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O setor de automóveis no mercado brasileiro possui segmentos específicos e chegamos ao ponto de encontrar subdivisões como nos sedans classificados como compactos, os médios e os de luxo.
Como estratégia de mercado as montadoras desenvolvem os modelos para atender a todas as faixas de potenciais compradores e a Nissan tem dois exemplos que são o Versa e o Sentra, sendo este último classificado como modelo de luxo, que recebeu acabamentos mais requintados visando a conforto, segurança e conectividade.
Mas antes de entrar nos detalhes do Sentra 2018, vamos fazer uma pequena retrospectiva deste modelo que está no Brasil há pouco mais de uma década, porém este projeto da Nissan completa 36 anos de mercado, o que nos lembra os caminhos trilhados por outras montadoras japonesas como a Honda e a Toyota que mantêm seus projetos por várias décadas como são os casos dos modelos Civic da Honda e do Corola da Toyota.
O nome Sentra foi adotado na década de 80 visando ao mercado americano, só que nos Estados Unidos este modelo era classificado como sedan compacto devido aos modelos exagerados dos americanos.
As carrocerias ou modelos de veículos recebem códigos estabelecidos pela montadora e em 1982 o Nissan Sentra foi codificado como B11. Seu motor de 1.5 litros ainda com carburador gerava uma potência de 67 cavalos, equipado com câmbio mecânico e tinha a versão com câmbio automático que fez os americanos se interessarem pelo modelo, o que o tornou um campeão de vendas.
Em 1987 foi lançado um novo modelo já considerado como a segunda geração que seria o B12 equipado com motor 1.6 com a inovadora injeção eletrônica resultando em uma potência de 69 cavalos. Na versão perua tinha opcionais como a tração nas quatro rodas, que para os americanos era interessante para os períodos de inverno onde a neve dificulta o deslocamento dos carros.
Com algumas modificações no motor em 1989, passou a gerar 90 cavalos com o auxílio da injeção eletrônica de combustível e uma alteração no cabeçote que passou a trabalhar com três válvulas por cilindro, duas na admissão e uma no escape.
A próxima geração, B13, aconteceu em 1991 sendo produzida no México visando ao mercado de exportação oferecendo 110 cavalos de potência extraídos de um motor de 1.6 litros, além da transmissão automática e acessórios visando ao conforto e segurança.
Para chegar na geração B14 foi preciso esperar até o início de 1995 e o motor de 1.6 litros continuava sempre presente e gerando mais potência, agora com 115 cavalos. Surgiu nesta época a motorização de 2,0 litros com 140 cavalos, tornando o sedan Sentra mais atrativo para quem desejava mais desempenho, com transmissão mecânica ou automática.
As mudanças aplicadas nos veículos ocorrem para caracterizar diferenças entre o modelos que são lançados a cada ano mas, no ano de 2000 a quinta versão ou B15 chegou com mais novidades como o novo motor 1.8 litros que gerava 126 cavalos e para quem desejasse mais potência, havia a opção do motor 2.0 com 145 cavalos.
Nessa época já havia a concorrência forte entre os modelos oferecidos pelas montadoras mas o Sentra se sobressaia como o melhor carro quando comparado com o Civic da Honda e o Corola da Toyota.
No ano de 2004 o mercado brasileiro recebeu oficialmente o Sentra trazido pela fabricante Nissan.
Para chegar na sexta geração do Sentra, o B16, foi preciso esperara até 2006 com inovações que o tornaram um verdadeiro carro médio segundo os padrões americanos, e com isso foi desenvolvido mais um projeto que foi o lançamento do modelo Versa na condição de sedan compacto e econômico.
Para o Sentra mais robusto foi instalado o motor de 2.0 litros de 140 cavalos com transmissão mecânica ou automática, mas foi nesta versão que surgiu a transmissão CVT, muito conhecida por nós agora, só que naquela época era a novidade no setor automotivo.
Chegamos e estamos na sétima versão, o B17 com motor 2.0 litros, 16 válvulas, CVVTCS - Continuosly Variable Valve Timing Control System - Sistema de Controle de Tempo de Válvula Variável Continuamente, com 140 cavalos que aqui no Brasil possui a versão flex com transmissão CVT, que foi apresentada para os reparadores de três oficinas selecionadas que são integrantes de uma atividade do Jornal Oficina Brasil que é se chama “Oficinas On-Line”.
