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O kit de distribuição que pode incluir correia ou corrente de sincronismo, tensores, polias e, em alguns casos, a bomba d’água tem como função principal manter o sincronismo exato entre o virabrequim e o comando de válvulas. Isso garante que as válvulas abram e fechem no momento certo em relação aos pistões.
A falta de manutenção adequada pode causar falhas catastróficas, como a colisão entre válvulas e pistões, levando a danos graves e altos custos de reparo. Por isso, entender quando e como substituir esse conjunto é essencial.
Por que trocar o kit de distribuição?
A troca do kit de distribuição é necessária tanto por desgaste natural quanto por prevenção de danos. Abaixo estão os principais motivos para realizar essa substituição:
Desgaste ao longo do tempo: A correia de distribuição pode ressecar, rachar ou romper. Já a corrente, embora mais resistente, pode sofrer alongamento ou desgaste nos elos.
Prevenção de danos maiores: A quebra da correia ou o desalinhamento da corrente pode provocar a perda do sincronismo, resultando em danos severos ao motor.
Sinais de alerta:
Ruídos anormais como chiados, estalos ou batidas;
Vazamentos de óleo ou de fluido de arrefecimento, principalmente quando a bomba d’água faz parte do kit.
Ferramentas necessárias para a troca
Antes de iniciar o serviço, é fundamental preparar o ambiente e as ferramentas:
· Jogo de chaves e soquetes
· Torquímetro calibrado
· Chave de catraca com extensões
· Bloqueador de volante (para fixar o motor no PMS)
· Extrator de polia do virabrequim (se necessário)
· Graxa lubrificante adequada para polias e tensores
· Limpador de superfícies/resíduos
· Manual técnico do veículo
Passo a passo para a troca do kit de distribuição
1. Preparação e segurança (tempo estimado: 2h30)
· Certifique-se de que o motor está completamente frio.
· Desconecte a bateria para evitar acidentes elétricos.
· Remova as proteções plásticas, ventoinhas ou qualquer componente que bloqueie o acesso.
· Se a bomba d’água estiver no kit, drene o fluido de arrefecimento.
2. Posicionamento do motor
· Gire o virabrequim até que o motor esteja em ponto morto superior (PMS) no cilindro 1.
· Utilize o bloqueador de volante para manter a posição.
3. Remoção do Kit Antigo (30 minutos)
· Solte o tensor para aliviar a tensão da correia ou corrente.
· Remova com cuidado para não danificar as polias.
· Retire os tensores, polias e a bomba d’água, se for o caso.
· Limpe as superfícies e verifique se há resíduos de óleo, graxa ou sujeira.
4. Instalação do novo kit (1h40)
· Verifique se todos os componentes estão em perfeito estado e correspondem ao modelo do veículo.
· Instale a bomba d’água, caso aplicável, com junta ou selante adequado. Aperte os parafusos com o torque indicado.
· Posicione a nova correia ou corrente, alinhando as marcas de sincronismo no virabrequim, polias e comando de válvulas.
· Ajuste o tensor conforme especificado no manual.
· Gire o motor manualmente por duas voltas e confirme se as marcas de sincronismo permanecem alinhadas.
5. Reinstalação dos componentes e teste (1 hora)
· Reinstale proteções, ventoinhas e demais componentes removidos.
· Reconecte a bateria.
· Se a bomba d’água foi trocada, recarregue o sistema de arrefecimento e elimine bolhas de ar com o procedimento correto.
Cuidados e boas práticas
Siga rigorosamente o manual do fabricante: Os torques, ordens de montagem e especificações são cruciais.
Verifique o alinhamento das marcas de sincronismo: Erros nessa etapa podem danificar o motor.
Utilize peças de qualidade comprovada: Kits genéricos podem ter durabilidade e desempenho inferiores.
Inspecione o conjunto como um todo: Analise o estado de polias auxiliares, rolamentos e componentes próximos.
Prevenir é sempre mais barato que reparar
A troca do kit de distribuição deve ser realizada dentro do intervalo recomendado pelo fabricante, que geralmente varia entre 60.000 e 100.000 km no caso de correias. Respeitar esse prazo é essencial para garantir o bom desempenho do motor e evitar prejuízos maiores