Notícias
Vídeos

As dúvidas continuam - Parte 2 sensor de oxigênio da Honda CB 300R sistema PGM-FI


O mau funcionamento do sensor ou do aquecedor podem ter como causa os seguintes itens: mau contato nas conexões do sensor, circuito aberto, falha no “ECM” ou falha no sensor. Combustível de baixa qualidade também pode danificar a peça

Por: Paulo José de Sousa - 15 de julho de 2013

Na edição anterior apresentamos o sensor de oxigênio e explicamos como proceder com os diagnósticos da peça nas motocicletas 250cc da Yamaha e seus respectivos códigos de anomalias. Agora vamos apresentar um resumo dos procedimentos de análise do sensor lambda no sistema PGM-FI da Honda para motocicletas CB/XRE 300 e também seus respectivos códigos de falhas.

O sensor lambda é composto por 4 fios sendo que dois deles correspondem a resistência de aquecimento e os demais ao próprio sensor. A peça tem como principal função  auxiliar o ECM – Eletronic Control Module, conhecida como  “módulo de controle do motor”, reconhecer qual a condição da mistura ar/combustível através da concentração de oxigênio no escapamento a fim de proporcionar  o ajuste ideal na quantidade de combustível injetado no motor, contribuindo para emissões mais limpas decorrentes da queima da mistura, atingindo  índices em conformidade aos estabelecidos na lei que a cada dia estão mais exigentes.

Uma vantagem do sensor pré-aquecido é que sua operação torna-se mais rápida e não depende da temperatura do motor para o seu funcionamento, pois a resistência elétrica se encarrega de acelerar o aquecimento da sonda lambda.

De acordo com o manual de serviços do fabricante, o sistema PGM-FI é equipado com a função “à prova de falhas“, a fim de garantir as mínimas condições de funcionamento, mesmo que ocorra algum defeito. Quando alguma anormalidade for detectada pela função ‘autodiagnose’, a capacidade de funcionamento será mantida devido aos valores pré-estabelecidos nos mapas do programa de simulação. Um ponto importante que é levar em consideração a segurança do usuário evitando assim uma possível queda.

Mas fique atento: normalmente quando a luz indicadora de mau funcionamento localizada no painel da motocicleta piscar indicando problemas relacionados ao sensor de oxigênio, ele pode ter sido afetado, mas necessariamente não é a “causa do problema”.

Apenas trocar o componente não é a solução. O reparador responsável deve buscar a origem do problema, que pode estar em outro componente da motocicleta assim como em uma regulagem mal feita.

DIAGNOSE PGM-FI
*(informações compartilhadas do manual de serviços da motocicleta ano 2009)

Antes de iniciar qualquer diagnóstico certifique-se que a bateria está em boas condições.

Se o sistema estiver funcionando corretamente, sempre que a chave de ignição for ligada, a luz da injeção permanecerá acesa durante alguns segundos e apagará posteriormente sem emitir nenhuma piscada.

Para obter o código de defeitos da memória do ECM pela quantidade de piscadas da luz indicadora do painel, basta deixar o contato da ignição ligado ou deixar a moto em marcha lenta do motor. Se houver mais de um defeito serão apresentados em ordem crescente, e se a rotação do motor estiver superior a 2000 rpm a luz ficará acesa sem piscar.

O sistema PGM-FI irá identificar rapidamente e converter o sinal em piscadas da luz de anomalia, conhecida como MIL (Malfunction Indicator Lamp)  “21” piscadas para mau funcionamento no circuito do sensor e “23” piscadas para o aquecedor do sensor. Lembrando que uma piscada longa equivale a “10” e uma curta é igual a “1”.

Neste caso devem ser inspecionadas todas as conexões do sistema para que seja eliminada a possibilidade de uma substituição de peça sem a devida necessidade. Também devem ser consideradas todas as dicas apontadas na edição anterior do jornal.

LEITURA DE DEFEITOS
Remova o assento, e com a chave de ignição desligada remova a tampa (normalmente é vermelha) que protege o DLC (Data Link Connector) conector de dados neste modelo, localizado na rabeta. (figura 1)

Foto 1 e 2
Faça um curto-circuito entre os terminais do conector utilizando um conector apropriado (SCS) ou um pedaço de fio. (figura 2)

Atenção para não jampear os fios errados, pois a conexão deve ser feita entre os fios Azul e o Verde.

Foto 3

Ligue o interruptor de ignição, observe e registre o número de piscadas do Mil e veja se corresponde ao sensor.(figura 3)

Se houver algum código de defeito armazenado no histórico do ECM, o Mil começará a piscar.

Na próxima edição veremos a sequência deste assunto que se contemplará os processos de  inspeção do sensor de oxigênio, teste do aquecedor do sensor e o procedimento utilizado para “limpar” o código de defeito memorizado pela central de injeção da motocicleta.

Esspero que estejam gostando do conteúdo e aguardo vocês na próxima edição com a continuação deste tema tão recorrente em nossas oficinas. Boa leitura a todos e até a próxima edição.