Auto Lapa foi a primeira oficina a receber o Nissan Sentra e algumas curiosidades surgiram:
Nosso carro é de origem japonesa, os proprietários da Auto Lapa também são,
A equipe da oficina já conhecia o modelo novo porque atendem locadoras que dispensam a garantia de fábrica em troca de desconto na compra do carro e fazem a manutenção em oficinas como a Auto Lapa.
Toda oficina tem sua história e vamos começar pelo nome da empresa que era Auto Elétrico Lapa mas fazia todos os serviços no carro e por conta do nome perdia serviços porque as pessoas achavam que ali só fazia a parte elétrica.
Sr. Antonio e seus dois irmãos, Arlindo e o Paulo foram os fundadores da oficina e na década de 80 foi a melhor fase para ganhar dinheiro porque na época tinha muito serviço nos carburadores dos carros.
Uma observação: o nome do Sr. Antonio na verdade é Koji Teramito, isso era um costume dos japoneses adotarem um nome brasileiro para facilitar a comunicação.
Com o passar do tempo a oficina, que tinha três donos, passou a ter nove com a chegada dos três filhos do Sr. Antonio e mais três do Paulo.
Com isso teve início aos conflitos familiares dentro da empresa que poderia comprometer o futuro da oficina com tantas pessoas querendo a sua fatia.
Uma atitude bastante madura e inteligente partiu do Marcio que é filho do Sr. Antonio e resolveu de forma amigável e sem traumas reduzir a quantidade de donos da oficina.
Em 2009 o Marcio reuniu as famílias e mostrou que a empresa tinha um determinado valor e que seria inicialmente dividida por três que eram os fundadores da oficina. E assim foi feito de forma gradativa e os três filhos do Sr. Antonio assumiram a empresa.
Marcio na administração, Massami na mecânica e Toshio na eletrônica. Os demais primos ficaram por um tempo e resolveram sair da oficina.
Koji Teramito tem 81 anos e é uma pessoa muito feliz pois conseguiu criar sucessor para a sua empresa e não apenas um sucessor, mas três, que são seus filhos.
Outra grande alegria deste batalhador é que além de maratonista que também é criou um sucessor (eu Gaspar), o Sr. Koji é campeão de patins de velocidade e sua história está relatada no seu livro “A Vitoria e Trajetória de Koji Teramito”
Hoje a empresa tem sede própria, continua prestando serviços de elétrica, eletrônica e mecânica incluindo alinhamento, mas também está inovando com a distribuição de baterias Bosch e lubrificantes da marca Total Elf, com essas atividades a empresa tem uma melhor estabilidade econômica. Rua João Pereira, 178, Lapa São Paulo www.autolapa.com.br
Carbe-Car, já está na sua segunda geração e o nome da oficina nos induz a pensar em carburação, que na época era bastante adequado quando o pai Sr. Carlos Alberto iniciou na atividade da reparação automotiva há 25 anos e tinha até funilaria e pintura, mas por falta de controle na administração, acabou gerando alguns problemas que hoje está bem amparada pelo Paulo que é um dos filhos, formado em Propaganda e Marketing e cuida da administração, juntamente com seu irmão Marcos que é o responsável pela mecânica que é formado em Direito, assim os dois formam a dupla que está fazendo a Carbe-Car prosperar.
Apenas para contrariar esta questão de formação e depois exercer a profissão, o Paulo tem outro irmão que fez a faculdade de engenharia mecânica que, em teoria deveria estar na linha de frente da oficina mas, por outras razões ele preferiu trabalhar no setor industrial.
A oficina procura atender o cliente em todas as atividades de reparo do carro e alguns serviços são terceirizados para outras oficinas que atuam em parcerias como alinhamento e balanceamento.
Para o Paulo que atende cliente, compra peças e administra a empresa, o mais importante é atender bem o cliente e resolver o problema do carro de forma que fique satisfeito, retorne outras vezes que precisar e que também divulgue o bom serviço oferecido pela Carbe-Car. Rua Sacadura Cabral, 133, Lapa São Paulo
High Tech é a oficina do Roberto que resolveu seguir sua carreira solo há 12 anos quando deixou a oficina do seu pai que ensinou quase tudo que ele sabe hoje e sem pensar em concorrência, as oficinas dos dois estão no mesmo quarteirão.
