Conhecido como Sonene no Fórum Oficina Brasil, Aldemílon Santilo Abad é um reparador com mais de 30 anos de experiência e que faz questão de veficiar o site de colaboração diariamente para continuar aprendendo. Aldemílon sempre teve a inteção de trabalhar com isso, mas tudo começou na infância e juventude: “eu queria me divertir tentando consertar as coisas, ficando sujo de graxa”, garante ele, com inegável bom humor. “Eu desmontava e montava as bicicletas dos meus irmãos mesmo não estando quebradas. Era bom demais, muito divertido. Sempre ajudei a cortar a grama e a pintar as paredes de casa, mas o que eu mais gostava era mexer com mecânica”, relembra Abad.
Sabendo disso, o pai logo tratou de dar um rumo para o filho: “meu pai disse ‘vou te colocar no Senai’”, conta. Sendo assim, o então garoto iniciou os estudos em 1972 no curso de Mecânica Geral no Senai de Ribeirão Preto. “Fiz o curso, inclusive de Tornearia, e foi muito bom para a minha formação. No começo do curso eu achei que ‘não fosse a minha praia’, mas comecei a trabalhar com isso, descobri que gostava e não consigo mais sair desse ‘trem’”, afirma Sonene, com simplicidade e risos, hoje com 61 anos.
Em 1974, depois que concluiu sua formação acadêmica no Senai, Aldemílon Abad passou a trabalhar na Automecânica Amadeu. “Nesse período eu aprendi bastante, quando fui funcionário”, conta o reparador. “Quando me tornei empresário descobri que esse negócio de oficina é ainda mais difícil, pois descobri que não nasci para ser patrão”, confessa Abad.
Sonene, que teve poucos funcionários, prefere trabalhar sozinho: “hoje eu tenho apenas a ajuda da minha filha Carolina. Tive poucos funcionários e depois desisti. A minha oficina é comum. Se você vier aqui acabará dizendo que não vai deixar o seu carro para ser consertado aqui. Mas pode deixar sim, pois eu garanto que o serviço é bem-feito e nunca fiquei sem cliente nesses 25 anos de oficina independente”, afirma o experiente reparador.
Aldemílon abriu a própria oficina, com o mesmo nome do proprietário, em 1990. “Eu tenho meu scanner, meus equipamento e faço tudo com calma, esmero e dá tudo certo”, assegura.
Sonene conheceu e se inscreveu no Fórum Oficina Brasil em 2009, dois anos depois de começar a pesquisar sobre reparação automotiva na internet. Ele afirma: “a pergunta sobre como eu conheci o Fórum é difícil, pois já faz muitos anos, mas provavelmente foi através do Jornal Oficina Brasil”.
“Eu gosto muito de ler e posso afirmar que cresci muito depois que entrei no site de colaboração”, conta o reparador. Sonene sabe que além dele, a comunidade formada por mais de cem mil colaboradores sempre aprendeu em demasia com o Fórum Oficina Brasil: “muita gente cresceu profissionalmente com o site. Acho que foi a melhor ferramenta de trabalho que encontrei. Muitas vezes eu não preciso logar, já vou direto na página e começo a ler, encontrar dicas e informações. Hoje eu tenho 61 anos e continuo aprendendo”, conta.
Sonene não chegou a pedir ajuda diretamente para os colegas, mas já resolveu problemas no dia a dia de sua oficina por acompanhar todas as postagens que no Fórum são feitas. “Eu sempre digo para os meus amigos que 10% do que aprendi foi trabalhando, o restante foi lendo. E como eu leio muito as informações do Fórum, todos os dias, grande parte do meu aprendizado foi lá. Já virou mania e perdi a conta de quantas soluções encontrei na página”, comenta. A rotina de Sonene é simples: “eu chego em casa, tomo banho, janto e entro no Fórum para estudar.”
O profissional Diogo Vieira teve como um de seus mentores o pai, Antonio Vieira, que também é reparador independente e serviu de referência e espelho para o filho. Contudo, Diogo seguiu um caminho (desculpem-me pelo trocadilho) mais “eletrizante”: “eu sempre gostei de eletrônica e elétrica. Meu pai é reparador, mas eu não tinha contato com essa área da oficina quando era pequeno pela falta de um eletricista”, conta. Apesar disso, quando completou 18 anos Diogo começou a estudar eletrônica de aparelhos domésticos, para consertar esse tipo de equipamento: “aí depois disso eu ‘descobri’ a eletrônica nos automóveis e gostei bastante, foi quando voltei a trabalhar na oficina do meu pai”, argumenta.
O pai, Antonio, sempre teve uma formação acadêmica muito boa, tanto na parte mecânica quanto elétrica, segundo o filho. “Meu pai fez muitos treinamentos em concessionárias e diversos cursos e ele me ensinou bastante. Ele foi um ótimo professor para mim”, afirma. Em 2000 Diogo iniciou seus estudos no Senai e “pela facilidade que eu sempre tive com eletrônica, em seis meses eu assumi a parte de injeção eletrônica na oficina Auto Motriz”. Contudo, Diogo afirma que sempre tenta se aprimorar, por isso não concorda com o título de “Fera”: “acho um pouco forte esta expressão. Não gostaria de ser rotulado assim porque estou sempre em busca de informações e quero ajudar as pessoas.” Mas nós sabemos que os integrantes do Fórum são verdadeiras “Feras” quando levamos em conta o conhecimento que todos detêm na área.
E Diogo é um grande exemplo disso, por reconhecer: “eu tenho um conhecimento muito amplo na parte elétrica.” Seguindo o caminho do pai, que também estudou bastante, Diogo nunca parou de estudar: “fiz um curso de mecânica de aeronaves: elétrica, hidráulica, estrutura, pneumática, proteção contra incêndio e congelamento, etc.”, revela. Hoje, o reparador conhecido como Auto_Motriz está cursando a faculdade de Engenharia Elétrica.
Em 2004 Diogo começou a ajudar o pai de forma integral, quando eles se mudaram do Rio de Janeiro para o Ceará. E lá encontrou o Fórum Oficina Brasil.
“Antes eu só acompanhava e passei um ano assim. O que me chamou atenção, nas minhas pesquisas, é que o site de colaboração tinha postagens sobre osciloscópio. Eu tinha pouca experiência e o site me ajudou bastante. E antes do site eu praticamente tirava as dúvidas com meu pai”, alega.
Auto_Motriz perdia horas na lan house pesquisando soluções, até que encontrou o Fórum: “o site é bom porque não se paga nada para ter as informações que estão ali. Surgiram Fóruns pagos na mesma época, mas acabaram não dando certo e o Oficina Brasil foi o que permaneceu”, constata Diogo Vieira.
Além disso, o reparador reconhece a importância da ferramenta: “é fundamental! Juntamente com o Jornal Oficina Brasil que chega na oficina todo mês, o conteúdo é excelente! A minha dica para os reparadores que ainda não estão no Fórum é para não perderem mais tempo. Eu deixo sempre logado no meu smartphone para acompanhar todos os tópicos no meu tempo livre. E outra coisa: a comunidade é uma família e nós unimos a teoria com a prática”, finaliza Diogo Vieira.