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  5. Parte 2 - Manutenção do ar-condicionado: higienização da caixa de ventilação

Parte 2 - Manutenção do ar-condicionado: higienização da caixa de ventilação

REMOVER SUBTITULO MATERIA NÃO PUBLICADA

Mario Meier Ishiguro
21 de maio de 2009
Dando continuidade ao tema limpeza do sistema de ar-condicionado, abordaremos este mês a oportunidade de serviço higienização ou limpeza interna da caixa de ventilação.
          
Esta limpeza é facilmente confundida com a higienização dos dutos de entrada do ar externo, através de sprays nebulizadores. O procedimento de limpeza da caixa é utilizado para retirar impurezas (sujeira) do evaporador, ventilador, portinholas e demais canais de ventilação.


Existem modelos de veículos onde o evaporador é acessado sem a retirada do painel, como na Toyota Hilux ano 1995)

Vale lembrar que a simples aplicação dos sprays nebulizadores e ionizadores não consegue limpar profundamente, ou seja, não retira a sujeira. Podemos fazer uma analogia ao banho, necessário diariamente em vez de apenas passar um desodorante. Esses produtos podem atacar elementos orgânicos como os fungos e, enquanto o produto estiver ativo, há uma agradável fragrância, dando a sensação de limpeza. Mas o procedimento deve ser utilizado preventivamente e não corretivamente.
A limpeza profunda só é possível através da remoção e abertura da caixa de ventilação, a fim de eliminar a sujeira, com uma lavagem propriamente dita, uma limpeza mecânica (banho).


Caixa de ventilação do Fiat Palio 1998

É comum a necessidade da retirada do painel para ter acesso à caixa de ventilação e dutos. A limpeza parcial pode ser feita também com sistemas que utilizam sonda com câmera, para localizar e vaporizar a sujeira, que acaba por escorrer pelos drenos da caixa evaporadora. A videoendoscopia é ferramenta fundamental na argumentação de venda do serviço perante o proprietário do veículo.

Para agravar a situação, diversos modelos de veículos no mercado não possuem filtro antipólen, o que contribui para que a caixa de ventilação fique repleta de impurezas como poeira, folhas, insetos etc. Verifique o manual do proprietário para saber qual a periodicidade da manutenção. A Ishi Ar-Condicionado Automotivo sugere a troca preventiva a cada 12 meses ou 15.000 km rodados.


Os Fiat Palio necessitam da remoção do painel para acesso a caixa de ventilação

É possível encontrar no mercado de reposição filtros antipólen para adaptação em veículos que não o possuem. Como exemplo, podemos citar os modelos Toyota Corolla (até 2006), Honda Fit e Civic, Ford Ecosport, Fiesta e Fusion, Renault Scénic e Mégane, Mitsubishi Pajero Sport e L200, Nissan Frontier, Volkswagen Gol e Santana, entre outros. Os modelos Chevrolet S10, Ford Ranger e Fiat Uno não possuem e não há espaço para adaptar.
Na linha agrícola e pesada ocorre o mesmo problema e na ausência do filtro antipólen a recomendação é a desmontagem para a limpeza.

As posições dos filtros antipólen podem variar em relação ao ventilador. Modelos como o Chevrolet Astra, Novo Vectra e Zafira, Volkswagen Polo e Fox, Fiat Palio e Stilo, e Renault Scénic têm o filtro após o ventilador, ocasionando desgaste prematuro e desbalanceamento, devido às impurezas adentrá-los sem impedimento algum.


No detalhe, a imagem do evaporador da Toyota Hilux 1995, parcialmente obstruído por impurezas

Durante a troca dos filtros antipólen desses modelos convém retirar o ventilador para uma limpeza em sua voluta e turbina (fan). O Fiat Palio exige a remoção do painel para acesso ao ventilador. Dica: sopre ar comprimido através da abertura do reciclo, a fim de expulsar as impurezas no sentido contrário.