Desde 1984 o Roberto trabalhava na oficina com seu pai o Sr. Sergio, que também tem uma história longa e interessante de praticamente 70 anos de atividade na reparação automotiva.
A High Tech vem atuando na mecânica e eletrônica dos carros, também oferece serviços de alinhamento e balanceamento, de forma que o cliente seja plenamente atendido nos serviços que forem necessários para executar no carro.
Roberto procura manter-se atualizado e pronto para enfrentar os desafios que a reparação automotiva exige dos profissionais, para isso investe em equipamentos, cursos e também faz algo de extrema importância nesta atividade que se chama relacionamento.
Este relacionamento ocorre nos grupos de oficinas do qual faz parte e a participação nestas reuniões sempre contribui para o crescimento da empresa e do profissional.
Hoje a High Tech integra a rede de oficinas autorizadas Original Bosch e recebe apoio da maior fabricante de autopeças do mundo que é a Bosch e além das peças, tem equipamentos, treinamentos e suporte técnico na reparação automotiva.
Com o histórico iniciado com o seu pai e agora com a oficina bem estruturada e fazendo parte de uma rede de oficinas, o Roberto tem tudo para fazer a sua empresa prosperar e se consolidar no mercado da reparação automotiva. Rua Guaicurus, 957, Lapa São Paulo www.oficinahightech.com.br
PRIMEIRAS IMPRESSÕES
O sedan Sentra 2018 fabricado pela Nissan no México chega no Brasil para enfrentar vários concorrentes deste segmento, já nas oficinas a recepção foi tranquila porque o modelo é conhecido devido aos irmãos mais velhos que estão rodando pelo país e os detalhes ficaram por conta de modificações e inovações aplicadas a este modelo 2018.
Para os aficionados em som automotivo este carro oferece o que há de melhor e só encontrado em modelos top de linha, estamos falando da marca Bose, que desenvolveu um projeto específico para este modelo 2018 e é composto pelo rádio com tela lcd, módulo de potência e amplificador, autofalantes em todas as portas e para concluir, temos dois subwoofers no porta- malas que ao ligar, proporciona aos seus ocupantes um som puro que agrada a todos.
Na avaliação do Toshio ao dirigir o carro se comporta como um verdadeiro sedan, seus três volumes são bem aproveitados principalmente no porta-malas e o espaço interno que abriga bem o motorista e os passageiros. O painel é de fácil leitura e para explorar mais, certamente vai precisar ler o manual.
Para o Paulo, o carro transmite modernidade pelo aspecto visual e isso se comprova ao entrar e dirigir, com o conforto de uma transmissão CVT que deixa a concentração do motorista apenas em acelerar, frear e manter o carro na direção desejada. O carro tem tudo para proporcionar uma viagem tranquila com todo conforto, sem cansar quem estiver dirigindo e no ambiente urbano o seu uso também será bem aceito principalmente pelo câmbio CVT.
Visto como um carro de família, o sedan tem uma boa fatia no mercado de automóveis e o Roberto na sua primeira impressão observou que é um carro discreto que segue a filosofia dos carros japoneses, buscando robustez e conforto para pessoas que vão utilizar para o trabalho, viagens e lazer com a família com até cinco pessoas.
Os carros japoneses têm uma boa aceitação no mercado e na reparação não oferecem grandes dificuldades que sejam nas peças ou informações técnicas.
Há uma unanimidade entre os reparadores visitados que é a alegria de receber um representante do Jornal Oficina Brasil com um carro novo para conhecer, dar uma volta, colocar no elevador e assim, quando um cliente chegar com o mesmo modelo, não será usado como cobaia pois o Jornal já fez a aproximação e apresentação dos detalhes de funcionamento do carro.
