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Kwid chega para ser referência no segmento de entrada com motor econômico e bom espaço interno


Com propulsor que rende até 70 cv, compacto da Renault chama atenção pelos 290 litros de porta-malas e por pesar apenas 758 kg

Por: Vinicius Montoia - 13 de setembro de 2017

A Renault insiste em dizer que o Kwid é o primeiro SUV compacto urbano, destacando os seus números “impressionantes” de 180 mm de altura do solo e os ângulos de entrada e de saída (24° e 40°, respectivamente), que são comparáveis a de outros SUVs (de verdade) do mercado. Mas, francamente, você não vai ler deste jornalista que o Kwid é um SUV, mostrando os números que forem! E provavelmente o consumidor brasileiro também não verá no compacto o espírito de utilitário esportivo, a não ser que seja proprietário de um Kwid. É a velha história de que para a mãe nenhum filho é feio.
Uma vez esclarecido este ponto, vamos ao que interessa. O presidente da Renault do Brasil, Pedrucci, afirmou: “A Renault traz mais uma vez aquilo que os exigentes clientes desejam, levando ao segmento de entrada um veículo com diversas características do universo SUV – o que mais cresce no país -, além de itens de segurança e espaço interno não encontrados nos veículos compactos.”
Versão intermediária não conta com faróis de neblina e não há rodas de liga leve em nenhuma versão

O carrinho tem 3,68 metros de comprimento, 1,47 m de altura, 1,57 m de largura e 2,42 m de entre-eixos. O porta-malas é consideravelmente grande para o porte do veículo, com 290 litros de capacidade (com os bancos rebatidos chega a 1100 litros). De acordo com a marca o carro parte da nova plataforma CMF-A, que é uma nova base que ainda vai gerar mais 5 outros carros para as marcas da aliança Renault-Nissan. É uma plataforma modular e o Kwid passou pela mão de 290 engenheiros dedicados a atender o desejo do cliente brasileiro.
Espaço na parte traseira é bastante apertado, acomodando três adultos com muita dificuldade

Essa nova família, que já estreia no Kwid, recebeu o motor 1.0 de três cilindros e 12 válvulas que já conhecemos da linha Sandero/Logan, que é o SCe (Smart Control Efficiency). Ele também tem duplo comando de válvulas (DOHC) e bloco em alumínio. O modelo estreia também uma nova transmissão, que logo será novidade em outros modelos da aliança entre as duas marcas,  que tem cinco marchas e é denominado SG1, sendo mais leve e eficiente que o câmbio anterior. A corrente de distribuição no lugar da correia é outra vantagem deste conjunto motriz, apresentando menor custo de manutenção.
O modelo menos equipado do Kwid pesa apenas 758 kg e seu rendimento é de 70 cv de potência a 5.500 rpm e o torque chega a 9,8 kgfm a 4.250 rpm. Já com gasolina a potência é de 66 cv e o torque de 9,4 kgfm.
Tudo isso faz com que, segundo a montadora, o Kwid seja o veículo mais econômico do país no segmento de entrada, com 14,9 quilômetros com um litro de gasolina na cidade e 15,6 km/l na estrada. Já com etanol ele alcança média de 10,3 km/l na cidade e 15,2 km/l em rodovia.

QUATRO AIRBAGS

Como itens de segurança de série o Kwid vem com quatro airbags, sendo dois frontais e dois laterais, fixações Isofix para cadeirinhas infantis e é produzido em São José dos Pinhais (PR), no Complexo Ayrton Senna, tendo 80% do seu conteúdo composto por peças novas. De acordo com a marca o carro passou por mais de 200 mil horas de desenvolvimento, 35 crash-tests e 1 milhão de quilômetros de rodagem e validação em diferentes condições de uso.
Dirigir o Kwid, no pouco tempo que tivemos com o modelo, é uma experiência interessante, pois é um veículo compacto sem parecer que você está andando num kart. Ou seja, sendo mais alto que a maioria, a sensação de estar mais alto traz segurança, fato. Contudo, a qualidade do acabamento, principalmente quando atingimos velocidades acima de 60 km/h, é o grande pecado do modelo. Testando o veículo em perímetro fechado o barulho já era alto, tanto do motor quanto o que entrava ao cortar o vento. Diferentemente do Clio, a manopla de câmbio do Kwid é imprecisa, ruidosa e longa. A direção é leve e proporciona ótimas manobras na cidade, principalmente para estacionar. Já no painel, que tem mostradores de fácil leitura, existe um porta-luvas com bela capacidade. Não tivemos a oportunidade de testar o modelo na estrada.

Painel agrada, tem ótimo porta-luvas, mas material de plástico pode causar certo ruído caso enfrente muitos buracos

VERSÕES

O Kwid chegou ao mercado nacional em três versões: Life, Zen e Intense

LIFE: R$ 29.990

Contém rodas de aço de 14”, dois airbags laterais, dois airbags frontais, dois Isofix, predisposição para rádio e indicadores de troca de marcha e condução.

ZEN + RÁDIO: R$ 35.390

Além dos itens da versão anterior, conta com direção elétrica, ar-condicionado, travas e vidros dianteiros elétricos, rádio com Bluetooth e entradas USB e auxiliar.

INTENSE + PACK CONNECT: R$ 39.990

Adiciona ao pacote Zen os itens: retrovisores elétricos, faróis de neblina cromados, Media NAV 2.0 com câmera de ré, abertura elétrica do porta-malas, rodas Flexwhell (que nada mais é do que uma calota mais bonita) e chave canivete.