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  5. Volkswagen Space Fox 1.6 Imotion: problemas recorrentes comprometem o “conforto” proposto

Volkswagen Space Fox 1.6 Imotion: problemas recorrentes comprometem o “conforto” proposto


Reparadores especializados em câmbios automatizados abrem o jogo e relatam problemas comuns e frequentes do câmbio automatizado e ainda dão dicas de manutenção e prevenção para evitar surpresas desagradáveis

Tenório Júnior
10 de agosto de 2017

Foto 1

Em abril de 2006 a Volkswagen apresentou o primeiro sportvan do mercado nacional. Desenvolvido no Brasil a partir da plataforma do Fox, o modelo une o design esportivo de uma Station Wagon ao espaço interno e versatilidade de uma minivan, características essas que deram origem ao termo Sport van. O modelo chegou com duas versões de acabamento, Plus e Comfortline, ambas equipadas com motor EA111 1.6l Total Flex.

Em 2010 o Space Fox ganhou sua nova geração, com as linhas de estilo mundial da marca que haviam estreado no novo Fox e no novo Cross Fox. Nessa nova linha o modelo ganhou a oferta da transmissão automatizada denominada ASG, na versão I-Motion.

O motor 1.6 dá ao Space fox energia suficiente para atender as expectativas de quem opta por essa motorização. Já o câmbio automatizado, divide opiniões e às vezes é avaliado de forma equivocada.

O sistema de transmissão automatizado da marca alemã, batizado de ASG, foi desenvolvido no Brasil pela Volkswagen em parceria com a Magneti Marelli, possui um sistema que aciona a embreagem e faz as trocas de marchas automaticamente sobre uma caixa originalmente projetada para trocas manuais - muito diferente de um câmbio automático.

Quem nunca dirigiu um veí­culo com esse sistema, certamente vai estranhar ou mesmo se incomodar com os “trancos” que ocorrem principalmente nas trocas de marchas de 1ª para a 2ª e um pouco menor da 2ª para a 3ª. A razão desse desconforto é que, apesar de não possuir o pedal de embreagem, o sistema conta com uma embreagem do tipo convencional, platô, disco e rolamento.

No momento da troca das marchas a central eletrônica envia o comando para o sistema eletro-hidráulico que atua no acionamento da embreagem, como se alguém estivesse pisando no pedal. Se fosse num carro manual, o motorista ao pisar na embreagem tiraria o pé do acelerador e, após a troca da marcha voltaria a acelerar ao mesmo tempo em que tira o pé da embreagem de forma gradativa, justamente para não dar o tal “tranco”.

No sistema automatizado, como não há o pedal de embreagem e as trocas são feitas de foram autônomas, o motorista não tira o pé do acelerador, o que torna aquele “balanço” nas trocas de marchas inevitável.

No modo “Sport”, o seja, como o botão “S” acionado (foto 02), o sistema irá trocar as marchas com a rotação mais alta, o que pode provocar o desconforto ainda maior.

Foto 2

Portanto, para diminuir o desconforto provocado por esses “balanços” nas trocas de marchas, o motorista deve se adaptar ao sistema procurando a melhor forma de condução. Talvez, uma pequena aliviada no acelerador no momento das trocas de marchas pode ser a solução – é apenas uma sugestão, porque vai depender da velocidade do carro e rotação do motor.

Feitas as considerações e observações prévias sobre o veículo que será avaliado nesta edição, nos resta agora, saber o que os profissionais independentes da reparação automotiva, dizem a respeito desse carro como um todo.

Para isso, entrevistamos três Reparadores de oficinas distintas, porém, com uma coisa em comum, todos são especializados em sistemas de transmissão automática e automatizadas. São eles:

Em São José dos Campos-SP, no bairro Jardim Souto encontramos a oficina “Real Center”, que é especializada em mecânica automotiva, injeção eletrônica, câmbios automáticos e automatizados. Quem nos concedeu a entrevista foi o empresário e técnico Alex Real, 43 (foto 3). Esse Reparador que começou trabalhando em um desmanche quando tinha penas 13 anos de idade, nos conta sua trajetória: “Depois de um tempo que eu estava no desmanche, meu pai montou uma oficina e eu fui trabalhar com ele; fiquei alguns anos e saí pra trabalhar fora, depois voltei e abri uma sociedade com o meu pai (Daniel Marques, 69) e meu irmão (Tiago, 32). Hoje nossa oficina já comemora 22 anos de existência”, conta Alex. Ao longo do tempo, Alex se preparou fazendo cursos de especialização em câmbios automáticos e automatizados, sua oficina atende em média, 80 carros por mês.

