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Caminhão sem cabine – O poder transformador da tecnologia no transporte de cargas


Estamos habituados com a aparência tradicional dos caminhões, mas já temos mudanças radicais sendo testadas e aplicadas que estão nos forçando a aceitar um modelo de caminhão autônomo em que a cabine foi removida

Por: Antonio Gaspar de Oliveira - 25 de julho de 2019

Temos tantas atividades durante o nosso dia que não paramos para refletir sobre algumas situações comuns como perguntar por que um caminhão tem cabine. A resposta poderia ser que é o espaço para acomodar confortavelmente o motorista, isso mesmo, é para isso que ela foi desenvolvida. 

Caminhao, Oficina Brasil

Agora vamos pensar se não houver a necessidade da presença do motorista, então, por que manter a estrutura da cabine em um caminhão que tem tecnologia tão avançada que permite trafegar sozinho?

Este caminhão existe e já está trabalhando em ambientes restritos em áreas portuárias para o transporte de containers entre o local de descarga e o local de armazenamento. 

A fabricante de caminhões sueca Volvo apresentou o projeto Vera no final do ano passado, sua primeira solução elétrica, conectada e autônoma, projetada para tarefas repetitivas em centros logísticos, fábricas e portos. Neste mês de junho de 2019, iniciou os testes práticos. Sem cabine, este caminhão funciona sem emissões e com níveis de ruído reduzido, é 100% elétrico e 100% autônomo, com condições de oferecer serviços contínuos de transporte entre locais fixos, independente de ser dia ou noite.

A inovação do caminhão Vera pode ser controlada e monitorada num centro de comando e tem o potencial de tornar o transporte mais seguro, mais limpo e mais eficiente.

O centro de comando monitora continuamente o progresso do transporte e mantém uma monitoração precisa da posição de cada veículo, carga da bateria, conteúdo da carga, requisitos de serviço e outros parâmetros, evitando assim o funcionamento desnecessário e aumentando a exatidão da entrega. Veículos que operam na mesma rota cooperam para criar um fluxo otimizado. 

Vários veículos Vera farão parte do sistema conectado e serão monitorados a partir de uma torre de controle. O objetivo é estabelecer um fluxo contínuo de mercadorias que responda às demandas por maior eficiência e flexibilidade. Vários veículos Vera destinam-se a operar em estradas públicas pré-definidas em uma área industrial.

A solução de transporte autônomo será desenvolvida em termos de tecnologia, gerenciamento de operações e adaptações de infraestrutura, antes que possa estar totalmente operacional. Além disso, as precauções de segurança necessárias serão tomadas para atender aos requisitos da sociedade.

O sistema de caminhões  da Volvo  incorpora os conceitos baseados em autônomos, elétricos, sem cabine e conectados sem fio a um centro de controle.

O uso limitado deste novo conceito de caminhão será implantado em locais específicos com o objetivo de complementar o transporte, em vez de substituir os veículos atuais.

A velocidade máxima está em torno de 40 km/h e está equipado com câmeras, sensores de radar para detectar seus arredores e outros caminhões.

Com estes caminhões não tripulados levando carretas em suas rotas pré- estabelecidas, uma torre de controle monitora as suas condições, a capacidade de autonomia das baterias e as informações sobre a carga. 

A Volvo caminhões está pronta para ver como isso funciona na prática, com o caminhão Vera recebendo sua primeira missão de rebocar contêineres de um centro de logística em Gotemburgo, na Suécia, para um terminal portuário próximo para distribuição em todo o mundo. O teste piloto é uma colaboração com a empresa de logística DFDS e envolverá percursos curtos com velocidades limitadas a 40 km / h. 

A falta de uma cabine de motorista é possivelmente o mais notável recurso no desenho do caminhão Vera. No entanto, uma inspeção mais detalhada revela uma infinidade de recursos menores e mais sutis, que foram cuidadosamente planejados e pensados.

O corpo

A estrutura do veículo é formada com o propósito de enfatizar sua alta funcionalidade. Do seu 'cérebro' na frente, os gráficos seguem a 'espinha dorsal' ao longo do veículo. Esses gráficos destacam a eletrificação e a tecnologia autônoma. Luzes LED e mais de 30 sensores diferentes foram colocados para que eles cumpram suas funções, mas ao mesmo tempo combinam com o desenho limpo. Cores contrastantes destacam os diferentes atributos do veículo. As partes escuras reforçam os aspectos técnicos, enquanto as partes mais leves tornam o veículo mais acessível e humano. 

As rodas
O aro e o pneu combinados proporcionam um diâmetro visualmente maior no aro. Os pneus completam o veículo como um todo e também irradiam uma imagem poderosa, combinando com  todo veículo. A cor laranja no meio do pneu, em combinação com o padrão no aro, faz com que o pneu se destaque. 

Luzes
Os distintos faróis da Volvo com a sua forma em V proporcionam uma luz decisiva mas agradável. Na traseira, as lanternas vermelhas com listras semelhantes contrastam com os menores detalhes cinza e preto nas proximidades. Nas laterais, uma linha branca longa e reta iluminada do logotipo da Volvo simboliza a bateria e as conexões sem fio. 

Quinta roda
A seção preta que passa direto sobre o caminhão Vera conecta a tecnologia de automação com a plataforma giratória - ou quinta roda, como também é conhecida. A superfície da mesa giratória tem um acabamento fosco e uma aparência robusta que mostra sua alta capacidade e resistência ao desgaste pesado. 

As cores do caminhão Vera foram escolhidas para ele parecer moderno, urbano, amigável e técnico. O corpo de prata limpo e simples faz com que o veículo pareça mais leve. Áreas pretas com combinações de acabamentos foscos e brilhantes cobrem as áreas técnicas. Um matiz de ameixa sutil dá ao cérebro do veículo uma sensação de sofisticação ao mesmo tempo em que torna o veículo mais perceptível de longe. Para destacar a tecnologia de automação, uma cor laranja moderna e quente foi escolhida para se destacar de outros caminhões da Volvo. (Fig.12)

Níveis de Automação

Várias soluções serão necessárias, dependendo do grau de automação desejado e da complexidade da situação em que a solução de transporte deve operar.

Apenas motorista: O motorista está totalmente ocupado no controle do caminhão.

Assistida: Automação da função individual, motorista totalmente engajado - O motorista pode estar livre, por exemplo, quando estiver usando o controle de velocidade/piloto automático.

Automação Parcial: Automatizado em múltiplas funções, motorista totalmente engajado - O motorista pode estar livre sem usar os pés ou mãos, mas os olhos devem permanecer na estrada.

Automação condicional: Automação de múltiplas funções, o motorista responde a uma solicitação para intervir - O motorista pode estar livre sem usar os pés ou as mãos e sem estar olhando, mas deve ser capaz de retomar o controle rapidamente.

Automação alta: Automatizado em certas condições, motorista não fica monitorando a estrada - O motorista não tem responsabilidade durante o modo automatizado.

Automação total: Condução automatizada independente da situação - O motorista não tem responsabilidade durante a direção. 

Vale lembrar que nos casos de automação alta e a total, a responsabilidade no caso de acidente tem gerado dúvidas sobre quem vai responder criminalmente, uma vez que a máquina que no caso é o caminhão por ser autônomo, provocou o acidente. Avanço na tecnologia, avanço nas responsabilidades.