Neste artigo, daremos continuidade à exploração do tema relacionado à detecção de falhas de natureza mecânica que se manifestam no motor dos automóveis. Apresentaremos, de maneira minuciosa, a aplicação do scanner automotivo, elucidando a interpretação dos diversos sinais emitidos pelos sensores.
Além disso, discorreremos sobre o uso eficiente do osciloscópio em conjunto com os transdutores, visando analisar com precisão as variações de pressão no motor. Nosso objetivo é capacitar o reparador, permitindo-lhe diferenciar de modo conclusivo as anomalias de origem mecânica das provenientes do âmbito eletroeletrônico.
Transdutor de pressão com o motor em marcha lenta
Antes de iniciar o estudo dos casos, iremos entender como interpretar o sinal emitido pelo transdutor de pressão instalado no coletor de admissão como o motor no regime de marcha lenta.
Como já foi dito na matéria do mês de novembro, o transdutor de pressão, consiste, basicamente, de uma pastilha piezoelétrica que transforma variações de pressão em sinais elétricos. Instalado no coletor de admissão, podemos, facilmente, verificar o vácuo que cada cilindro está gerando no momento da admissão. Este teste pode ser realizado em dois regimes de funcionamento do motor: na partida ou em marcha lenta. Para esta matéria vamos iniciar mostrando o teste na marcha lenta.
A figura a seguir apresenta o gráfico emitido pelo transdutor de pressão instalado no coletor de admissão com o motor em marcha lenta. Os principais pontos de análise do sinal estão destacados por siglas que têm seu significado explicados logo abaixo da figura.
Descrição dos pontos demonstrados no gráfico:
IA= INÍCIO DE ABERTURA VÁLVULA DE ADMISSÃO
FA= FINAL DE ABERTURA VÁLVULA DE ADMISSÃO
IE= INÍCIO DE ABERTURA VÁLVULA DE ESCAPE