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Novo Hyundai HB20 1.0 turbo traz motor com 105 cv e 15,0 kgfm de torque


Propulsor turbo com três cilindros chega para ser opção intermediária entre o 1.0 aspirado, com 80 cv, e o 1.6 de 128 cv. Além disso, o câmbio manual possui seis velocidades para auxiliar na economia de combustível

Por: da redação - 20 de maio de 2016

A Hyundai Motor Brasil lançou o novo HB20 1.0 Turbo, ampliando a oferta de motores na família HB20, que atualmente conta com as versões naturalmente aspiradas de 80 cv (1.0) e 128 cv (1.6). Trazendo 105 cv de potência máxima a 6.000 rpm e torque de 15,0 kgf.m disponível já a 1.550 rpm

Com o início das vendas que começaram no último dia 26 de abril, o HB20 1.0 Turbo é 31% mais potente e tem 47% mais torque quando comparado ao HB20 1.0 aspirado. Em performance, isso se traduz em velocidade máxima de 182 km/h para o hatch, uma diferença de 13%; aceleração de 0 a 100 km/h em 11,2 segundos, 23% mais rápida; e retomadas de 60 a 100 km/h e de 80 a 120 km/h mais curtas, em 24% e 30% do tempo, respectivamente. Para o sedã, a velocidade máxima passa a 183 km/h e os dados de aceleração e retomada são similares aos do hatch. 

Primeiro turbo com tecnologia flex de combustível da Hyundai no mundo, o propulsor está disponível tanto para hatch como sedã, nas configurações Comfort Plus e Comfort Style. Seguindo o conceito de downsizing, ele garante desempenho equivalente a motores de deslocamento maior – 1.4, por exemplo – com baixo consumo de combustível.

Assim como na versão 1.0 aspirada, o motor Hyundai Kappa 1.0 Turbo tem 3 cilindros em linha, 12 válvulas, e bloco e cabeçote em alumínio. O comando de válvulas é duplo no cabeçote e variável na admissão – DOHC e CVVT –, sendo controlado por corrente, e o virabrequim está desalinhado em relação aos cilindros, reduzindo o atrito dos pistões em movimento e o consumo de combustível.

 

Mas as semelhanças param por aí. O novo propulsor traz turbocompressor de geometria fixa, com baixa inércia e turbina de apenas 34 mm de diâmetro. Feita de liga de níquel, essa turbina garante desempenho mesmo em altas temperaturas, com rotação máxima de 280.000 rpm. Seu regime normal de trabalho é de até 230.000 rpm e 1,9 bar, ou seja, 0,9 bar de pressão adicional acima da pressão atmosférica ao nível do mar.

A válvula de alívio da turbina, também chamada de válvula de controle de pressão, e a válvula de alívio do compressor são variáveis e controladas eletronicamente, o que garante um funcionamento suave ao motor, que sobe de rotação de maneira constante. A primeira despeja os gases do escapamento não utilizados no turbo diretamente no catalisador e funciona totalmente aberta em situações de baixa carga para reduzir consumo de combustível e emissão de poluentes. A segunda controla a pressão do ar comprimido, direcionando o excesso de pressão para o filtro de ar.

Além disso, a turbina está fixada diretamente no cabeçote do motor, diminuindo o tempo de enchimento do turbocompressor (turbo lag) e fazendo com que os gases cheguem rapidamente ao catalisador, localizado logo após a saída da turbina. Na prática, isso significa a redução da emissão de poluentes, pois o catalisador atinge sua temperatura ideal de funcionamento mais rápido. O arrefecimento da turbina é feito por uma nova galeria de óleo exclusiva.

O motor 1.0 turbo do HB20 usa um intercooler tipo ar-ar. Sua função é ampliar a eficiência energética da combustão, reduzindo a temperatura e, consequentemente, aumentando a densidade do ar que é admitido no motor. Por exemplo, o ar ambiente, normalmente em torno de 25ºC, pode atingir temperaturas acima de 100ºC quando comprimido no turbo, mas resfria-se a até 30ºC ao passar pelo intercooler. Por estar exposto diretamente ao fluxo de ar atmosférico, posicionado do lado direito do radiador principal, o intercooler possui um bônus de performance ligado a velocidade do carro: quanto mais rápido o carro se locomove, mais eficiente é a operação do intercooler. Sua manutenção também fica mais simples e barata.

