-condicionado, da transmissão e do motor. o sistema Powertrain, que traz a transmissão DQ250 (02E), de seis velocidades e dupla embreagem (úmida), que tem torque de entrada de 350 Nm (Newton metro). E, ainda, o motor de terceira geração da família EA888, capaz de entregar 220 cv de potência e 350 Nm de torque.
Características do motor EA888 3ª geração
A família de motores EA888 é de alta performance e é empregada em veículos Premium. O motor 2.0 TSI de 3ª geração traz tudo o que há de melhor sobre a tecnologia Volkswagen, a fim de atender às normas de emissões de poluentes dos países em que os veículos são comercializados. Podemos destacar as seguintes características de desenvolvimento: cabeçote com coletor de escape integrado; bomba d’agua do circuito de arrefecimento com distribuidor giratório, controlado por um servomotor elétrico; comando de válvulas de admissão variável (50 graus sem escalonamento); comando de válvulas de escape variável (40 graus sem escalonamento) e com sistema AVS (ValveLift); eixos equilibradores apoiados em rolamentos; turbocompressor com acionamento elétrico da válvula Wastegate; sistema de lubrificação com dois níveis de pressão de óleo, controlados por um atuador elétrico; cárter separado em duas partes, sendo o superior de alumínio e o elemento inferior em plástico; árvore de manivelas com quatro contrapesos e mancais principais menores; capas dos mancais principais com reforços de fixação feitos por uniões aparafusadas laterais e inferior.
LEGENDA: As capas dos mancais principais também são utilizadas para fixação do elemento superior do cárter de óleo. Dessa forma, melhoram-se as características acústicas e vibratórias de funcionamento do motor.
Distribuição por corrente
A estrutura básica de acionamento dos comandos de válvulas por corrente é a mesma da geração anterior. Esse motor utiliza três correntes, sendo uma para o acionamento da bomba de óleo (que não necessita de sincronismo), uma para o acionamento dos eixos equilibradores e uma para o acionamento dos comandos de válvulas.
Manutenção das correntes
Uma das maiores vantagens do motor EA888 2.0 TSI 3ª geração é possuir a distribuição por correntes, justamente pelo fato de não requerer manutenção preventiva. Porém, para verificar se houve desgaste excessivo na corrente de acionamento dos comandos de válvulas, você poderá retirar o protetor da caixa de roda direita, retirar o tampão (instalado na cobertura inferior das correntes) de acesso visual ao tensor da corrente e verificar a quantidade de dentes do êmbolo do tensor que estão visíveis. Além dessa possibilidade de verificação visual, o gerenciamento eletrônico do motor tem a capacidade de identificar esse desgaste e registrar um código de falha correspondente.
LEGENDA: O limite máximo de dentes expostos (indicados pela coloração avermelhada) é de seis. Caso ultrapasse essa quantidade, significa que a corrente já se encontra com desgaste excessivo e deverá ser substituída.
Remoção das correntes de sincronismo
Para trabalhos de troca das correntes ou de algum reparo no motor que demande a remoção das correntes, inicialmente você terá de instalar o conjunto de suporte de sustentação do motor T10222 e, em seguida, remover o suporte do coxim frontal localizado no lado direito do motor, próximo ao reservatório de expansão do sistema de arrefecimento. Na sequência dos trabalhos, remova as válvulas eletromagnéticas N205 e N318 dos mecanismos de variação dos comandos, a cobertura das engrenagens dos comandos e, ainda, o guia da vareta de verificação do nível de óleo do motor.
Posicionar o motor em PMS
Remova o protetor da caixa de roda dianteira direita para ter acesso à polia da árvore de manivelas (também chamada de amortecedor de vibrações). Encaixe a ferramenta de trava T10355 e gire o motor até que as marcações das engrenagens dos comandos se alinhem com o flange do cabeçote e a marcação da polia da árvore de manivelas se alinhe com a marcação do flange do motor. Dessa forma, o motor estará em PMS (primeiro cilindro em Ponto Morto Superior).
