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A declaração do Imposto de Renda
Pessoa Física (IRPF) começa na próxima semana e ainda causa dúvidas entre
empresários.
Muitos donos de oficinas e
autopeças não sabem quais rendimentos devem declarar, quais despesas são
dedutíveis e como evitar cair na malha fina. Segundo Simoni Luduvice,
sócia-proprietária da Mectax, juntamente com a Amanda Medeiros, líder em gestão
de oficinas no Brasil, o principal erro é a falta de controle financeiro e de
documentação adequada.
“Muitos mecânicos e empresários
do setor acabam misturando despesas pessoais e empresariais, deixando de
informar rendimentos corretamente ou omitindo a compra e venda de bens, o que
pode gerar problemas sérios com a Receita Federal”, alerta Simoni.
Quem deve declarar?
Todos os donos de oficinas,
autopeças ou empresas de transporte que se enquadrem nas seguintes regras:
·
Rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90;
·
Rendimentos isentos acima de R$ 200.000,00;
·
Ganho de capital com a venda de imóveis;
·
Movimentação na bolsa acima de R$ 40.000,00;
·
Rendimentos de atividade rural acima de R$
153.000,00.
Quais documentos são
importantes?
De acordo com Simoni, informes de
rendimentos, de bancos e investimentos, informes de empresa que trabalha e
outras fontes de rendimentos, comprovantes de despesas médicas e com educação,
comprovantes de compra e venda de bens, comprovantes de pagamentos a
profissionais liberais também. “Uma dica é seguir a evolução patrimonial do ano
anterior. pE bom ter a declaração do ano passado para conferência”, alerta.
Saiba mais: 10 Motivos para você, mecânico, não ficar de fora do conecta 2025!
Erros mais comuns e como
evitá-los
Os principais equívocos que levam
empresários do setor automotivo à malha fina são:
·
Não declarar a evolução patrimonial: a Receita
Federal cruza informações e pode identificar discrepâncias entre rendimentos e
patrimônio.
·
Inconsistências nos rendimentos: esquecer de
incluir informes de bancos, salários e investimentos pode gerar multas.
·
Não informar a compra ou venda de bens:
veículos, imóveis e equipamentos devem ser registrados na declaração.
·
Uso incorreto do CPF em compras: despesas
realizadas em nome do contribuinte podem ser comparadas com os rendimentos
declarados.
“A melhor forma de evitar
inconsistências é buscar um profissional de contabilidade que processe os dados
corretamente e use bases legais para otimizar a tributação”, orienta Simoni.
O que ninguém sabe
“Muitos mecânicos estão deixando dinheiro na
mesa porque não se valem dessa estratégia contábil”, afirma a especialista, que
completa “o apoio contábil com especialista na área podem ajudar empresários do
setor a otimizar tributos, garantir conformidade fiscal e aumentar a
lucratividade.
Um dos exemplos dessa situação é
o seguinte: os donos de oficinas que investem em tecnologia e inovação têm mais
chances de se estabelecer no mercado, gerando mais faturamento e controlando
gastos. Dessa forma os relatórios contábeis conseguem demonstrar com clareza,
e, diante de normas, a mecânica tem de lucratividade e estes resultados podem
ser distribuídos aos sócios de acordo com quotas de capital, sob a luz da
Legislação, sendo assim, não precisando pagar imposto de renda. Esta situação mostra a importância de ter
profissionais especializados no controle contábil.
Como se organizar para a
declaração
Para evitar problemas, o ideal é
manter um arquivo centralizado com todos os comprovantes de despesas dedutíveis
e rendimentos do ano. Além disso, Simoni recomenda que empresários do setor
automotivo façam um checklist com:
·
Informes de rendimentos bancários, investimentos
e salários;
·
Comprovantes de compra e venda de bens;
·
Comprovantes de despesas médicas, educação e
previdência;
·
Notas fiscais de serviços contratados.
A Receita Federal tem ampliado
sua capacidade de cruzamento de dados, então confiar no mito de que “o fisco só
pega peixe grande” pode sair caro. “Até pequenos empresários e MEIs estão sendo
monitorados. A Receita tem acesso a informações de cartórios, operadoras de
cartão de crédito e empresas de saúde”, explica Simoni.
O prazo para entrega da
declaração vai de 17 de março a 31 de maio de 2025. Quem perder a data pode
pagar multa de até 20% do imposto devido. Para evitar dores de cabeça, a
recomendação é se antecipar, manter registros organizados e contar com apoio
contábil especializado.