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Renault Logan traz visual novo com coração antigo


Deixando de ser o “patinho feio” da marca, Logan chega para brigar com Grand Siena e novo Prisma apostando em design e conjunto

Por: Fernando Naccari Alves Martins - 10 de dezembro de 2013

A Renault decidiu surpreender e aposentar o visual pacato do velho Logan. Pacato para não dizer feio, já que a própria montadora admite isso “nas entrelinhas” quando expõe sua nova propaganda com a frase “acredite, é o Logan”.

Com sua nova característica, o novo Logan quebrou um pouco o paradigma de que o bonito tem que ser mais caro, pois em sua categoria, onde disputa mercado com Fiat Grand Siena e GM Novo Prisma, não perde em nada no visual e ainda é o mais barato.

Agora o exterior conta com linhas arredondadas equilibradas entre a seriedade e a esportividade.


O para-choque dianteiro está mais encorpado e envolvente, com faróis de duplos refletores e grade frontal com friso cromado, alojando o símbolo da Renault com maior evidência ao centro. Na versão Dynamique, ainda há moldura cromada envolvendo os faróis de neblina. O capô ainda conta com frisos que descem em direção aos faróis, harmonizando o visual e garantindo aspecto esportivo.

A traseira é mais simples e harmônica, mas não deixa nada a desejar “casando bem” com o novo design do veículo. A tampa do porta-malas é caracterizada ainda por um vinco na horizontal que dá a impressão de tratar-se de um aerofólio.

A nova carroceria, que já era um dos pontos fortes do sedã, agora possui 2,63m de distância entre-eixos, 4,35m de comprimento, 1,73m de largura (sem retrovisores) e 1,52m de altura.

Já seu interior não recebeu tamanha revolução, mas também é novo. Como opcional, podem-se escolher o sistema Media NAV 1.2, com tela de 7” integrada ao painel, ar condicionado automático, piloto automático, limitador de velocidade e sensor de estacionamento, já o indicador de trocas de marchas é de série em todas as versões.

O painel de instrumentos é totalmente novo, possuindo iluminação na cor branca e três mostradores redondos, representando o conta-giros e velocímetro analógicos e o terceiro é digital compreendendo os marcadores de temperatura do motor, nível do combustível e computador de bordo. O volante de três raios é bastante semelhante aos já utilizados pela marca, exceto pelo da versão Dynamique que agrega comandos do piloto automático e do limitador de velocidade. Para auxiliar o condutador, o novo  Logan ganha indicador de troca de marcha.

“O principal objetivo foi melhorar a qualidade do acabamento e aumentar o nível de sofisticação do modelo. Isso responde ao maior nível de exigência dos consumidores brasileiros, que dão muita importância ao interior do veículo e valorizam o acabamento”, explica Gustavo Schmidt, vice-presidente comercial da Renault.

 Motores

Dois diferentes motores fazem parte do portfólio da nova gama Logan. Um deles é o novo 1.0 16V Hi-Power, que equipa o novo Clio e é nota “A” no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular, e o 1.6 8V Hi-Power, adotado na linha Renault desde agosto de 2012.

O novo Logan é o único da categoria a contar com propulsor de quatro válvulas por cilindro. Presente nas versões Authentique e Expression, o motor 1.0 16V Hi-Power, traz uma série de inovações mecânicas. São 71 peças novas, como os pistões adequados para a nova taxa de compressão, que passou de 10:1 para 12:1, bomba de óleo, bielas e junta do cabeçote.

Assim, este propulsor desenvolve 80cv (com etanol no tanque) e 77cv (abastecido com gasolina), sempre a 5.750 rpm. São 10,5 kgfm (etanol) e 10,2 kgfm de torque máximo a 4.250 rpm (gasolina). No ciclo urbano, segundo a montadora, faz 8,1km/l (etanol) e 11,9km/l (gasolina). E na estrada, conforme informado pela mesma, a média de consumo fica em 9,2km/l (gasolina) e 13,4 km/l (etanol).

O novo Logan é equipado com indicador de troca de marcha, um dispositivo no painel que mostra o momento em que o condutor deve reduzir ou aumentar a marcha, levando-se em conta sempre a economia de combustível e o estilo de condução de cada motorista.

