Direction Conecta
Logo Subs Conecta
Conecta 2025: o grande evento de inovação e tecnologia para reparadores é aqui.
Explosão Conecta
Jornal Oficina Brasil
Início
Notícias
Fórum
Treinamentos
Para indústrias
Vídeos
Conecta 2025
Jornal Oficina Brasil
EntrarEntrarCadastre-se
Jornal Oficina Brasil
EntrarEntrarCadastre-se

Notícias

Página Inicial
Categorias

Vídeos

Página Inicial
Categorias

Fórum

Página InicialTópicos Encerrados

Assine

Assine nosso jornalParticipe do fórum
Comunidades Oficiais
WhatsApp
Jornal Oficina Brasil

Jornal Oficina Brasil é reconhecido como o maior veículo de comunicação com conteúdos técnicos, dicas e fórum de discussão para oficina mecânica.

E-mail de contato: [email protected]

Atalhos

NotíciasComunidade

Outros Assuntos

RotaMarcas na OficinaImagem das Montadoras

Fórum Oficina Brasil

Conheça o FórumAssine o Fórum Oficina Brasil

Jornal Oficina Brasil

Conheça o JornalReceba o Jornal na sua Oficina
Oficina Brasil 2025. Todos Direitos ReservadosPolítica de Privacidade
  1. Home
  2. /
  3. Entrevistas
  4. /
  5. Executivo da Autozone no Brasil fala dos planos da empresa para os reparadores

Executivo da Autozone no Brasil fala dos planos da empresa para os reparadores


Movimentando 8.6 bilhões de dólares no total das operações, a Autozone inaugurou sua primeira loja no Brasil em Sorocaba no mês de novembro. Mauricio Braz, responsável pela inserção desta no Brasil, afirma que vender peça é uma consequência de bom atendimento e que isso os diferenciará da concorrência

Vivian Martins Rodrigues
20 de dezembro de 2012

Faz algum tempo que o mercado de aftermarket ouve falar que a rede de autopeças Autozone abrirá lojas no Brasil. Pois bem, o primeiro passo foi dado. Em 9 de novembro, a marca inaugurou a primeira loja, localizada em Sorocaba, interior de São Paulo. A rede que possui 5.000 lojas nos Estados Unidos, dominando 15% de vendas de autopeças e 321 unidades no México, ainda não conta quais são os planos de expansão para o mercado brasileiro, nem fornece dados de investimento, mas afirma que veio para ficar.

A grande dúvida em relação à proposta da rede para o nosso mercado é o fato de que, diferente dos americanos, o brasileiro possui bem pouca familiaridade com a cultura “Do It Yourself” ou “faça você mesmo”, marca registrada da Autozone por lá. No Brasil, assim como no México, país em que a marca solidificou-se no mercado, a cultura é do “Do It For Me” ou “faça por mim”.

Será que o brasileiro está pronto para esta realidade? Afinal sabemos quanto custam às ferramentas e quão é difícil conseguir informações técnicas para reparos, até para os profissionais da reparação independente.

Mauricio Braz, em entrevista para o Jornal Oficina Brasil, esclarece qual a posição da rede para esta questão e fala das promessas de valores da rede para o mercado de autopeças.

Jornal Oficina Brasil:
Conte um pouco da sua experiência profissional.
Mauricio Braz: Sou administrador de empresas, formado pela USP e pós-graduado na Federal do Paraná. Atuo na área automobilista há aproximadamente 18 anos. Na GM foram oito anos de experiência na área de vendas e pós-vendas, após trabalhei três anos na Toyota como gerente nacional de vendas. Passei pelo Grupo Caltabiano, concessionárias de pesados e varejo. Há um ano e meio estou na Autozone. Assumi o projeto pois me identifiquei com os valores propostos.

JOB: Qual a estrutura da rede?
Mauricio: No México, iniciamos as operações há 14 anos, somando 321 lojas. Nos Estados são aproximadamente 5.000 lojas. Também abrimos uma loja no Alaska e agora, no Brasil. O México é um projeto diferenciado, houve um aprendizado de implementação e solidificação diferente do que está sendo feito no Brasil. Aqui, temos dados consistentes de mercado.

JOB: Porque a Autozone escolheu Sorocaba, no interior paulista, para abrir a primeira loja?
Mauricio: Sorocaba é uma cidade de 650 mil habitantes. Tem tamanho de mercado suficiente para receber a primeira loja e está bem perto da administração, localizada na capital de São Paulo.

JOB: Qual o investimento para o Brasil?
Mauricio: Ainda é uma informação confidencial. Vamos primeiro estudar a demanda.

JOB: Recente pesquisa da AAIA informa que o Do It Yourself (faça você mesmo) nos Estados Unidos atinge 22%. Sabemos que o Brasil não possui essa cultura. Qual a posição da Autozone quanto a isto?
Mauricio: O mercado americano nem sempre foi Do It Yourself. O México ainda não é um mercado DIY e possui um comportamento semelhante ao Brasil, que é o Do It For Me (faça por mim). O americano tem garagens equipadas com ferramentas e possuem espaço para trabalhar no veículo. Já México e Brasil, utilizam-se do trabalho do reparador.

JOB: As ferramentas no Brasil são bem caras. Haverá empréstimo de equipamentos?
Mauricio: Nos Estados Unidos o mesmo aparelho que é aplicado em um veículo serve para todos, já no Brasil, não há essa padronização.  Por isso emprestaremos ferramentas, mediante depósito que será estornado integralmente no ato da devolução.

