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Como diagnosticar patinação na transmissão automática?


A eficiência, a dirigibilidade e a longevidade dos sistemas de transmissão automáticos dependem da perfeita sinergia entre seus componentes internos

Gabriel Navarro
17 de julho de 2025

A patinação, um problema crítico e insidioso, ocorre quando há perda de atrito entre os pacotes de embreagens, bandas ou mesmo no conversor de torque. Esse fenômeno resulta em um descompasso entre a rotação do motor (RPM) e a velocidade efetiva do veículo, impactando negativamente o desempenho e a economia de combustível.

A patinação em transmissões automáticas não apenas prejudica a performance do veículo, mas também pode ocasionar danos progressivos aos componentes internos, elevando os custos com manutenção e reparo. Esse problema, muitas vezes identificado apenas após sintomas evidentes, requer uma abordagem diagnóstica sofisticada para garantir a identificação precoce e a aplicação de medidas corretivas eficazes.



Sintomas

 Aumento Anormal de RPM sem Correspondência na Aceleração

Quando o motor apresenta elevação anormal nas rotações sem que haja ganho proporcional na velocidade do veículo, é um indício claro de que o torque não está sendo transmitido de forma adequada para as rodas.

·         Possíveis Causas:

Desgaste de Componentes: O atrito excessivo pode desgastar as placas de pacotes de embreagens ou bandas.

Pressão Hidráulica Insuficiente: Problemas no sistema hidráulico, como baixa pressão, comprometem o acoplamento dos componentes.

Degradação do Fluido de Transmissão: O fluido ATF deteriorado ou contaminado não garante a viscosidade e a lubrificação necessárias.

Trocas de Marcha Irregulares e Lentidão no Engate

Descrição: Marchas que não engatam suavemente ou de maneira rápida podem indicar falhas tanto na modulação eletrônica, controlada pelo Transmission Control Module (TCM), quanto em possíveis vazamentos no circuito hidráulico.

Impactos: Este sintoma pode levar a uma resposta atrasada do veículo, prejudicando a segurança e o conforto na condução.

Ruídos e Superaquecimento

Descrição: Sons anormais como chiados ou zumbidos podem ser indicativos de cavitação no fluido ou problemas na bomba hidráulica. Além disso, temperaturas elevadas (acima de 120°C, conforme medições via sensor OBD-II) aceleram a oxidação do ATF, contribuindo para a degradação do sistema.

Consequências: O superaquecimento não só agrava a patinação, como também pode desencadear falhas catastróficas em componentes críticos



Metodologia de Diagnóstico

Inspeção do Fluido de Transmissão (ATF)

Verificação de Nível: Um volume baixo do ATF pode indicar vazamentos, que devem ser rastreados verificando selos, radiador e linhas de conexão.

Análise de Cor e Odor:

o   Condição Ideal: Fluido com coloração vermelho claro, indicando ATF novo e sem contaminação.

o   Problemas Indicados: Coloração marrom escuro ou preta e odor de queimado sugerem degradação térmica ou contaminação por partículas de material de fricção.

Teste de Viscosidade: Um ATF que apresenta viscosidade alterada (muito espesso ou excessivamente diluído) afeta diretamente a pressão hidráulica, comprometendo o funcionamento dos atuadores.

Medição da Pressão Hidráulica

Procedimento: A utilização de manômetros acoplados às galerias de pressão, conforme especificações do fabricante, é essencial para medir a pressão interna do sistema.

Valores de Referência:

o   Marcha Lenta: Entre 15 e 30 psi.

o   Durante Aceleração: Entre 60 e 180 psi.

Interpretação: Valores abaixo do esperado podem indicar desgaste da bomba hidráulica, obstrução nas válvulas reguladoras ou vazamentos internos, como falhas em anéis de vedação.

Diagnóstico Eletrônico com Scanner OBD-II

Leitura de Códigos de Falha:

o   Código P0730: Indica “relação de marcha incorreta”, sugerindo falhas nos pacotes de embreagens ou no sistema hidráulico.

o   Código P0741: Sinaliza “conversor de torque sem engate”, podendo estar relacionado a problemas no lock-up clutch ou solenoide.

Monitoramento em Tempo Real: Analisar parâmetros como a velocidade de entrada e saída da transmissão e o ciclo de trabalho dos solenoides é crucial para identificar desvios operacionais.

Inspeção do Conversor de Torque

Teste de Stall Speed: Realizado com o veículo em "D" ou "R" com o freio acionado. Uma rotação superior à especificada indica patinação no lock-up clutch.

Análise do ATF: A presença de partículas metálicas no fluido, verificada através de ímãs, pode confirmar o desgaste interno do conversor.



Procedimentos Corretivos

Manutenção do Fluido e Filtro

Troca do ATF: Utilizar o fluido conforme especificações do fabricante é fundamental para restaurar a viscosidade e a capacidade de lubrificação.

Flush Hidráulico: Em casos severos, a realização de um flush hidráulico pode remover contaminações e resíduos, excetuando-se transmissões que já apresentem desgaste avançado.

Reparo e Substituição de Componentes

Componentes Mecânicos: A substituição de pacotes de embreganes, bandas e selos danificados é necessária para restaurar a integridade do sistema.

Corpo de Válvulas: Se houver riscos ou entupimentos, a retífica ou substituição do corpo de válvulas é recomendada.

Conversor de Torque: Em casos críticos, o recondicionamento do conversor – incluindo o revestimento das áreas de fricção ou a substituição total do conjunto – pode ser indispensável.

Reconfiguração Eletrônica

Reset e Reaprendizado da TCM: A reprogramação do Transmission Control Module, através de scanners profissionais, pode recalibrar os parâmetros e melhorar a resposta da transmissão.

Recomendações para Prevenção

Intervalos de Manutenção

Periodicidade: Realizar a troca do ATF conforme as especificações do manual do veículo, garantindo a preservação das propriedades do fluido.

Uso Adequado e Monitoramento Constante

Evitar Sobrecargas: Operar o veículo dentro dos limites de carga recomendados, evitando reboques que excedam a capacidade do sistema.

Condução Suave: Minimizar acelerações abruptas e “pontas” frequentes, que podem acelerar o desgaste dos componentes.

Instalação de Sensores: Em veículos de alto desempenho, a instalação de medidores de temperatura específicos para a transmissão pode fornecer um monitoramento contínuo, possibilitando intervenções preventivas.

A implementação de uma abordagem diagnóstica avançada, combinada com uma manutenção preventiva rigorosa, é essencial para mitigar os riscos associados à patinação em transmissões automáticas. O uso de técnicas precisas, aliado à análise detalhada dos sinais e parâmetros operacionais, permite não apenas a identificação precoce dos problemas, mas também a aplicação de soluções corretivas que preservam a eficiência e prolongam a vida útil do sistema de transmissão.

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