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Renault Megane E-Tech: Arquitetura eletrificada, desafios e oportunidades para as oficinas independentes


Da história do modelo à nova motorização 100% elétrica, analisamos o Megane E-Tech sob a ótica técnica, com destaque para suspensão, motorização, diagnóstico eletrônico e a realidade das oficinas na transição para veículos eletrificados.

Wellyson Reis
07 de agosto de 2025

Desde seu lançamento em 1995, o Renault Megane ocupa posição de destaque no cenário automotivo europeu, sendo reconhecido por aliar design inovador, tecnologias de ponta e desempenho confiável. Ao longo de mais de duas décadas, o modelo evoluiu continuamente, consolidando-se como um verdadeiro ícone da marca francesa.


A meta da Renault era clara: conquistar uma fatia significativa do competitivo mercado de veículos compactos com um produto que reunisse estilo, praticidade e desempenho em um pacote acessível. Assim nasceu o Megane — um projeto ambicioso que logo se destacou por suas linhas arrojadas, aerodinâmica refinada e uma cabine espaçosa que rapidamente caiu no gosto dos consumidores.


Durante sua trajetória, o Megane passou por diversas transformações. A segunda geração, lançada em 2002, marcou um salto em design e segurança, com inovações como airbags de cortina e controle eletrônico de estabilidade. Já a terceira geração, de 2008, refletiu o compromisso da Renault com a sustentabilidade, ao incorporar melhorias na eficiência energética e redução de emissões, com novos motores otimizados.


A quarta geração, apresentada em 2016, reafirmou a vocação tecnológica do modelo ao integrar sistemas avançados de assistência ao condutor e conectividade. Mais recentemente, a linha Megane foi expandida com variantes híbridas e elétricas — uma resposta à crescente demanda por veículos sustentáveis.


Nos mercados onde permaneceu em produção contínua, como a Europa, o Megane segue sendo uma das escolhas preferidas por quem busca equilíbrio entre conforto, tecnologia e versatilidade. A chegada do Megane E-Tech 100% elétrico representa não apenas uma nova fase da linha, mas a reafirmação do legado da Renault com o nome Megane: um modelo que agora inscreve seu nome no futuro da mobilidade.





UM NOVO MEGANE, UM NOVO COMEÇO


Com o lançamento do Megane E-Tech 100% elétrico, a Renault inaugura um novo capítulo em sua jornada rumo à eletrificação. Utilizando a moderna plataforma modular CMF-EV — dedicada exclusivamente a veículos elétricos — o modelo une o que há de mais atual em design, performance e tecnologia.


“O Megane E-Tech é o primeiro modelo da fase Renovation aqui no Brasil, parte do plano estratégico mundial Renaulution. Ele inaugura a nova identidade da Renault, refletindo o novo posicionamento da marca globalmente. Acreditamos que a linha E-Tech conecta inovação e tecnologia com um futuro mais sustentável, e essa é a visão da Renault do Brasil”, destaca Ricardo Gondo, presidente da Renault do Brasil.


Posicionado em um segmento inédito para a marca no país, o novo Megane mira um perfil de consumidor exigente, identificado como early adopter — aquele que busca tecnologia de ponta, sofisticação e soluções inovadoras para uma mobilidade mais inteligente. Na Europa, o modelo já ultrapassou a marca de 60 mil unidades emplacadas.


No Brasil, a Renault comercializa veículos elétricos desde 2013 em projetos de mobilidade e, a partir de 2018, também para o consumidor final. A decisão de fabricar o Megane E-Tech em Douai (França), dentro do polo industrial Renault ElectriCity, reforça a ambição da marca: produzir 400 mil veículos elétricos por ano e se tornar o principal centro de produção de EVs na Europa.


Com 26 anos de história, quatro gerações e um legado de inovação, o novo Megane E-Tech resgata a essência do modelo original — prazer ao dirigir, conforto, espaço e versatilidade — em uma roupagem elétrica e tecnológica.


AERODINÂMICA E DESIGN COM PROPÓSITO


Visualmente, o Megane E-Tech transmite robustez e sofisticação. Suas linhas combinam a esportividade dos cupês com elementos típicos dos crossovers: rodas diamantadas de 18”, proteções inferiores na carroceria e caixas de roda destacadas.


A eficiência aerodinâmica foi prioridade no projeto. O perfil do teto em declive, os pneus estreitos, os para-choques com saídas de ar esculpidas e as maçanetas embutidas resultam em um visual fluido e funcional. Cada detalhe contribui para reduzir o arrasto e otimizar o desempenho energético.


DIMENSÕES E ILUMINAÇÃO ESCULTURAL


Com 4,21 metros de comprimento, entre-eixos de 2,70 m e altura de 1,50 m, o Megane E-Tech se destaca pelo equilíbrio entre dimensões compactas e excelente aproveitamento de espaço interno. Isso só foi possível graças à fina bateria de 110 mm e à arquitetura otimizada da plataforma CMF-EV.


Outro destaque é a assinatura luminosa: na frente, luzes diurnas que “escapam” dos faróis; na traseira, filamentos micro-ópticos criam um efeito 3D vibrante. Os faróis adaptativos — com seis refletores — ajustam-se automaticamente ao ambiente e às condições climáticas. Completam o conjunto os piscas dinâmicos e as maçanetas elétricas retráteis.