AO VOLANTE
Todo carro novo desperta a curiosidade das pessoas para dirigir e sentir como o carro reage e com este teste de rodagem fiz uma descoberta interessante, que toda oficina tem uma pista de teste onde os mecânicos conseguem em alguns quarteirões, avaliar o desempenho, frenagem e barulhos que contribuem muito em dois momentos:
Na chegada do carro na oficina, que é recomendável dar uma volta até para dar um diagnóstico mais preciso e de preferência com o dono que vai ajudar a identificar o possível defeito e também será um reforço na hora fechar o orçamento,
Antes da entrega do carro, é importante fazer mais uma avaliação de rodagem na pista de teste para comprovar que o carro ficou bom.
E na pista de teste da oficina visitada, foi possível saber a opinião do Toshio da Auto Lapa que, brincando disse que para ele é fácil falar de um carro japonês e ele tem suas razões de origens para dizer isso.
O carro é confortável ao dirigir e um apelo forte deste modelo, está na transmissão CVT ao dirigir no trânsito lento da cidade de São Paulo, sem se preocupar com as trocas de marchas.
Comparando com uma transmissão mecânica que obriga a tirar o pé do acelerador, pisar no pedal da embreagem e depois movimentar a alavanca do câmbio para a posição da marcha desejada e ter que repetir esta operação centenas de vezes ao dia, tira o humor de muita gente.
Rodando na pista de teste do Paulo da Carbe-Car, a atenção maior foi dada para a suspensão do carro que poderia ser menos barulhenta ao passar por buracos e lombadas tão comuns na nossa cidade. Mas de um modo geral o carro demonstra ser confortável, tem bom desempenho e vai atender à expectativa do comprador que deseja espaço e economia.
Para o Roberto da High Tech o carro tem bom desempenho, bom torque principalmente em subidas, os sistemas de ajuda ao motorista também contribuem na segurança ao dirigir identificando carros ou motos que estão no ponto cego.
A suspensão também foi observada pelo Roberto, ao passar por ruas com paralelepípedos, percebeu que gerava barulhos que não combinam com um sedan deste porte.
MOTOR
O motor que equipa este sedan disponibiliza 140 cavalos gerados por quatro cilindros de 2.0 litros, 16 válvulas, CVVTCS - Continuosly Variable Valve Timing Control System - Sistema de Controle de Tempo de Válvula Variável Continuamente, que aqui no Brasil tem a versão flex.
O projeto deste motor teve o início do seu desenvolvido em 1997 pela Nissan com o código MR20DE e a Renault passou a utilizar no ano de 2006 no Clio III.
Este sistema CVVTCS desenvolvido pela Nissan é semelhante ao da Toyota VVT-I que permite um controle constante do tempo de abertura das válvulas que é controlado pelo módulo da injeção eletrônica.
Conforme a utilização e regime de rotação do motor, o módulo identifica qual será a melhor configuração para a abertura das válvulas, permitindo uma maior admissão de ar para que o motor ofereça o melhor desempenho e com economia de combustível.
Apenas para efeito de comparação, os primeiros sistemas de comando de válvulas variáveis, permitiam apenas uma mudança de ângulo devido à ação hidráulica que era limitada. Com o novo sistema CVVTCS é possível obter várias configurações de atuação no tempo de abertura das válvulas, permitindo ao motor oferecer sempre uma potência adequada à necessidade de cada momento em que estiver sendo utilizado.
A condução do veículo fica mais uniforme mesmo em rodovias com curvas ou subidas e até nas retomadas de velocidade é possível perceber que o motor não reclama e continua sempre crescendo.
É tudo muito interessante mas esses sistemas de controles são muito sensíveis e exigem cuidado especial na lubrificação, pois há uma dependência direta da atuação hidráulica que depende do óleo lubrificante correto que é indicado pela Nissan.
O uso de um lubrificante diferente ou não fazer a troca dentro do que está previsto no plano de manutenção da montadora põe em risco o funcionamento correto do motor, reduzindo o seu tempo de vida.
O motor MR20DE tem a capacidade de 4.6 litros de óleo com a troca do filtro e a recomendação da Nissan é para a classificação ILSAC GF-5 com a viscosidade 5W-30 que oferece benefícios de desempenho avançados como a proteção contra a alta temperatura, formação de depósitos, formação de verniz, proteção dos catalisadores e economia de combustível.
Ao observar o compartimento do motor, ficou evidente que algumas operações foram dificultadas pelo coletor de admissão que cobre todo cabeçote. Com isso uma simples verificação de uma vela de ignição ou uma bobina ob