Adaptação do filtro antipólen na Renault Scénic ano 2001

Os filtros antipólen com carvão ativado são um pouco mais caros, mas tendem a reduzir os odores externos devido à capacidade de neutralizar parte dos gases nocivos que adentram o habitáculo. Existem modelos de veículos mais sofisticados que chegam a ter 4 filtros antipólen.


Caixa de ventilação desprovida do filtro antipólen na Mitsubishi Pajero 2007

Orçamento
Orçar serviços para retirada de odores desagradáveis é uma tarefa delicada, pois como podemos medir e avaliá-los? Podemos quantificar o ruído, vazão de ar, velocidade do vento, umidade, temperatura, pressões etc, mas odor é subjetivo, pessoal, e é mais comum qualificá-lo por comparações e associações, como por exemplo: “cheiro de pó”...


Caixa de ventilação da Renault Scénic 2001

O odor desagradável dos dutos de ventilação pode ser de origem externa (óleo de motor, fumaça, carpete mofado), ou de origem interna do sistema. Neste segundo caso ocorre que, durante o ciclo de refrigeração, o fluido refrigerante passa pelo evaporador a temperaturas na faixa de -5 a 5°C e isso faz com que o ar que passa por suas aletas externas troque calor, baixando sua temperatura e, ao mesmo tempo, ocasionando a condensação da umidade em suspensão (umidade relativa do ar), que passa do estado de vapor para o estado líquido, em forma de microgotículas. Em seguida, estas se aglomeram, se precipitam e caem numa bandeja coletora, respingando para fora do veículo.


Caixa de ventilação após receber a adaptação do filtro antipólen na Mitsubishi Pajero 2007)

O ar que sai nos difusores será seco e, consequentemente, frio. Como o evaporador retém umidade do ar, ao desligar o sistema de ar-condicionado, parte desta umidade ainda fica presente nas aletas do ventilador. Se após algum tempo ligarmos a ventilação e o ar-condicionado, podemos observar e até medir nos primeiros litros de ar que saem no difusor um alto teor de umidade relativa do ar. Este fenômeno pode nos dar a sensação de estar sentido “cheiro de terra molhada“ ou pó. Assim que o ar-condicionado começa a entrar na fase de pleno funcionamento, o processo de condensação da umidade recomeça e a sensação deste cheiro vai desaparecendo. Isso é um fenômeno físico e pode ser intensificado caso haja impurezas no evaporador. Não há o que fazer neste caso, pois até mesmo os aparelhos de ar-condicionado residenciais podem apresentar o mesmo fenômeno.


Filtro antipólen do tipo almofada para adaptação no Volkswagen Gol geração II

O outro fator interno que agrava o odor é a decomposição de material orgânico dentro da caixa de ventilação, como folhas, pequenos insetos, pelos, etc, que em contato com a umidade podem oferecer condições ideais para que fungos se proliferem, decompondo o material orgânico e gerando gases. Neste caso, o odor é constante.


Ventilador repleto de impurezas no Chevrolet Astra 1998

Dica: não adianta ligar o ar quente para secar a caixa ou eliminar o mau cheiro, pois na maioria dos modelos, o radiador de ar quente (calefação) fica após o evaporador, assim o ar aquecido não passa pelo evaporador (a parte úmida da caixa de ventilação).


Bandeja coletora do Honda Civic 1998

A utilização do sistema de reciclo pode evitar a entrada de impurezas externas e também aumentar a eficiência do sistema, porém o uso continuado com o ar-condicionado ligado pode levar a umidade relativa do ar a índices muito baixos (secando o ar), podendo causar até irritação nos olhos, nariz e garganta dos ocupantes.


Evaporador do Honda Civic 1998 repleto de impurezas

Com este artigo, procuramos orientar os reparadores sobre os mitos da limpeza de sistemas de ar-condicionado, assim vocês poderão orçar e oferecer melhores serviços aos seus clientes.

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