JOB: O foco da Autozone é o consumidor final?
Mauricio: Vamos trabalhar com os dois públicos: consumidor final e reparadores.  O reparador no Brasil, assim como no México, será o nosso maior público.

JOB: Há algum diferencial para o reparador?
Mauricio: Temos nos Estados Unidos e México um programa comercial específico para reparadores que aplicaremos no Brasil também. O reparador tem descontos diferenciados para compras, entrega, crédito, possui atendimento diferenciado e o programa do empreste uma ferramenta “Lend a tool”.

JOB: A Autozone prestará serviços?
Mauricio: Oferecemos reparos pequenos, gratuitamente. Por exemplo, o cliente que comprar uma bateria, a instalação será feita sem custo. Recarga de bateria também é feita, assim como teste do alternador, da injeção eletrônica, troca de lâmpadas e de limpadores de para-brisa. Ou seja, ajudamos o cliente a fazer substituições simples, mas serviços, não serão feitos.  Apontamos o problema e indicamos que procure um reparador.

JOB: Isso significa que a Autozone não concorrerá com o reparador?
Mauricio: Não concorrerá. Faremos apenas reparos simples. No site americano, temos um campo onde indicamos uma oficina e reparadores, próximos à loja. Podemos fazer o mesmo aqui.

JOB: Qual a porcentagem do mix de faturamento, divididos em peças e serviços?
Mauricio: Nos Estados Unidos temos dois espaços diferenciados: o que chamamos de piso de supermercado de peças (onde o próprio cliente pega suas peças e estas não possuem aplicações específicas) e temos as peças de mecânica, localizadas atrás do balcão de atendimento (que requer aplicação específica), onde é necessário que o cliente indique para o Autozoner qual o modelo e ano do carro.

JOB: O que é um Autozoner?
Mauricio: É como chamamos os membros da equipe de atendimento. Eles atuam focados nas Promessas de Valores: “para os Autozoners o cliente vem sempre primeiro”, “conhecemos nossas peças e produtos”, “nossas lojas são excelentes”, “temos a melhor mercadoria e o melhor preço”. Os funcionários reúnem-se diariamente com o grito de guerra, para lembra-los quem são e o que prometem ao cliente. As reuniões com acionistas, diretores e presidência iniciam-se sempre com o grito de guerra que é mundial.

JOB: Qual a porcentagem do mix de faturamento?
Mauricio: Nos Estados Unidos vendemos 60% de peças de mecânica e 40% de peças de showroom, tanto para os reparadores, via programa comercial, quanto para o cliente final. No México o balanço é diferente, são 60% de piso de vendas e 40% de peças de mecânica. No mercado “faça por mim”, há mais demanda por piso de vendas. Já no Brasil, não sabemos o que esperar.

JOB: Qual o diferencial em relação á concorrência?
Mauricio: Temos um modelo diferente, pois alguns concorrentes trocam pneus, óleos e fazem serviços que não faremos. Apostamos que o que nos diferencia do mercado é o atendimento, é o “offer reliable advice”, ou seja, oferecer o conselho confiável para o cliente. Se não for preciso trocar peças, falaremos. Por exemplo, caso não seja necessário trocar a bateria, faremos apenas uma recarga gratuita. Queremos estabelecer um relacionamento com clientes e fornecedores em longo prazo, pois pretendemos permanecer por muitos anos no mercado brasileiro.

JOB: Qual vai ser a participação da rede na cadeia. Comprará peças por qual canal?
Mauricio: Compraremos direto da fábrica e também do distribuidor. Há mercado para todos e como já temos relacionamento por conta de mercados externos, compraremos direto da Magneti Marelli, da Bosch, entre outras.

JOB: Trabalharão somente com peças de giro?
Mauricio: Trabalharemos com peças boas, excelentes e premium. Teremos peças tanto para Gol, quanto para Chrysler. Precisamos estudar o mercado para saber qual a demanda por peças, porém temos um catálogo bastante completo.

JOB: Há uma pesquisa da CINAU (Central de Inteligência Automotiva) que aponta o crescimento da escolha do canal concessionário para compras de peças pelo reparador. Qual sua opinião?
Mauricio: Passei pelos três mundos: montadora, concessionária e aftermarket. Vejo o mercado de uma ótica diferente em razão disto e acredito que à medida que há um aumento da proliferação de modelos e dos períodos de garantia, esses novos modelos demoram mais para chegar ao aftermatket que não produz a peça de imediato. Este mercado está aprendendo a lidar com isto.

JOB: Como a administração da Autozone global, enxerga o mercado brasileiro?
Mauricio: Este projeto está em andamento faz aproximadamente cinco anos, quando começaram a estudar no planejamento de expansão da empresa, quais os mercados que reuniam atributos positivos. O Brasil possui um conjunto de fatores que foram decisivos para esta seleção de expansão internacional, por ser um mercado instável, com relativa regulamentação, cujo parque veicular é o 4º maior de emplacamentos do mundo. E o brasileiro possui a cultura de ser apaixonado por carro, além de ainda entender o carro como um “patrimônio”.



NOTÍCIAS RELACIONADAS
Entrevistas
Entrevistas
ZF destaca o sucesso de seu projeto voltado para o reparador!
Entrevistas
Entrevistas
Nakata revela qual o segredo para se destacar no mercado de reposição e suas novidades
Entrevistas
Entrevistas
Dayco destaca os principais avanços no mercado aftermakert e a importância do reparador