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Com a evolução dos motores, as exigências são cada vez mais rigorosas. O pistão deixou de ser de ferro fundido, algo natural, pois o cilindro também era do mesmo material. Passou a ser de liga de alumínio fundido em um molde, mais leve, com boa resistência mecânica e dissipação de calor eficiente. Porém, surgiram algumas diferenças no coeficiente de dilatação térmica e na dissipação do calor, visto que o cilindro também passou a ser de alumino, mas ainda tinha sua camisa de ferro fundido, em alguns casos inserido sob pressão.
Com o domínio da tecnologia do forjamento de pistões, houve um ganho significativo no desenvolvimento de potências no motor, pois este processo possibilita exatidão na confecção da peça, superando os fabricados nos processos anteriores.
Mesmo assim, ainda havia alguns desafios: o do coeficiente de dilatação térmica e dissipação de calor, nas motocicletas de alta cilindrada com a contínua evolução dos motores e a potência chegando até três dígitos. Então, percebeu-se a necessidade de melhorar as características do arrefecimento e dilatação do motor aplicando a tecnologia do revestimento interno da superfície do cilindro. Atualmente os fabricantes aplicam está tecnologia nos mais variados modelos de moto independente da cilindrada, sempre buscando o melhor desempenho, melhor lubrificação e menor emissão de poluentes pela queima de óleo de motor. Hoje são utilizados até em motocicletas de 250cc .
Descrição
A tecnologia do revestimento cerâmico superou os desafios impostos pelas diferenças de coeficientes de dilatação térmica e dissipação de calor. O cilindro é feito totalmente de alumínio e revestido com uma fina camada de material à base de cerâmica composto de partículas de níquel - fósforo, fator metalúrgico determinante para aumentar a dureza e melhorar a resistência ao atrito. Este revestimento possui grande capacidade de dissipação de calor e de preservação da película do óleo. Também possui altíssima resistência ao desgaste. E, no conjunto conseguiu-se uma folga constante entre as peças eliminando as possibilidades de distorções geométricas quando submetido à alta temperatura. Toda essa tecnologia garante vida longa ao conjunto de cilindro, pistão e anéis e é aplicada aos cilindros com arrefecimento líquido e a ar.
Funcionamento do motor
Durante o funcionamento do motor, o cilindro é submetido às pressões elevadíssimas e ao calor, derivados da combustão e do atrito das peças móveis. Por exemplo, no deslocamento entre o ponto morto superior e o ponto morto inferior e assim sucessivamente, quando o motor esta a 10.000 rpm o pistão de uma motocicleta 125 cc atinge a velocidade média próxima dos 60 km/h, resultado bem superior a qualquer automóvel de série.
Por esse motivo, o ajuste de cada peça deve ser preciso e a resistência mecânica elevada para garantir a tolerância, permitir liberdade ao movimento das peças e assegurar uma película de óleo, reduzindo assim o atrito e possibilitando a troca de calor adequada do motor.
Vantagens
Redução nas emissões de poluentes, no consumo de óleo do motor e de combustível. É mais leve que os cilindros tradicionais cerca de 20%, maior durabilidade do conjunto pistão, anéis e cilindro, menor número de peças na reparação tradicional (somente pistão e anéis), não há necessidade de retifica e o rendimento do motor é maior e mais estável.
Para um caso mais extremo ai sim são substituídos o conjunto cilindro, pistão e anéis.
A manutenção do filtro de ar é um dos grandes segredos da durabilidade deste motor.
Desvantagem
Na prática não há desvantagem, porém pela falta de informação de alguns reparadores alguns mitos e lendas populares são propagados e afirmam de forma categórica a necessidade da substituição do cilindro quando o motor estiver cansado.
Algo que só pode ser comprovado quando se efetua as medições do conjunto.