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O sedã, vendido desde 2012, sofreu uma reestilização significativa, mas continua com o mesmo motor 1.5 movido apenas a gasolina que entrega 125 cv de potência a 6.000 rpm e 15 kgfm de torque a 4.000 rpm. O modelo ganhou novos faróis (lâmpadas convencionais) com projetores em LED, indicadores laterais de seta e lanterna em LED. Segundo a marca, a remodelagem do veículo foi feita em seu estúdio em Turin, na Itália. E realmente o veículo ficou mais bonito, como é possível ver.
Seu porte agrada bastante: ele é praticamente igual a um sedã médio, apesar de muitos não acharem que ele se encaixe nesse segmento. O Toyota Corolla, mais vendido nessa categoria, tem 1,47 metros de altura, 1,77 m de largura e 4,62 m de comprimento. O J5 possui 1,46 m de altura, os mesmos 1,77 m de largura do sedã japonês e 4,59 m de comprimento. O entre-eixos surpreende: são 2,71 metros de distância, 1 cm maior que o líder do segmento. E o porta-malas é apenas 10 litros menor que o do Corolla: o J5 tem 460 litros.
Dois equipamentos que ajudam bastante na hora de encaixá-lo numa vaga na rua, por exemplo, são os sensores de estacionamento traseiro e dianteiro e a câmera de ré, que reproduz sua imagem na tela multimídia no centro do painel.
DESEMPENHO
Assim sendo, já deu para perceber que o J5 tem um motor muito pequeno para o seu porte. Os 125 cv não são suficientes para que o veículo empolgue o motorista em arrancadas e ultrapassagens, ainda mais quando há quatro ocupantes e bagageiro lotado.
E não é só a falta de potência que incomoda: o giro alto necessário para alcançá-la dificilmente será usado pelo consumidor, assim como acontece com o torque, que só atinge o pico a 4.000 rpm. Ou seja, comparando a outro modelo 1.5 do mercado, como o Honda City, a relação peso/torque do J5 apresenta desvantagem: 87,6 kg/kgfm enquanto que o modelo japonês tem 70,3 kg/kgfm de torque, uma diferença de 17,3 kg chega a ser brutal para o propulsor chinês.
O 1.5 16V VVT alcançou, em nosso teste, 8,3 km/l de consumo urbano e 10,9 km/l em perímetro rodoviário. Segundo a JAC, o sedã acelera de 0 a 100 km/h em 11,8 segundos e sua velocidade máxima é de 188 km/h.
O modelo avaliado por nós custa R$ 69.990 e é completo, exceto pelo câmbio automático. A transmissão manual de cinco marchas deveria ser mais longa, priorizando o consumo de combustível: a 100 km/h o ponteiro do conta-giros já marca 3050 rpm, com a quinta marcha engatada.
A suspensão independente nas quatro rodas traz conforto e garante segurança aos usuários, mesmo em curvas a mais de 100 km/h.
Se o motor não auxilia, pelo menos o habitáculo é justo. Apesar das rebarbas, tudo funciona muito bem no sedã: sistema multimídia, regulagem de altura dos faróis, ar-condicionado, direção com ajuste de altura e comando do rádio e até saída de ar para os ocupantes do banco traseiro.
Contudo, o J5 ainda necessita de duas melhorias: os mostradores do painel continuam com números muito pequenos e, evidentemente, a falta de um computador de bordo adequado para um veículo nesta faixa de preço. Nem sequer consumo médio o modelo apresenta como item de série.
Os três pacotes disponíveis custam R$ 62.990, R$ 65.990 e R$ 69.990. No primeiro não há fechamento por comando na chave e alarme: itens que deveriam ser oferecidos de série para uma marca que, mesmo após quatro anos no mercado, ainda quer conquistar o consumidor brasileiro. E mais: o J5 não ficou nem entre os 20 modelos mais vendidos na categoria dos sedãs médios da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores).