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Vamos pensar que um VW Gol G6 1.0 2014 chegou em sua oficina, pois não estava funcionando. Ao tentar dar partida, o motor até gira, mas não permanece em marcha lenta.
1° passo - Com um scanner analisar o sistema de injeção eletrônica e com base no nosso exemplo encontramos falha na bobina de ignição. (Foto 1)
2° passo - verificar o chicote elétrico, desde o bocal da ECU até a bobina e assim certificar que o mesmo não esteja rompido em algum ponto, para isso utilize um multímetro e o esquema elétrico do veículo. Se estiver rompido refaça o chicote, utilizando forro de solda, estanho e isolando, caso não esteja, deve seguir os passos seguintes (ver diagrama na página seguinte).
3° passo – Conecte o osciloscópio no terminal do bocal da ECU referente à saída de sinal para acionamento da bobina, como mostra a foto 2.
O sinal de saída desse pino deve ser semelhante à foto 3.
Se o sinal referente à imagem anterior (ECU REPAIR 4) for encontrado troque a bobina e teste o veículo, caso não seja encontrado, siga o próximo passo.
4° passo – abra a central de injeção eletrônica e encontre o componente responsável pelo acionamento da
bobina de ignição (foto 4).
5° passo – encontre o terminal do drive responsável pela saída do sinal (foto 5).
6° passo – Novamente com o osciloscópio, verifique se o sinal de saída do terminal 33 é semelhante à imagem mostrada anteriormente (ECU REPAIR 4). Se houver sinal, siga a trilha desse terminal do drive até o terminal do bocal da ECU e certifique-se que a trilha não esteja rompida. Caso não haja sinal, siga os próximos passos.
7° passo – Encontre o terminal, em que chega alimentação para o multi-drive (foto 6).
8° passo – Com um multímetro meça a tensão entre o terminal 42 do multi-drive e o GND e certifique-se que a tensão é de 12 volts. Se houver alimentação troque o multi-drive (BOSCH 400049), caso contrário, se não houver alimentação siga a trilha do terminal 42 do multi-drive e conclua que não há trilha rompida.
Importante: Como a ECU é um componente de vital importância para o sistema do veículo e pode acarretar em graves consequências caso ocorra uma falha, é imprescindível que no momento da reparação o técnico responsável pelo serviço utilize certos critérios, como:
1° substituir o componente defeituoso por um com as mesmas especificações do original definido pelo fabricante.
2° após a realização do reparo deve-se testar a ECU em um simulador de bancada e garantir que este simule todo o consumo elétrico do veículo, para que não ocorra falhas quando a ECU for posta em trabalho real.
3° realizar análise técnica do sistema com um scanner e certificar-se que não há falhas.
Seguindo esses critérios e certificando que não há falhas, a ECU pode ser liberada para uso no veículo.
Financeiramente, o reparo de ECU é uma área muito produtiva. De acordo com o exemplo citado, caso o reparador necessite trocar o MULT-DRIVE 40049, irá gastar em torno de R$ 40,00 no componente. Diante disso, não há necessidade de trocar o Módulo de injeção e também não será preciso mexer no sistema de imobilizador. Com isso, o custo pago pelo cliente referente ao serviço será bem menor e a margem de lucro da empresa será bem maior, sem falar em relação ao tempo do serviço, que é bem mais rápido.