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Em 2012, todos os veículos movidos a diesel fabricados no País devem obedecer uma nova norma de emissões de gases, batizada de Proconve 7, derivada da Euro 5, que em resumo vai obrigar as montadoras a escolher por duas tecnologias pós-tratamento: EGR (recirculação dos gases) ou SGR (adição de uréia).
Até lá, continua valendo a tecnologia atual, equivalente à Euro 3. E, sob esta legislação, a Ford Caminhões acaba de lançar a linha 2012 da família Cargo, com nada menos de 11 modelos, de 13 a 31 toneladas, sendo que cinco chega com a opção de cabine leito. Reformulada, a linha Cargo ganhou nova cabine, que segundo executivos da marca ficou mais confortável, ergonômica e funcional.
Externamente, os modelos ganharam aparência mais limpa, com destaque para o grande oval com a marca Ford ao centro, o maior emblema já utilizado pela montadora em todos os tempos, e as tomadas de ar laterais, com aplicações em plástico preto, que chamam atenção de quem repara no modelo pela primeira vez.
E, pela primeira vez, a marca lançou mão do mesmo centro de estilo utilizado pela divisão de automóveis, o que deixou a linha Cargo com um toque familiar para quem está acostumado ao design dos carros Ford.
Mecânica
A motorização dos Ford Cargo não foi alterada, continua sendo os bons e velhos Cummins que o reparador está acostumado. Ao todo são quatro versões de propulsores todos com injeção eletrônica Common Rail (veja tabela): 170cv (quatro cilindros em linha e 600Nm de torque), 220cv (seis cilindros em linha com 820Nm de torque), 275cv (seis cilindros em linhas e 950Nm) e 320cv (seis cilindros em linha e 1.288Nm).
Já a transmissão apresenta novidades, como a sincronização de marchas e o uso de embreagem com cabos que oferece mais conforto ao condutor. Segundo a Ford, o sistema utilizado nos modelos 1317, 1517 e 1717, batizado de catapult, reduz em dois quilos o esforço do motorista (de 18kg para 16kg).
Com toda essa preocupação com conforto, segurança e robustez é de se estranhar a Ford não adotar câmbio automático ou automatizado na nova geração dos Cargo, porém pode ser que esteja guardando para o ano que vem, quando terá de mudar os motores, de acordo com a nova legislação de emissões de combustível.
Undercar
Com o novo projeto, a Ford anunciou melhorias no sistema de freios com a adoção de uma unidade processadora de ar, com secador de ar, regulador de pressão, válvulas de proteção de multicircuitos (6 vias) e limitadores de pressão. Em resumo, permite a aplicação de acessórios na linha pneumática (suspensão do banco, ajuste pneumático da coluna de direção, enchimento de pneus e limpeza da cabine) sem comprometer o sistema de freios, que conta com vias específicas para o freio dianteiro, traseiro, de estacionamento e da carreta.
“É comum os usuários fazerem uma bifurcação nos sistemas de ar comuns para limpar a cabine, o que não é recomendado por questão de segurança. Pensando nisso, a cabine do Novo Cargo conta com uma saída de ar específica para esse fim, sem interferir no sistema principal”, explica Sílvia Fioravanti, engenheira de Desenvolvimento de Freios da Ford.
Interior
Com cabine remodelada, diversos itens são novos no Cargo, mas um chama atenção especial, a utilização de uma única chave para os comandos dos piscas, farol alto, buzina, lavador e limpador do para-brisas, posicionada no lado esquerdo da direção. Este recurso, segundo a Ford, simplifica o acesso a diversas funções do veículo e evita distrações ao volante, oferecendo ao mesmo tempo grande robustez e durabilidade. Em outras palavras, economiza espaço e custo.
Manutenção
Uma preocupação constante da Ford durante a apresentação do veículo foi dizer que os novos Cargo mantêm os mesmos custos de manutenção dos modelos anteriores. “Quando apresentamos um modelo reformulado, todos questionam, mas será que a operação vai encarecer com este novo modelo? A resposta é não”, garante Silvio Cebele, gerente de manutenção da Ford caminhões.
De certa forma, a montadora realizou algumas alterações nos modelos, com objetivo de tornar a operação mais simples. Uma delas foi a aplicação de um capô plástico para verificação dos níveis de óleo e água, sem a necessidade de levantar a cabine. Além disso, passou a utilizar um sistema de basculamento com acionamento hidráulico, que possibilita abertura em 60°, e melhor acesso ao motor.