LEGENDA: A figura apresenta as marcações de sincronismo das engrenagens dos comandos, identificadas pelos números, e as marcações de sincronismo da polia da árvore de manivelas, identificadas pela seta.
Remoção da ponte do mancal principal dos comandos – Os variadores dos comandos de válvulas estão acomodados por meio do mancal principal das árvores dos comandos. Além de das sustentação às partes frontais dos variadores, permitem o fechamento das galerias de óleo dos variadores. Para remover essa ponte, solte as válvulas de cada um dos comandos. Para isso, utilize as ferramentas do conjunto T10352 (dependendo da versão de motor, você terá de usar a T10352/2 ou T10352/4). Essas válvulas dos variadores dos comandos são fixadas por “rosca esquerda”. Por isso, durante o procedimento de remoção, encaixe a T10352 e gire cada uma das válvulas no sentido horário.
LEGENDA: Ao encaixar a T10352 na válvula, gire-a no sentido horário (conforme a indicação da seta na figura).
Após retirar as válvulas dos variadores, remova todos os seis parafusos de fixação da ponte do mancal principal dos comandos e retire-o.
Remoção da cobertura inferior das correntes – Primeiramente, remova a polia da árvore de manivelas. Para isso, você terá de instalar o kit de ferramentas T10531, que servirá de sustentação da engrenagem de fixação das correntes à árvore de manivelas. Para começar, solte dois parafusos de fixação da cobertura e instale a T10531/1 na frente da polia. Agora, solte o parafuso de fixação da polia da árvore e instale no seu lugar o pino-guia T10531/2. Retire a polia e insira nesse pino-guia a porca de fixação T10531/3, juntamente com a bucha-guia T10531/4. Solte e remova os parafusos da cobertura inferior das correntes, respeitando a soltura dos quinze parafusos em cruz. Além desses parafusos, essa cobertura é fixada por um adesivo (cola) bastante resistente, o que significa que sua remoção irá causar seu empenamento e que, portanto, essa cobertura deverá ser substituída.
Destensionando a corrente – Remova os dois parafusos superiores do flange frontal e instale no local a ferramenta T40243. Esta é composta por uma haste longa, que irá alcançar a corrente dos comandos na região do trilho-guia lado direito e do tensor hidráulico. Com a ferramenta instalada, movimente-a no sentido da frente do veículo, a fim de exercer força contra a corrente, até que o êmbolo do tensor seja recuado totalmente para dentro. Mantenha a ferramenta nessa posição e instale, no tensor, a trava T40267, que irá impedir que o êmbolo do tensor volte a sair. Agora, instale logo abaixo da engrenagem do comando de admissão a ferramenta de trava de engrenagem T40271/2. Esta permite que você desloque e imobilize a engrenagem do comando de admissão por meio de seus dentes. Agora, utilize uma catraca juntamente com a ferramenta T40266 na engrenagem do comando de admissão e gire-a até que a corrente dos comandos apresente-se frouxa. Nesse momento, movimente a T40271/2 até que a engrenagem fique travada. Instale então a ferramenta de trava da engrenagem do comando de escape, T40271/1. Em seguida, movimente essa engrenagem de escape utilizando a T40266, o que irá fazer com que a corrente dos comandos fique ainda mais livre. Trave a engrenagem do comando de escape, movimentando a T40271 para dentro até que seu ressalto se encaixe em um dos dentes da engrenagem, deixando-a imobilizada.
Retirada dos elementos de posicionamento da corrente – Já com os comandos de admissão e escape imobilizados pelas ferramentas de trava nas engrenagens, é hora de remover os trilhos-guia superior e lateral da corrente. É nesse momento, também, que o tensor da corrente deverá ser removido.