DESEMPENHO E MOTORIZAÇÃO


Com motor de 220 cv e 30,6 kgfm de torque, o Megane E-Tech entrega aceleração de 0 a 100 km/h em apenas 7,4 segundos. O propulsor é um motor síncrono eletricamente excitado (EESM), sem metais de terras raras, o que reduz o impacto ambiental. Compacto e eficiente, pesa apenas 145 kg (incluindo a transmissão), sendo 10% mais leve que o do ZOE.


Além da potência, o Megane oferece quatro níveis de frenagem regenerativa, ajustáveis por paletas atrás do volante, permitindo maior autonomia e uma condução mais intuitiva nas cidades.


BATERIA E AUTONOMIA


A bateria de 60 kWh tem apenas 110 mm de espessura e pesa 395 kg. Ela oferece até 495 km de autonomia urbana (SAE J1634). Com densidade energética de 600 Wh/l, é composta por 12 módulos de 24 células e conta com resfriamento líquido inédito na Renault. A garantia é de 8 anos ou até queda abaixo de 70% da capacidade nominal.


A recarga pode ser feita em tomadas domésticas (2,3 kW), estações urbanas (22 kW) ou rodoviárias (130 kW). A gestão térmica inteligente reaproveita o calor do motor para aquecer a cabine e estabilizar o desempenho da bateria em diferentes climas.



SEGURANÇA E CERTIFICAÇÕES


O Megane E-Tech recebeu nota máxima de 5 estrelas no EuroNCAP, com destaque para proteção de adultos (85%) e crianças (88%). Equipado com 7 airbags, controle de estabilidade e o inovador sistema Fireman Access, facilita o resgate em caso de acidentes. Um QR code no para-brisa fornece às equipes de resgate informações sobre a arquitetura elétrica do veículo.


A estrutura da bateria, com tubos de alumínio extrudados e crash-boxes integrados à plataforma CMF-EV, oferece resistência estrutural elevada e segurança em colisões.


NAS OFICINAS: A VISÃO DOS REPARADORES


Dividimos em duas etapas nossas visitas com o Megane E-Tech. A primeira parada foi na Motor France SP, localizada na Rua Vigário Albernaz, 31 – Vila Gumercindo, zona sul de São Paulo. A oficina, especializada em marcas francesas, é comandada por Fernando Teodoro Araújo, profissional com vasta experiência no segmento desde 1994, iniciando sua trajetória na fábrica da Renault em Curitiba e atuando posteriormente em concessionárias e oficinas independentes.


Fernando confessou ter certo receio com veículos eletrificados, pois ainda não possui equipamentos ou treinamentos específicos para sistemas de alta tensão. No entanto, demonstrou interesse e entusiasmo ao conhecer o Megane E-Tech. A primeira tentativa foi realizar a leitura eletrônica do sistema por meio de um scanner, mas o equipamento não conseguiu identificar o modelo, nem por número do chassi. Segundo Fernando, provavelmente seria necessária uma atualização do software.


Já na inspeção mecânica com o veículo elevado, a equipe ficou positivamente impressionada com a robustez do conjunto de suspensão, que inclui braços auxiliares reforçados e barras estabilizadoras nas duas extremidades. Isso se refletiu na qualidade da dirigibilidade, com bom comportamento em curvas e conforto ao rodar em vias irregulares.


Um detalhe elogiado foi a presença de uma tampa de acesso às barras de geometria da suspensão traseira, mesmo com o assoalho protegido por coberturas plásticas — um diferencial que facilita intervenções como o alinhamento. No cofre do motor, os coxins de fixação foram destacados por sua construção robusta com elementos hidráulicos. Por outro lado, o fato de estarem ligados ao subchassi e não diretamente à carroceria pode aumentar a complexidade em certos reparos.


A segunda visita foi à Infinity Tecnologia em Autos, em Mauá (SP), comandada por Rodrigo Pereira Salviato. Com 14 anos de atuação, a oficina já se especializa em veículos híbridos e elétricos, contando com carregador Wallbox e uma ferramenta específica para equalização de células de baterias — essencial para reparos internos.


Rodrigo compartilhou que atende clientes de várias regiões do Brasil e está preparado para receber inclusive apenas os packs de baterias de outras oficinas para substituição de células. Avaliando o Megane E-Tech, destacou a boa localização e proteção da bateria, além da facilidade de remoção e instalação.


Um ponto interessante foi a observação de “bojões” para drenagem do óleo do motor elétrico — item incomum, mas necessário nesse tipo de motorização, já que o óleo circula em áreas estratégicas para manter a temperatura ideal do rotor e estator. Até o momento, não há informações oficiais sobre a periodicidade de troca.


Rodrigo também realizou a leitura do sistema com seu scanner automotivo, conseguindo acesso aos valores de sensores. No entanto, ainda são limitadas as funções de testes de atuadores ou parametrizações, o que evidencia que o suporte das montadoras para o pós-venda independente ainda precisa evoluir para os veículos eletrificados.


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