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De origem fóssil, o diesel é extraído do petróleo e representa a maior fração durante o processo de destilação, chegando a 40% do total de um barril, sendo seguido pela gasolina que atinge 18%. Vale lembrar que a origem do petróleo pode alterar estes percentuais.
A razão do uso extensivo do diesel está na sua eficiência e na alta produtividade quando comparado com os outros derivados do petróleo. Tomando como base comparativa a gasolina e o diesel, o aproveitamento energético fica assim definido:,
• Gasolina – de 20 a 25%
• Diesel – de 30 a 35%
Estes números podem melhorar com a adição de novas tecnologias e a indústria automotiva investe muito para atingir 50% de eficiência destes motores que utilizam combustíveis fósseis.
A diferença observada entre o motor diesel e o motor a gasolina reside em algumas condições técnicas:
• O motor a gasolina funciona com uma taxa de compressão de 8:1 a 12:1, já no motor diesel, a taxa vai de 15:1 a 25:1.
• A temperatura na câmara de combustão atinge 400º graus nos motores a gasolina e 600º nos motores diesel.
Conforme a resolução n°42 da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) os óleos diesel de uso rodoviário podem ser classificados em óleo diesel A e óleo diesel B, sendo o tipo A o combustível produzido através do refino de petróleo sem adição de biodiesel, já o tipo B possui adição de biodiesel, respeitando o teor estabelecido pela legislação desde 2008 que, em junho de 2019, passou para 11%.
Seu uso é amplo em veículos rodoviários, ferroviários, marítimos e em geradores de energia elétrica.
Pesquisas indicam que 61,1% de toda a carga transportada no país é por meio rodoviário; 21,0% é realizado por ferrovias, 14% pelas hidrovias e terminais portuários fluviais e marítimos e apenas 0,4% por via aérea e o combustível que movimenta tudo isso é o diesel, menos na aviação.
Para atender às diversas aplicações, vários tipos de diesel são encontrados no mercado.
• Veículos automotivos;
• Máquinas agrícolas;
• Máquinas de construção;
• Máquinas industriais.
O diesel S-10, que contém o menor teor de enxofre, cerca de 10 miligramas para cada 1.000.000 de miligramas do produto (10 partes por milhão), substituiu o diesel S-50. Este combustível é adequado para as novas tecnologias de controle de emissões dos novos motores a diesel fabricados a partir de 2012. Ele possibilita a redução das emissões de material particulado em até 80% e de óxidos de nitrogênio em até 98%, não foi só o motor que evoluiu, o combustível também.
A coloração diferenciada é uma medida para evitar que o diesel com maior teor de enxofre seja comercializado como diesel S-10 que possui coloração de incolor a amarelada, (10 ppm de enxofre) , já o S500 tem cor avermelhada (500 ppm de enxofre).
Para motores ciclo Diesel que funcionam em baixas temperaturas (até -5°C), não impede o entupimento dos filtros devido à boa fluidez, dispensando aditivação de anticongelantes, com limite de enxofre de 500 ppm e bastante comercializado no sul do país.
No mercado também há diesel aditivado (S-10/S-500) que recebe um pacote de aditivos que garantem máxima eficiência do motor, devido aos benefícios que oferecem:
Detergente/dispersante: A função detergente reduz a formação de depósitos no sistema de injeção, previne o aumento de consumo e das emissões ao longo do uso, a função dispersante evita a aglomeração e precipitação de partículas insolúveis.
Benefícios: melhor combustão; maior durabilidade do motor (baixa formação/menor acúmulo de resíduos); manutenções mais espaçadas (redução dos custos de manutenção); melhoria da qualidade do ar, reduzindo a emissão de gases poluentes; aumento do tempo de vida do sistema de filtração.
Anticorrosivo: Evita a corrosão das partes metálicas do sistema de combustível, linhas de transferência e tanques por eventual presença de água.
Benefício: proteção do motor contra corrosão.
Antiespumante: Reduz a formação de espuma durante o momento do abastecimento, permitindo que esta operação seja feita de forma mais adequada e mais rápida, evitando a perda de volume de tanque com a espuma que seria formada.
Desemulsificante: Evita emulsão com água, o que melhora o processo de drenagem e limpeza do sistema dos tanques de armazenagem.
• Mineração a céu aberto;
• Transporte ferroviário;
• Geração de energia elétrica (termelétricas e geradores).
O setor ferroviário conta com o diesel mais comercializado no Brasil, conhecido como diesel interior, possui características que o diferenciam do diesel metropolitano que está na concentração de 1800 partes por milhão de enxofre, o que corresponde a 0,18% desse elemento no diesel, e a aplicação de um corante vermelho para um reconhecimento rápido pelos consumidores.
Destinado a motores diesel utilizado em embarcações marítimas, difere do óleo diesel automotivo comercial apenas na necessidade de se especificar a característica de ponto de fulgor relacionada a maior segurança deste produto em embarcações marítimas. Como ponto de fulgor entende-se a menor temperatura que o óleo diesel vaporiza em quantidade suficiente para formar com o ar uma mistura explosiva. Para o óleo diesel marítimo o ponto de fulgor é fixado em um valor de 60°C.
Também existem tipos especiais para a Marinha e para uso no oceano Ártico e apresentam maior rigidez quanto às características de ignição, de volatilidade, de escoamento a baixas temperaturas e de teor de enxofre.
Este setor conta com o óleo diesel premium, denominado Verana, possui o maior número de cetanos e o menor teor de enxofre do segmento, além de contar com o menor nível de emissão de poluentes do segmento marítimo, comparando com o diesel marítimo que possui 5.000 partes por milhão de enxofre (S-5000), o Verana possui apenas 10 (S-10).
Este diesel se diferencia em detalhes como o aroma, que proporciona mais conforto a bordo e sendo mais adequado ao lazer.