LEGENDA: A figura apresenta a corrente (11) dos comandos e alguns componentes do motor, que são:
2 – Tensor da corrente; 3 – Trilho-guia direito; 7 – Válvulas dos variadores dos comandos; 8 – Ponte do mancal principal dos comandos; 9 – Trilho-guia superior; 12 – Trilho-guia direito; 14 - Engrenagem de acionamento de corrente em três vias.
Remoção do trilho-guia da corrente da bomba de óleo
A corrente de acionamento da bomba de óleo deverá ser removida, mas antes você terá de travar a mola tensora do trilho-guia dessa corrente, utilizando o grampo-trava T40011. Dessa forma, a corrente de acionamento da bomba de óleo ficará sem tensão. Retire o trilho-guia de seu local de instalação e, em seguida, essa corrente poderá ser removida. A partir de agora, você já poderá remover o trilho-guia da corrente de acionamento dos comandos (lado direito), o que permitirá que essa corrente seja removida.
Remoção da corrente de acionamento dos eixos equilibradores
Para remover a corrente dos eixos equilibradores, primeiramente remova o seu tensor. Este é aparafusado no bloco e trabalha pressionando o trilho-guia esquerdo contra a corrente, garantindo o tensionamento dela. Após a remoção desse tensor, retire todos os três trilhos-guia da corrente. Por fim, essa corrente já poderá ser removida.
LEGENDA: Trilhos-guia da corrente dos eixos equilibradores.
Procedimentos para a reinstalação das correntes
Ao trocar as correntes do motor EA888 2.0 TSI 3ª geração, utilize sempre peças de reposição novas e genuínas. Peças usadas já foram submetidas a assentamentos e desgastes do último motor em que estavam instaladas, e isso poderá comprometer a integridade dos seus trabalhos.
Posicionando o conjunto de engrenagens do eixo equilibrador
O eixo equilibrador do lado esquerdo do motor (lado coletor de admissão) possui um conjunto de engrenagens que tem o papel de promover a inversão no sentido de giro do eixo equilibrador para que este gire no sentido contrário à árvore de manivelas e às demais árvores do motor. Porém, a relação de transmissão dessas engrenagens não é de 1:1 (um por um) entre si, mas sim de 2,5:1 (dois e meio por um). Por conta disso, antes de instalar a corrente dos eixos equilibradores, gire as engrenagens do eixo esquerdo até que as marcações da engrenagem intermediária e da engrenagem superior se encontrem e fiquem alinhadas.
LEGENDA: Gire o conjunto por meio da engrenagem de fixação da corrente até que as duas marcações da engrenagem intermediária se alinhem com a marcação da engrenagem do eixo equilibrador, conforme as marcações indicadas pela seta na figura. O parafuso de fixação das engrenagens (1) nunca deverá ser removido.
Posicionando a corrente dos eixos equilibradores – Instale a corrente dos eixos equilibradores respeitando o posicionamento dos elos escurecidos dessa corrente, alinhados às marcações existentes em cada uma das engrenagens. Os elos de emenda da corrente também são escurecidos, porém estes não devem ser posicionados em nenhuma das engrenagens, mas sim na posição inicial da corrente. Essa emenda deverá ficar do lado esquerdo do motor (lado coletor de escape). Após colocar essa corrente, instale o trilho-guia superior a fim de garantir que essa corrente seja mantida nessa posição inicial. Este ainda não é o momento de posicionar a corrente à engrenagem da árvore de manivelas. Por isso, deixe a parte inferior da corrente dos eixos equilibradores solta.
Posicionamento inicial da corrente dos comandos de válvulas – Coloque a corrente dos comandos no seu local de instalação, mas não a instale ainda nas engrenagens dos comandos. Deixe-a apenas apoiada sobre os eixos dos comandos, com os elos escurecidos alinhados às marcações de sincronismo.
Instalando a corrente da bomba de óleo – Com as correntes dos eixos equilibradores e dos comandos de válvulas posicionadas em seus lugares, é hora de instalar a corrente da bomba de óleo. Antes disso, certifique-se de que a engrenagem da árvore de manivelas (engrenagem de três vias) esteja com sua marcação alinhada à marcação do bloco do motor, pois isso garante que o motor esteja em PMS e a engrenagem fique na correta posição. A corrente da bomba de óleo não possui elos escurecidos, pois não necessita obedecer a marcações de posicionamento.