Na zona sul da cidade de São Paulo, bairro Ipiranga, encontramos a oficina “JC Mecânica Especializada”. Fundada e administrada pelo técnico José Costa de Morais, 40 anos de idade (foto 4), a oficina, especializada em mecânica automotiva, injeção eletrônica, câmbio automático e automatizado, trabalha com veículos multimarcas.

José, que começou trabalhando com caminhões aos 14 anos de idade, conta um pouco da sua história: “Em 1995 depois que deixei de trabalhar com caminhões, fui trabalhar com câmbio automático e em 2000 comecei a trabalhar também com câmbio automatizado. Ao longo do tempo fiz cursos de câmbio automático, automatizado e injeção eletrônica na escola SENAI. Em 2005 consegui abrir a minha própria oficina, hoje atendo em média 40 carros por mês”, conta o técnico José.

Na cidade de Cascavel no estado do Paraná, encontramos a oficina “Mecânica Med Car”, que atende veículos multimarcas executando serviços de mecânica, injeção eletrônica e é especializada em câmbios automáticos e automatizados. Quem nos concedeu a entrevista foi o técnico e especialista em sistemas de transmissão, Thiago Dotta, 28 anos de idade (foto 5). Esse Reparador, apesar de jovem, tem uma longa trajetória a contar: “Meu primeiro contato com carros foi num desmanche; depois entrei na escola de cursos profissionalizantes, SENAI, foi quando eu conheci o jornal oficina Brasil e percebi a importância de obter conhecimento, desde então, sou leitor assíduo do jornal. Através do SENAI participei da olimpíada do conhecimento e obtive destaque com o primeiro lugar na fase regional, na estadual e na fase nacional fiquei em segundo lugar. Logo depois me tornei professor do SENAI, fiz estágio em todas as concessionárias e trabalhei em uma oficina que consertava carros importados. Hoje faz dez anos que trabalho com câmbios automáticos e automatizados e há três anos abri minha própria oficina que é a “Mecânica Med Car”, conta Thiago.

 
 

Suspensão dianteira

A suspensão dianteira é do tipo McPherson independente com amortecedores pressurizados, molas helicoidais e barra estabilizadora. Esse é o modelo mais utilizado nos carros atuais pela sua simplicidade, versatilidade e confiabilidade.

De acordo com os técnicos consultados, Alex e José, o maior problema encontrado no conjunto “suspensão” é a fragilidade da bucha traseira da bandeja (foto 6), bieletas e buchas da barra estabilizadora (foto 7). As demais peças como molas, amortecedores, batentes, pivôs e terminais, apresentam defeito condizente com o tempo e condições de uso.

 
 

Já o técnico Thiago, relata que os problemas mais frequentes são os batentes dos amortecedores, coxins superiores e os próprios amortecedores. “Acredito que essa incidência de carros desse modelo que chegam aqui na nossa oficina, se dá pelo tipo das ruas da região. É bem comum, amortecedores entre 50 e 60 mil km apresentarem perda de ação”, diz o Reparador.
Dica do Reparador Thiago: para fazer um diagnóstico seguro e preciso, muitas vezes o melhor é retirar o amortecedor do carro, desmontar a mola e verificar manualmente para ver se não há folga axial, lateral ou perda de ação.

Suspensão traseira

Composta por uFoto 8m eixo de torção, amortecedores pressurizados e molas helicoidais (foto 8), a suspensão traseira, pela sua simplicidade, não apresenta grandes problemas.

Os reparadores Alex e José não constataram nenhum problema fora do normal. Apenas o Reparador Thiago alerta sobre a perda de ação das molas, por volta dos 60.000 km rodados. “O cliente chega reclamando que a traseira abaixa com muita facilidade, basta colocar duas pessoas sentadas no bando de trás que já bate nos batentes. Nesses casos a correção a ser feita é a substituição das molas, porém, se os amortecedores ainda não foram substituídos, o melhor é trocá-los também”, diz o técnico.

