Estima-se que num carro sejam utilizados cerca de 3kg de R141b. Algumas oficinas começam cobrando cerca de R$150 de fluido de limpeza e mais R$150 de mão de obra para fazer apenas o flush, isso em sistemas de acesso mais simples. Este valor pode subir muito em casos onde o condensador deve ser retirado e para isso o parachoque e outros itens devem ser removidos.
Os profissionais devem valorizar este serviço, pois ele é muito importante, servindo de base para o funcionamento correto de um compressor, filtro e demais componentes novos.
Existem recicladoras que podem executar o “flush”, mas deve ser feita toda a preparação das linhas com conexões especiais, que eliminam o compressor, o filtro secador /acumulador e a válvula de expansão. A máquina roda um programa que pode levar algumas horas e utiliza o próprio R134a de seu reservatório interno. Este fluido fica circulando e recirculando entre a máquina e o sistema do carro, trazendo o óleo contaminado para um filtro separador de óleo e um filtro de partículas. Após o término do processo o r134a utilizado, já está pronto para ser utilizado para a carga de fluido e será vendido para o cliente.
Este procedimento é mais trabalhoso, mas é muito mais ecológico, pois praticamente não há descarte de fluidos poluentes ao meio ambiente. É um processo mais limpo, “verde”.
Para quem ainda não tem o ferramental acima citado, a limpeza pode ser feita de uma forma mais “artesanal”, mas a quantidade e a exposição ao R141b aumentam, pode aumentar a sujeira na oficina.
Assim pode-se coletar o fluido com o óleo sujo e destinar este efluente para uma reciclagem.
Após a limpeza completa, o sistema deve ser montado, com vedações novas e lubrificadas.
Submeter o sistema montado a teste de vazamento com nitrogênio para se certificar que o sistema está estanque.
É muito importante fazer vácuo, para secar a umidade de dentro do sistema, pelo menos 30 minutos ou mais.Com um sistema completamente limpo, devemos considerar que está sem óleo e no caso de um compressor novo, este geralmente já vem com a medida recomendada de óleo, mas se o compressor foi aberto e limpo também, olhe na sua etiqueta e adicione a quantidade recomendada de óleo PAG (no caso de sistemas com R134a, entre 140 a 300ml, dependendo do modelo) com a viscosidade recomendada. Procure essa recomendação numa etiqueta do compressor ou na etiqueta no vão do motor.
Todos os itens podem ser submetidos a esta limpeza, exceto o filtro e o compressor. O filtro deve ser substituído. O compressor ou será substituído, ou caso seja utilizado o mesmo, ele deverá ser aberto, para lavagem interna dos componentes e substituição das vedações.
Deve-se verificar se o compressor novo já contém óleo. Na dúvida, pode-se esgotá-lo através do “bujão” de drenagem do Cárter e medir a quantidade.
O R141b é um HCFC e seu descarte na atmosfera causa o “EFEITO ESTUFA” (aquecimento global). O Potencial de Aquecimento Global é 630 a 700 (GWP), ou seja, comparado ao CO2, que é 1(GWP), o R141b causa de 630 a 700 vezes mais efeito estufa que o CO2. No Brasil já se trabalha para a redução de seu consumo. A partir de 2015 a importação deste fluido deve ser reduzida em 10% com previsão de encerramento de importação em 2040, o seu custo tende a subir muito. Buscam-se fluidos alternativos para efetuar o “flush” nos sistemas.
Após a utilização, o R141b misturado com óleo, deve ser direcionado para estações de coleta e tratamento de óleo sujo, como já é feito em muitas oficinas com óleo usado.
Mais detalhes técnicos e de segurança sobre o produto, peça ao seu fornecedor a FISPQ - FICHA DE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA DE PRODUTOS QUÍMICOS HCFC-141b.