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Mas já na segunda geração, por conta do seu sucesso, ele passou a ser reconhecido como um produto totalmente distinto do Golf. Em 2018 foi lançada a sétima geração do Jetta, a qual passou a ser mais um dos integrantes da plataforma MQB (Estratégia de Montagem Modular Transversal), trazendo muita tecnologia. Fazem parte dela:
· Motor EA211 1.4 TSI, capaz de entregar 150 cavalos de potência, de 5000 a 6000 rpm e torque de 250 Nm, de 1400 e 3500 rpm, o que proporciona uma enorme economia de combustível e redução na emissão de poluentes;
· Carroceria construída com chapas de altíssima resistência, o que proporcionou redução de peso em relação à geração anterior e, ainda, atingiu nota máxima em segurança passiva nos testes de crash do Latin Ncap (órgão de avaliação de carros novos para a América Latina e o Caribe);
· Sistema ACC (Controle de Cruzeiro Adaptativo) com Front Assist (sistema de frenagem automática de emergência);
· Nova estrutura de redes de comunicação, sobretudo com todos os bus de dados CAN com taxa de transmissão de 500 kb/s (quilobits por segundo);
· Sistema Start-Stop com estratégia de recuperação energética no sistema de carga.
Mudanças no sistema de carga dos veículos
No mundo da reparação automotiva, o funcionamento do sistema de carga sempre foi bastante conhecido, principalmente pela sua importância para os demais sistemas elétricos do veículo. Por conta disso, a maioria dos trabalhos de diagnóstico é iniciada pela verificação de funcionamento do sistema de carga. As duas funções principais desse sistema são:
· Fornecer a energia acumulada na bateria, a qual é utilizada em todas as partidas;
· Manter o fornecimento da energia à rede de bordo enquanto o motor estiver em funcionamento.
A alimentação da rede de bordo
Assim que o motor entra em funcionamento, o alternador começa a gerar tensão. A partir daí, a bateria perde a obrigação de alimentar a rede de bordo e passa a fazer a função de filtro, o que reduz consideravelmente a oscilação entre os potenciais positivo e negativo da rede de bordo. Para comprovar essa funcionalidade, basta desconectar um dos bornes da bateria enquanto o motor estiver funcionando. Ao fazer isso, todo o sistema elétrico do veículo vai continuar energizado, inclusive o motor, que continuará funcionando em marcha lenta.
A figura ilustra o sistema de carga com o veículo funcionando e em marcha à frente e o alternador fornecendo energia para a bateria e para a rede de bordo, ou seja, para todos os sistemas elétricos do veículo.
O sistema de recuperação energética
Com o intuito de reduzir o consumo de combustível e a emissão de poluentes, começou-se a implantar nos veículos o sistema Start-Stop (sistema que desliga e religa o motor nas breves paradas do veículo). E, juntamente com o Start-Stop, chegou o sistema de recuperação energética, que consiste em aproveitar a energia cinética do veículo para ativar o alternador para gerar carga total e, nas situações de marcha à frente, o alternador praticamente não trabalhar. É nesse exato ponto que o conceito de “alternador pilotado” ganha relevância.
Conceito de alternador pilotado à Diferentemente dos sistemas de carga convencionais, o alternador que trabalha no sistema de recuperação energética não é o responsável por manter o fornecimento de energia da rede de bordo constantemente; há um compartilhamento nesse fornecimento de energia entre o alternador e a bateria. Isso significa que ora o alternador gera carga e supre as necessidades da rede de bordo, ora ele está praticamente desativado, fazendo com que a bateria tenha que fornecer toda a energia necessária pela rede de bordo.
Já esta figura ilustra o veículo em marcha à frente, mas com o alternador desativado e a bateria suprindo as necessidades de todos os consumidores da rede de bordo. Nesta condição obtêm-se ganhos de economia de combustível e redução de emissão de poluentes, pelo fato de o motor não necessitar movimentar o alternador em condições de campo magnético alto.
Componentes do sistema
Unidade de controle – O sistema de recuperação energética conta com a unidade de interface bus de dados J533 (popularmente conhecida como Gateway) para fazer a gestão do sistema. A Gateway se encarrega de executar diversas funções, tais como:
· intercâmbio de dados entre as unidades de controle conectadas às diversas redes de comunicação;
· gestão de identificação de todos os módulos registrados na lista de componentes, os quais participam do intercâmbio de dados;
· gestão do sistema de proteção de componentes;
· gestão do sistema Start-Stop;
· gestão do sistema de recuperação energética.
Para esta última função, a Gateway analisa as condições da bateria e a demanda de energia da rede de bordo, e gerencia a produção de carga do alternador. Seus regimes de funcionamento são:
· Com a bateria em plenas condições de uso, ao acelerar o veículo com marcha à frente o alternador passa a gerar o mínimo de carga possível. Assim que o condutor retira o pé do acelerador para aproveitar a inércia do veículo, a eletrônica do motor identifica a condição de freio motor; essas informações chegam até a Gateway por meio da rede CAN e, com isso, ela solicita ao alternador que passe a produzir 100 % de carga;
· Caso a bateria esteja sem condições de manter o fornecimento de energia da rede de bordo, a Gateway solicita ao alternador que produza carga constantemente durante todo o deslocamento do veículo.
Alternador – Tem sua construção similar aos alternadores convencionais. Porém, o alternador empregado nos veículos equipados com sistema de recuperação energética possui duas peculiaridades:
· Sistema de roda livre na polia – trabalha similarmente a uma catraca de bicicleta, permitindo o acionamento do rotor do alternador pela correia em um sentido e liberando o movimento desse rotor no sentido contrário. Esse tipo de dispositivo contribui para o aumento da vida útil da correia, pois evita possíveis trancos provocados por alterações bruscas da rotação do motor ou paradas repentinas e, com isso, são reduzidos consideravelmente os ruídos de vibrações. Esse sistema ainda contribui para o aumento da eficiência energética, pois reduz as perdas por fricção.
Procedimento de remoção da polia com roda livre
Para a remoção da polia com roda livre você terá que utilizar uma ferramenta de bloqueio 3400 ou T10474. Em seguida, utilize uma chave-estrela de 17 mm para fazer a alavanca na ferramenta de bloqueio e, por fim, utilize uma chave Torx 45 no eixo do rotor para fazer a soltura da polia.
De acordo com a versão da polia com roda livre, você deverá utilizar a ferramenta de bloqueio adequada, sendo que a T10474 é utilizada para o tipo de polia representado pela letra “A” e a 3400 deve ser utilizada para remover a polia representada pela letra “B”.
A figura ilustra o correto posicionamento das ferramentas para soltura e para fixação da polia com roda livre. Independentemente do modelo, o torque a ser aplicado é de 80 Nm.