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Na edição anterior apresentamos o sensor de oxigênio e explicamos como proceder com os diagnósticos da peça nas motocicletas 250cc da Yamaha e seus respectivos códigos de anomalias. Agora vamos apresentar um resumo dos procedimentos de análise do sensor lambda no sistema PGM-FI da Honda para motocicletas CB/XRE 300 e também seus respectivos códigos de falhas.
O sensor lambda é composto por 4 fios sendo que dois deles correspondem a resistência de aquecimento e os demais ao próprio sensor. A peça tem como principal função auxiliar o ECM – Eletronic Control Module, conhecida como “módulo de controle do motor”, reconhecer qual a condição da mistura ar/combustível através da concentração de oxigênio no escapamento a fim de proporcionar o ajuste ideal na quantidade de combustível injetado no motor, contribuindo para emissões mais limpas decorrentes da queima da mistura, atingindo índices em conformidade aos estabelecidos na lei que a cada dia estão mais exigentes.
Uma vantagem do sensor pré-aquecido é que sua operação torna-se mais rápida e não depende da temperatura do motor para o seu funcionamento, pois a resistência elétrica se encarrega de acelerar o aquecimento da sonda lambda.
De acordo com o manual de serviços do fabricante, o sistema PGM-FI é equipado com a função “à prova de falhas“, a fim de garantir as mínimas condições de funcionamento, mesmo que ocorra algum defeito. Quando alguma anormalidade for detectada pela função ‘autodiagnose’, a capacidade de funcionamento será mantida devido aos valores pré-estabelecidos nos mapas do programa de simulação. Um ponto importante que é levar em consideração a segurança do usuário evitando assim uma possível queda.
Mas fique atento: normalmente quando a luz indicadora de mau funcionamento localizada no painel da motocicleta piscar indicando problemas relacionados ao sensor de oxigênio, ele pode ter sido afetado, mas necessariamente não é a “causa do problema”.
Apenas trocar o componente não é a solução. O reparador responsável deve buscar a origem do problema, que pode estar em outro componente da motocicleta assim como em uma regulagem mal feita.
DIAGNOSE PGM-FI
*(informações compartilhadas do manual de serviços da motocicleta ano 2009)
Antes de iniciar qualquer diagnóstico certifique-se que a bateria está em boas condições.
Se o sistema estiver funcionando corretamente, sempre que a chave de ignição for ligada, a luz da injeção permanecerá acesa durante alguns segundos e apagará posteriormente sem emitir nenhuma piscada.
Para obter o código de defeitos da memória do ECM pela quantidade de piscadas da luz indicadora do painel, basta deixar o contato da ignição ligado ou deixar a moto em marcha lenta do motor. Se houver mais de um defeito serão apresentados em ordem crescente, e se a rotação do motor estiver superior a 2000 rpm a luz ficará acesa sem piscar.
O sistema PGM-FI irá identificar rapidamente e converter o sinal em piscadas da luz de anomalia, conhecida como MIL (Malfunction Indicator Lamp) “21” piscadas para mau funcionamento no circuito do sensor e “23” piscadas para o aquecedor do sensor. Lembrando que uma piscada longa equivale a “10” e uma curta é igual a “1”.
Neste caso devem ser inspecionadas todas as conexões do sistema para que seja eliminada a possibilidade de uma substituição de peça sem a devida necessidade. Também devem ser consideradas todas as dicas apontadas na edição anterior do jornal.
LEITURA DE DEFEITOS
Remova o assento, e com a chave de ignição desligada remova a tampa (normalmente é vermelha) que protege o DLC (Data Link Connector) conector de dados neste modelo, localizado na rabeta. (figura 1)
Faça um curto-circuito entre os terminais do conector utilizando um conector apropriado (SCS) ou um pedaço de fio. (figura 2)
Atenção para não jampear os fios errados, pois a conexão deve ser feita entre os fios Azul e o Verde.
Ligue o interruptor de ignição, observe e registre o número de piscadas do Mil e veja se corresponde ao sensor.(figura 3)
Se houver algum código de defeito armazenado no histórico do ECM, o Mil começará a piscar.
Na próxima edição veremos a sequência deste assunto que se contemplará os processos de inspeção do sensor de oxigênio, teste do aquecedor do sensor e o procedimento utilizado para “limpar” o código de defeito memorizado pela central de injeção da motocicleta.
Esspero que estejam gostando do conteúdo e aguardo vocês na próxima edição com a continuação deste tema tão recorrente em nossas oficinas. Boa leitura a todos e até a próxima edição.