Vejamos nesta matéria como funcionam os sensores de posição angular. Para o reparador, é de suma importância conhecer como funciona cada componente, pois, sabendo disto, temos a capacidade de identificar melhor a real causa da falha e, como sabemos, isso é um diferencial.
Sensores de posição
Os sensores caracterizam-se por um elemento de leitura de posição baseado em um sensor POTENCIOMÉTRICO ou SENSOR HALL (dependendo do fabricante), onde efetua a leitura de movimentos angulares ou lineares.
- O potenciômetro (técnica mais comum de ser usada) é um elemento construído com uma resistência elétrica (pista do potenciômetro)
- Sendo o potenciômetro alimentado com tensão elétrica, haverá um nível de tensão definido para cada ponto da pista.
- Apoiada nesta pista desloca-se um cursor móvel (comandado pelo elemento que se quer medir), da posição mínima até a máxima. Este sensor pode ser usado para medir a posição do corpo da borboleta do acelerador.
Um conector com 3 terminais elétricos faz a ligação do sensor até a UCE:
- ü Linha de alimentação de tensão (5,00 volts)
- Linha de massa (0,00 volts)
- Linha de sinal do sensor (proporcional à posição).
A UCE alimenta o sensor, durante o seu funcionamento, normalmente com uma tensão de 5,00 volts DC.
O objetivo básico para este nível de tensão é de que mesmo com tensão de bateria menor que o ideal (<12,6V), a tensão de alimentação do sensor continua normal (5V), e sem contar que com tensões menores de trabalho, a corrente elétrica que circula na placa da UCE é menor, e, portanto as trilhas ficam mais estreitas, podendo se confeccionar UCEs de tamanho reduzido.
Os sensores potenciométricos são usados na linha automotiva para determinar posição angular do:
- Sensor de posição de borboleta de aceleração (TPS ou Throttle Positioning Sensor)
- Sensor de fluxo de ar (VAF ou Vane Air Flow)
- Sensor de pedal do acelerador (APS ou Acelerator Pedal positioning Sensor)
- Sensor da borboleta do corpo de aceleração elétrico.
O sinal medido é a posição do corpo da borboleta do acelerador (da mínima a máxima abertura), para o controle de debito de injeção de combustível.
- Com a borboleta fechada, um sinal elétrico é enviado a UCE (de 0,40V a 0,90V), a qual realizará o reconhecimento de marcha lenta
- À medida que se aciona o pedal de aceleração (ordem para aumentar a rotação do motor, ou seja, maior débito de ar), altera-se a posição do potenciômetro, alterando o valor da tensão do circuito (de 4,20 a 4,80 volts), até a máxima abertura.
A UCE, com base neste sinal, controla a quantidade de combustível extra a ser injetado no avanço de ignição.
Algumas estratégias de funcionamento baseiam-se neste sinal, entre elas:
- Condição CUT-OFF (corte de combustível em desaceleração), com base no número de rotações do motor e pedal do acelerador livre
- Condição de acelerador livre ou marcha lenta (condição IAC ou Idle Air Control)
- Condição de acelerador completamente acionado (condição WOT ou Wide Open Throttle)
Não é necessário efetuar nenhum tipo de regulagem na sua posição angular, já que a própria UCE, que através de adequadas lógicas de auto-adaptação, reconhece as estratégias citadas.
Reconstrução do sinal:
É adotado um valor de substituição em caso de mau funcionamento do sensor em função da estratégia da UCE. Em conseqüência, poderá sofrer alterações na rotação de marcha lenta.