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O reparador de motocicletas multimarcas nem sempre tem o suporte dos fabricantes para resolver dúvidas diárias e também não pode recusar serviço. Em alguns casos, no momento do reparo sempre há uma insegurança e incerteza
É comum em treinamentos sobre injeção eletrônica, os instrutores utilizarem com maior frequência a nomenclatura de uma determinada montadora, fazendo menção à tecnologia dos demais fabricantes em um momento muito breve. O aluno reparador, perdido nessa confusão de termos, nem sempre consegue perceber que há muitas semelhanças entre as montadoras, sejam elas no funcionamento, nos diagnósticos ou na reparação do sistema de injeção eletrônica da motocicleta.
Infelizmente não há uma linguagem universal para as nomenclaturas dos sensores, atuadores, códigos de falhas e demais componentes. Cada fabricante tem o seu e, pior ainda, alguns utilizam siglas em inglês.
Podemos concluir que os sistemas de injeção eletrônica utilizados na maioria das motocicletas foram pensados da mesma forma. Porém, para cada fabricante, o que determina qual tecnologia adotar é a relação custo/benefício. Para o reparador, o melhor conselho a ser dado é ter uma biblioteca com a maioria dos manuais de serviços, onde ele possa consultar os nomes, apelidos, padrões de tolerância e os procedimentos de diagnósticos.
Com um pouco de esforço e bom senso, o mecânico perceberá que o formato da peça, o local de instalação, função do componente e a solução para a maioria dos problemas serão sempre semelhantes, independente da marca e modelo de moto.
Dicas importantes
Ao consultar um manual de serviços, observe o ano e modelo da motocicleta. Pode ser que haja incompatibilidade de componentes e o dado padrão será incorreto. Na aplicação de uma peça, observe que alguns componentes eletroeletrônicos têm a mesma função e formato, mas podem ter diferenças na resistência elétrica e voltagem. O injetor de combustível de motores a gasolina é diferente de um injetor para as motocicletas Mix, o tratamento anticorrosão também é um diferencial nas peças das motocicletas Flex. As demais peças do sistema elétrico e mecânicas também podem ter pequenas diferenças não perceptíveis, por isso é bom ficar atento.
Quanto ao scanner Yamaha, a aplicação é dada em alguns modelos da marca. Nos demais, as funções de ferramenta de diagnósticos e ajuste de CO já estão incorporadas ao painel da moto. Quanto ao scanner multimarcas Chiptonic, o site do fabricante possui a lista de motocicletas atendidas pela sua ferramenta.
Nota: caso haja um defeito presente, o código de defeitos pode ser dado em forma de piscadas na lâmpada do painel ou convertido em um determinado código por meio de um scanner. Com o código e falhas em mãos, consulte o manual de serviços recomendado pelo fabricante e aplique os procedimentos determinados para a solução do problema.
Veja alguns exemplos ilustrativos:
Com o objetivo de facilitar o entendimento, desenvolvemos um glossário dividido em duas tabelas, onde comparamos os códigos de falhas mais comuns de cinco fabricantes e os nomes dos componentes.
As tabelas atendem as motocicletas de baixa cilindradas, em algumas os defeitos são apresentados em forma de piscadas na lâmpada do painel, outros os códigos aparecem diretamente no scanner.