A segunda opção de motor disponível no novo Logan é o 1.6 8V Hi-Power. São 106cv quando abastecido com etanol e 98cv quando abastecido com gasolina. Em relação ao torque são 15,5 kgfm com etanol e 14,5 kgfm com gasolina.

Vale ressaltar que cerca de 85% do torque já está disponível a 1.500 rotações, o que significa para o consumidor arrancadas e retomadas mais ágeis, diferença que pode ser sentida no trânsito urbano e também em estrada, numa ultrapassagem, por exemplo.

Nova plataforma

As mudanças não foram apenas estéticas. É um carro completamente novo desde a carroceria, suspensões, direção, freios e sistema elétrico. A bitola dianteira, por exemplo, aumentou 27mm e a traseira está 19mm maior. A direção ganhou nova assistência variável. Tudo para dar mais precisão e estabilidade.

As suspensões do novo Logan, dianteira e traseira, foram desenvolvidas de acordo com as condições de rodagem das ruas e estradas brasileiras. O conjunto dianteiro é do tipo MacPherson, com braços triangulares e amortecedores integrados às molas helicoidais – nas versões equipadas com motor 1.6 Hi-Power, a suspensão dianteira ganha barra estabilizadora. Atrás, funciona um sistema semi-independente, composto por barra de torção transversal, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos telescópicos verticais com barra estabilizadora.

Segurança

O novo Logan sai de fábrica com airbag de série para motorista e passageiro em todas as versões. Também é de série o sistema ABS, com distribuidor eletrônico de força de frenagem (EBD). O sistema CAR, que trava automaticamente as portas do veículo quando este alcança 6 km/h, também contribui para a segurança

As estruturas dianteira e traseira do monobloco do novo Logan têm zonas de deformação progressiva, que amortecem os impactos. Na cabine, a coluna central e a travessa do teto são reforçadas; todas as portas possuem barras de proteção contra colisões laterais – as traseiras vêm com travas de segurança extras que impedem sua abertura por crianças.

A coluna de direção, retrátil e dobrável, é posicionada a fim de evitar o seu contato com os joelhos do motorista. Em caso de batida frontal, suportes pendulares impedem a invasão do motor na cabine e o sistema de servofreio se deforma, movendo a pedaleira para baixo, evitando que os pedais atinjam os pés do condutor.

Acessórios

Juntamente com o Novo Logan está chegando ao mercado uma linha completa de acessórios, desenvolvida exclusivamente para o sedã. A lista inclui itens como alarme, engate traseiro, faróis de neblina, ponteira de escapamento cromada, rodas em liga leve de 15”, sensor de estacionamento e uma ampla gama de rádios CD/MP3.

Um dos destaques é o Kit Sport, que é composto por saias laterais, spoiler dianteiro, spoiler traseiro e aerofólio na tampa traseira.

O veículo permanece com a garantia de 3 anos de fábrica ou 100 mil quilômetros, o que ocorrer primeiro. As revisões periódicas previstas pela Renault devem ser feitas em intervalos de 10.000 quilômetros. Segundo o que a marca evidencia, a manutenção do novo Logan custará menos de R$ 1 por dia, dividindo-se o custo total do programa de manutenção pelo número de dias dos três anos de garantia. Isso significa dizer que o custo de manutenção ao fim de três anos das versões 1.0 16V e 1.6 8V fica, em média, R$ 950 e R$ 995, respetivamente. Ou seja, o novo Logan não só terá um dos custos de revisões mais baixo da sua categoria, como estes custos serão idênticos ao antigo Logan.

A Renault frisou o avanço na distribuição de peças. Um sistema de armazenagem e distribuição assegurará às concessionárias a reposição imediata através de seus armazéns em Jundiaí (SP), com capacidade para estocar mais de 30 mil componentes, e em São José dos Pinhais (PR), com capacidade para mais de 12 mil itens. O sistema de logística permite que o estoque envie peças diariamente para todas as concessionárias da marca no país, atendendo ao cliente no menor tempo possível.