Um novo filtro de ar, maior, foi adotado em função do aumento da massa de ar admitida no motor. O sistema de alimentação de combustível também é mais potente: a pressão de alimentação passa de 3,5 para 3,8 bar e os bicos injetores são de maior vazão, adotando agora 10 furos.

O óleo do motor muda de especificação e passa a ser ACEA A5, próprio para aplicações em temperaturas elevadas. O volume de óleo aumenta em relação ao 1.0 aspirado, de 2,9l para 3,5l, e o motor utiliza uma nova bomba de óleo de dois estágios, reduzindo o consumo de combustível.

Um novo cabeçote, agora com taxa de compressão de 9,5:1 (contra 12,5:1 no aspirado, redução de 24%), permite aproveitar melhor o ar que chega comprimido. Ele possui galerias de arrefecimento e lubrificação maiores para melhorar o controle térmico do motor. As cabeças dos pistões são refrigeradas por esguichos de óleo vindos da região inferior.

Também é novo o coletor de admissão com formato otimizado para criar um fluxo de gases mais linear e reduzir perdas de energia, aumentando a turbulência dentro dos cilindros e, desta forma, melhorando a queima do combustível. Velas de ignição são mais longas e há uma nova bomba de vácuo mecânica para acionar o servofreio, ativada diretamente pelo comando de válvulas.

O motor turbo adota novos coxins, maiores e mais resistentes, para lidar com o torque quase 50% maior. As bielas e as bronzinas também são novas e reforçadas, assim como as capas dos mancais do comando de válvulas.

CÂMBIO DE 6 MARCHAS


Para a versão turbo, a transmissão manual passa a ser de seis velocidades e não mais cinco. As primeiras marchas são mais longas e o diferencial também foi alongado em 10% em relação ao motor 1.0 aspirado. A embreagem é mais robusta para lidar com o torque maior, tendo agora 215 mm de diâmetro contra os 180 mm anteriores.

As marchas mais longas aproveitam o alto torque disponível em baixa rotação e a sexta marcha entra como overdrive, para economia de combustível, redução de emissões de poluentes e aumento do conforto acústico nas altas velocidades. Ao viajar a 100 km/h em sexta marcha, por exemplo, o motor gira a 2.650 rpm; rotação que estaria na casa das 3.200 rpm quando limitada à quinta marcha.

Com essas mudanças, a velocidade a 1.000 rpm do motor turbo é 9% a 13% maior do que a versão aspirada, dependendo da marcha, segundo a Hyundai.

O HB20 e o HB20S 1.0 Turbo têm nota A no Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE) e possuem também o selo CONPET de eficiência energética. De acordo com a Hyundai, o hatch consome 8,2 km/l na cidade com etanol e 10,1 km/l na estrada com o mesmo combustível. Já quando abastecido com gasolina, o HB20 percorre 11,6 km/l em perímetro urbano e 14,3 km/l em rodovias.

Já o sedã faz média de 8,4 km/l de etanol na cidade e 10,5 km/l na estrada. O HB20S consegue atingir 11,9 km/l na cidade com gasolina e 15,2 km/l na estrada.

NA PISTA EM INTERLAGOS

Deu para andar pouco, mas o suficiente para perceber que o HB20 ficou bem mais esperto do que na versão com motor 1.0 aspirado. E isso não se deve apenas aos números de torque e potência, mas à sua nova relação de marchas. O veículo é ágil e continua confortável.

A suspensão não é adequada para o cenário de pista em autódromo, como o que pudemos testar o carro. Por prezar pelo conforto dos passageiros e motorista, contornar curvas em alta velocidade e mudanças rápidas de direção não são o seu forte, principalmente no sedã, que gera um rolamento da carroceria ainda maior e acaba sendo um pouco mais arredio que o hatch. 

Confira abaixo preços e versões do HB20 turbo: HB20 Comfort Plus: R$ 47.445; HB20 Comfort Style: R$ 51.595; HB20S Comfort Plus: R$ 51.475; HB20S Comfort Style: R$ 55.225.