Posicionando as correntes de acordo com o sincronismo
Após a fixação da corrente de acionamento da bomba de óleo, é hora de instalar os dois trilhos-guia restantes: um da corrente de acionamento dos eixos equilibradores e outro de seu tensor. Por sua vez, essa corrente dos eixos equilibradores será finalmente instalada à engrenagem da árvore de manivelas, com o seu terceiro elo escurecido alinhado à marcação existente na engrenagem.
LEGENDA: Posicionamento da corrente de acionamento dos eixos equilibradores.
Após a instalação da corrente dos eixos equilibradores, inicie a instalação da corrente de acionamento dos comandos de válvulas. Os eixos dos comandos de válvulas, bem como as suas engrenagens, estão imobilizados pelas travas T40271/ 1 e T40271/2. Com isso, posicione os elos escurecidos da corrente às marcações existentes em cada uma das engrenagens dos comandos variáveis. Agora, instale essa corrente à engrenagem da árvore de manivelas. A terceira marcação dessa corrente, ou seja, o terceiro elo escurecido, deverá agora estar alinhada com a marcação existente na engrenagem. Com a corrente dos comandos devidamente posicionada, é hora de instalar o trilho-guia esquerdo (lado coletor de admissão), aplicando torque de 20 Nm a seus parafusos de fixação. Instale então o trilho-guia superior, que é encaixado logo acima das engrenagens dos comandos.
Tensionando a corrente dos comandos – Esse próximo procedimento irá acontecer em duas etapas:
I – Você precisará de uma catraca e do adaptador T40266. Instale o adaptador à engrenagem do comando de escape e gire-a levemente no sentido horário. Essa engrenagem está imobilizada pela ferramenta de trava T40271/1. Para liberá-la, movimente a ferramenta de trava para fora até que destrave a engrenagem.
II – Agora, vá aliviando a força exercida na catraca com o intuito de permitir que a engrenagem do comando de escape gire no sentido anti-horário até que a corrente se encoste no trilho-guia superior. Nesta etapa, você terá de garantir que a corrente fique esticada e bem encostada ao trilho-guia superior, para evitar que a corrente salte e saia da posição de sincronismo.
LEGENDA: Liberando a engrenagem do comando de escape.
Depois, instale o trilho-guia lado escape aplicando torque de 20 Nm em seu parafuso de fixação. Em seguida, instale o tensor da corrente, ainda com a trava T40267, e com parafusos novos que deverão receber a aplicação de torque da seguinte forma: se for parafuso de alumínio = 4 Nm + 90°; se for de aço = 9 Nm. Instale também o tensor da corrente da bomba de óleo, aplicando 20 Nm em seus parafusos. Por fim, retire o gancho de trava T40011 para liberar a ação do tensor.
O próximo passo da instalação das correntes é liberar a engrenagem do comando de admissão, o qual, por enquanto, se encontra imobilizado pela ferramenta de trava T40271/2. Igualmente à engrenagem de escape, a liberação da engrenagem de admissão acontecerá em duas etapas:
I – Utilizando a catraca e o adaptador T40266, gire a engrenagem do comando de admissão no sentido anti-horário. Ainda mantendo a engrenagem sob a força exercida na catraca, movimente a ferramenta de trava T40271/2 para fora até que a engrenagem esteja liberada.
II – Com a engrenagem do comando de admissão liberada, reduza a força com o intuito da engrenagem girar no sentido horário até que a corrente esteja esticada.
LEGENDA: Movimente a engrenagem vagarosamente para evitar que a corrente salte um ou mais dentes, o que pode danificar o motor.
Instale a ponte do mancal principal das árvores dos comandos de válvulas – os parafusos de fixação deverão ser substituídos. Para a