Freios

O sistema com discos ventilados na dianteira e tambores na traseira, apesar de não possuir sistema ABS (Antilock Braking System – Sistema de freio antitravamento), conta com o auxílio do regulador de pressão sensível à carga (foto 9). Esse dispositivo atua nos freios das rodas traseiras regulando a pressão hidráulica de acordo com a carga que está no carro. Quanto mais pesado, Foto 9maior a pressão liberada pela válvula; quanto menor o peso, menor a pressão nas rodas.

Esse ajuste de distribuição da pressão hidráulica aumenta a eficiência do freio quando está com carga e reduz a possibilidade de sair de traseira durante uma frenagem, quando o veículo está leve.

Além da manutenção básica do sistema, chamo a atenção para dois pontos que merecem atenção especial:

Fluido de freio: por ser higroscópico (absorve a umidade do ar), ao longo do tempo (em média 12 meses) a quantidade de água absorvida faz com que o ponto de ebulição caia drasticamente e, numa condição de descida de serra, por exemplo, em que a temperatura do fluido passa fácil dos 150°C, o fluido pode ferver dentro das tubulações, formando bolhas de ar e, consequentemente ocorrerá a perda de pressão – o pedal do freio desce até a “tábua”. A título de informação, um fluido de freio novo do tipo Dot 4, que é utilizado no veículo avaliado nesta matéria, tem o seu ponto de ebulição acima de 230°C. Portanto, a substituição do fluido de freio, de forma preventiva, deve ser realizada a cada 12 meses.

Ajuste das sapatas de freio: o sistema de freio traseiro possui um dispositivo mecânico em forma de “cunha” (foto 10) que foi projetado para regular as sapatas automaticamente conforme o desgaste. Porém, por experiência, eu afirmo: essa regulagem automática não é confiável! Na maioria dos carros, não apenas desse modelo e marca, quase todos que utilizam sapatas ou lonas de freio, têm a necessidade de ajustar manualmente. Mas, atenção! Só faça a regulagem após se certificar de que as sapatas/lonas, os tambores e os cilindros de rodas, estão em perfeitas condições de uso.

Foto 10

Dica para regular as sapatas de freio:

1. Certifique-se de que o cabo de freio de mão está totalmente em repouso, ou seja, desregulado;

2. Retire um parafuso da roda e com uma chave de ponta (faça de uma chave de fenda velha) introduza no furo da ponta do regulador (onde vai a mola). Peça para alguém pisar no freio enquanto você força o regulador para baixo, ele vai descer até o seu limite. (faça o mesmo procedimento dos dois lados);

3. Dê umas pisadas no freio para ver se as rodas não ficaram presas;

4. Ajuste o cabo de freio de mão, se houver necessidade.

Arrefecimento

O sistema de arrefecimento é um item de extrema importância para a vida do motor; se aquecer demais pode fundir o motor; se esfriar demais provoca desgaste prematuro, polui o ar da atmosfera e aumento considerável do consumo de combustível. (Para saber mais sobre esse tópico, veja a matéria em “Meu carro minha vida” sob o título: Febre e Hipotermia, a importância do controle de temperatura para a longevidade da máquina, publicada no mês de maio de 2017 - www.oficinabrasil.com.br/noticia/meu-carro-minha-vida/febre-e-hipotermia-a-importancia-do-controle-de-temperatura-para-a-longevidade-da-maquina).

Foto 11

Voltando para nosso Spacefox Imotion, de acordo com os três reparadores consultados, existe um problema crônico nesse modelo de motor (EA111): a carcaça da válvula termostática, o cano d’água (foto 11) e a válvula termostática frequentemente apresentam defeitos; seja de vazamentos pelas conexões, trincas por ressecamento do “plástico”de alguma das peças, ou inoperância da válvula termostática. Independentemente do problema apresentado, o resultado é dispendioso para o cliente e pode custar a “vida” do motor.

De acordo com os Reparadores o ideal é substituir o conjunto da válvula termostática (foto 12) preventivamente entre 30 e 40 mil km ou três anos e trocar o líquido de arrefecimento (aditivo + água desmineralizada) a cada 15 mil km ou um ano, sempre o que ocorrer primeiro.

Foto 12

Dica do consultor OB Tenório Junior: é de bom tom que se recomende a troca preventiva da bomba d’água na ocasião da substituição da correia dentada, que é a cada 60 mil km em média. Nesse motor, quando ocorre vazamento pela gaxeta da bomba d’água, o líquido cai sobre o rolamento da correia dentada, podendo danificá-lo.

Injeção eletrônica e ignição

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