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Com 4,71 metros de comprimento, entre-eixos de 2,81 metros, 1,85 metro de largura e 1,39 metro de altura, calculei que o Audi A5 Sportback deveria pesar cerca de 2 mil quilos ou mais. E, quando informaram que o motor era um 2.0 l TFSI, de 211 cavalos de potência e 350 Nm de torque, pensei que o teste drive que me aguardava não seria algo assim, tão emocionante quanto os anteriores que fiz da própria Audi.
Em verdade, o test drive não foi nada emocionante, pois foi muito limitado. Algo como uma voltinha no quarteirão. Mas o desempenho do carro surpreendeu. Ao contrário do que havia imaginado, o A5 Sportback 2.0 l TFSI é leve para o tamanho, pesa apenas 1.530 kg. Com isso, o propulsor de 2 litros deu muito bem conta do recado.
Claro que podia ser melhor, caso a Audi tivesse adotado a mesma curva de potência do TTS, que também é um 2.0 l TFSI, porém de 273 cv. Mas ai o consumo não seria tão interessante, pois segundo a montadora, o A5 faz cerca de 17 km/l de gasolina no ciclo rodoviário.
O segredo para todo este desempenho e baixo consumo é uma série de tecnologias combinadas, com destaque para o sistema de recuperação de energia, um tipo de Kers incorporado neste modelo que segundo a Audi aproveita a energia cinética durante as desacelerações. Em resumo, sempre que há reduções de velocidade e frenagens, o alternador converte a energia do movimente em eletricidade que é armazenada temporariamente na bateria e, quando o carro é acelerado novamente, a bateria devolve a energia armazenada, reduzindo a carga do alternador. Fantástico.
A transmissão também surpreendeu. É um CVT programado com oito posições de marchas. Na prática, é possível trocar de marcha, mas se o motorista quiser, pode andar como um CVT normal, sem se preocupar em acionar as borboletas atrás do volante. Porém, quem já experimentou trocar marchas pelas borboletas, quer estar sempre no controle do carro.
Se tratado de um Audi, as demais tecnologias apresentadas no A5 Sportback são conhecidas. O motor tem injeção direta de combustível, que apesar de ser estratificada trabalho de forma homogênea, por conta do alto índice de enxofre da gasolina brasileira. Uma pena, mas quem sabe um dia nosso combustível evolui ao mesmo nível do sistema FSI. A pressão de trabalho do sistema de injeção é de 140 bar, uma verdadeira ‘paulada’ se comparado ao sistema convencional que trabalha a 3 ou 4 bar.
Aliado à injeção direta, o turbocompressor e o sistema Audi de controle de abertura e fechamento das válvulas de admissão (AVS – Audi Valvelift System) possibilitam o gerenciamento ideal da mistura estequiométrica para cada nível de exigência de carga do motor.
Toda esta tecnologia possibilita ao motor atingir torque máximo de 350 Nm a apenas 1.500 rpm e mantê-lo até 4.200 rpm. Na prática, significa agilidade no trânsito, arranque forte, do tipo que gruda as costas no banco.
Leve
Segundo a Audi, o A5 é leve porque incorpora uma série de tecnologias estruturais na carroceria, que combina metais como liga de aço-boro e alumínio unidas por solda de plasma. Não é qualquer funileiro que tem conhecimento para reparar este tipo de carroceria...
Ao contrário dos carros desta categoria, o A5 Sportback tem tração dianteira, não conta com a quattro, uma pena. Mas tem controle de estabilidade eletrônica (ESP) que corrige eventuais abusos. As rodas são de 18 polegadas, revestidas por pneus 245/40. O preço? R$ 189.000.